Lali: Peter podemos conversar?
Peter: acho que já conversamos o suficiente Mariana.
Lali: pra você sou Lali. – muito brava
Peter: Procuro pessoas que não sejam tão ignorantes e que adorariam me conhecer.
(xxx): Peter, eu vou indo, depois nos falamos...
Peter: tudo bem.
Lali: eu falei na brincadeira, não me diga que levou a sério?
Peter: pelo modo que me disse parecia que eu estava lhe incomodando.
Lali: tudo bem não vou mentir que você me enche a cabeça um pouco, mas pelo menos você é o único garoto que se aproxima de mim.
Peter: o único nem tanto o problema não sou eu, mas sim você.
Lali: Eu? O que tem de errado comigo?
Peter: você esnoba as pessoas que querem a sua companhia.
Lali: e você quer minha companhia?
Peter: Queria Lali, pensei que você era especial não como tantas que eu vejo por aí, você me atraiu de alguma maneira.
Lali: te atraí?
Peter: sim, mas eu estava enganado você não é a pessoa que pensei que fosse.
Lali: desculpe se não sou perfeita. – arrogante
Peter: perfeito nem eu sou, mas você tem que aprender a lidar com si mesma, abra seu coração pelo menos uma vez na sua vida, você parece viver em uma bolha, porque não tenta ser só você?
Lali: eu sou assim Peter, não estou fingindo ser uma pessoa que não sou.
Peter: pois parece, até alguns minutos poderia dizer que o errado aqui sou eu, mas o que você me disse me magoou e muito.
Lali: eu não tive a intenção. Ás vezes faço coisas sem pensar
Peter: sim eu percebi, e percebi também que você tem uma obsessão por algo surreal.
Lali: algo surreal, eu?
Peter: será que estou errado?
Lali: bom...
Peter: não me diga que não tem nada, até eu tenho uma obsessão por algo, todos têm.
Lali: e do que você é obcecado?
Peter: eu sou obcecado por Rúgby por exemplo. E você?
Lali: digamos que eu tenho uma grande curiosidade de ter uma resposta correta para os sentimentos.
Peter: sentimentos essa é sua obsessão?
Lali: é um pouco estranha eu sei, mas eu quero saber o porque delas existirem.
Peter: não sei se existe resposta correta, mas por acaso já viveu cada um deles?
Lali: não, eu tento evitar alguns.
Peter: esse é o seu erro, porque não tenta se soltar ninguém é feito de ferro.
Lali: eu tento, mas não consigo exatamente porque não gosto do piores deles.
Peter: e qual é? O ódio?
Lali: não, o amor.
Peter: já teve uma péssima experiência ou algo do tipo?
Lali: nunca me apaixonei.
Peter: então como você pode distinguir ele como o pior dos sentimentos?
Lali: olha desde os meus 10 anos eu não sei explicar o porquê de tudo isso.
Peter: eu sei do que precisa.
Lali: e o que é?
Peter: algo dentro de mim me diz que você não está sozinha nessa jornada.
Lali: como assim?
Peter: eu estarei com você e tentarei te ajudar a responder suas perguntinhas, mas quero uma coisa em troca.
Lali: e o que?
Peter: não quero como uma exigência o que vou pedir, mas quero um beijo seu.
Lali: como? É isso o que você quer?
Peter: é a única maneira de eu conhecer um novo sentimento... Por você. – docemente.
“Me emocionei ao escutar tudo aquilo, era como se eu estivesse em um filme de romance ou algo do tipo, onde o galã salva a princesinha. Minha vontade era de conceder o pedido dele, porém junto á isso me vinha na mente a simples palavra que sempre me torturou: o amor, ou paixão como alguns dizem. Eu sabia que era à hora de provar algo novo pra me levar em um rumo diferente, mas sabia que apressar as coisas não era nada bom, apesar de que Peter parecia diferente, tentava me dizer algo por meio de outras palavras e eu não queria perder esse belo encanto que tínhamos, justamente no dia que nos conhecemos.”
Peter: ei! está ai? – me acenando.
Lali: sim estou.
Peter: estava aí me encarando, parecia que sua alma tinha saído do seu corpo.
Lali: que isso não leve a história pra outro caminho.
Peter: e então... Trato feito?
Lali: Pra mudarmos o fim dessa história tem que ter um novo começo não?
Peter: tenho certeza que não vai se arrepender...
“Fiquei um pouco nervosa com a atitude que acabara de tomar, nem eu mesma pude acreditar que essas palavras saíram da minha boca. Peter me olhou nos olhos, me acariciou, e nos aproximávamos cada vez mais, podia sentir a respiração dele e ele a minha, fechei os olhos, e logo senti um calafrio, estava prestes a beijá-lo... Mas pra meu desgosto aconteceu o imprevisto.”
Rochi: enfim te encontrei Lali. – se aproximando, porém não havia percebido o clima que acontecera naquele devido local.
Eu e Peter nos afastamos e fingimos que não aconteceu nada.
Rochi: eu atrapalhei algo?
Lali: não de jeito algum Rochi. Algum problema?
Rochi: não ouviram o sinal tocar?
Peter: sinal, mais que sinal?
Rochi: agora pouco, já faz uns 10 minutos que a aula começou.
Lali: não tínhamos percebido...
Rochi: melhor irmos pra classe, deixe o assunto que falavam de lado. Eu suponho que tem muito mais tempo assim que a aula acabar não?
Lali: sim dá pra esperar. – Peter me olhava timidamente.
“Fomos os três até a classe, outra vez entrando na classe no meio de outra explicação, é um bom começo de ano, porém dessa vez eu não seria a única a pagar esse mico.”
Professor: isso é hora de chegar na classe?
Rochi: desculpe Professor, teve um imprevisto.
Professor: tudo bem, dessa vez eu deixo passar, tem que aprender a serem mais pontuais. A professora de Português mencionou da falta de horário de uma aluna dessa classe, e quero que não se repita mais.
Peter: claro, obrigado.
Peter foi até o fundo, onde se encontrava todos do grupinho dele, eu e Rochi fomos pro mesmo lugar, pelo menos no lugar onde sentava era mais sossegado.
“O professor continuou sua aula, e eu por mais que tentava não tirava os olhos de Peter, o vendo prestando atenção na aula, ouvindo cada palavra que o professor dizia. Quando me virei para o outro lado, percebi que uma garota me olhava com ódio como se eu tivesse feito algo á ela.
Logo bateu o sinal, porém dessa vez resolvi sair no meio de todos, Peter me disse pra mudar, e temos que radicalizar em tudo, pelo menos quase tudo. Enquanto guardava meu material escolar, percebi que Peter já tinha saído, fiquei um pouco triste, mas tentei fingir que nada ocorrera. Foi só eu colocar o pé pra fora da classe e então percebi que alguém me puxava pelo braço...”
Continua...