Fanfic: *Mємóяιαѕ Đє √αмριяø* | Tema: ұσท∂y (Δ∂αρτα∂α)

— Isso mesmo. Cometi um erro de julgamento e confiei num homem que não conhecia. Felizmente, Christopher percebeu o caráter do rapaz. Ele nos seguiu, e... — Ela respirou fundo. Mais uma vez, sentiu-se grata por Christopher ter estado lá. — Christopher impediu que acontecesse algo terrível. Então, levou-me de volta ao hotel onde estou hospedada efoi embora. 

— E ele voltou, ou foi você que saiu para encontrá-lo? 

— Aí é que está... Eu não me lembro de tê-lo visto de novo. Saí do hotel e volte para o bar. Só que não me encontrei com Christopher. Pelo menos, não que me lembre. — Ela franziu a testa, confusa. — Suponho que deva tê-lo encontrado, mas... 

— Você esteve com ele de novo, sim. Caso contrário, não estaria aqui agora. —  As palavras eram verdades óbvias, mas alguma coisa no tom de Diego soou estranha, como se ele soubesse mais do que queria revelar. Dulce o estudou, e o sorriso franco e aberto a fez pensar que estava sendo paranoica. — Bem, deixe-me mostrar-lhe a cozinha. — Diego abriu uma das portas da sala de jantar. — Acho que temos chá e torradas. Se estivermos com sorte, você vai encontrar manteiga ou geleia na geladeira.

Dulce agradeceu, pensando para si que era estranho ele não ter certeza do que tinha na própria cozinha. Talvez não cozinhasse, ou não fizesse as refeições em casa. 

— Fique à vontade. Vou falar com Christopher e tentar conseguir algumas respostas. Pelo menos, vou tentar descobrir por que está agindo de forma tão estranha. — Ela assentiu, mas não se moveu. Olhou ao redor da cozinha, subitamente sufocada pela estranheza da situação. — Tudo vai ficar bem, Dulce. 

— Espero que sim. — Ela ofereceu-lhe um sorriso forçado, confortada pelas palavras. A situação devia ser estranha para Diego também. Na certa, ele estava muito mais assustado com o comportamento do irmão do que ela, que conhecia Christopher havia apenas algumas horas.

* * * *

Diego sorriu quando fechou a porta atrás dele. Christopher, o irmão indiferente,carrancudo e melancólico, tinha salvado a vida de uma mortal.

Inacreditável!

Além disso, havia transgredido a regra fundamental de nunca se envolver com mortais. Ao menos, com mortais que não eram usados como fonte de alimento, pesso as que representavam o dejeto da sociedade. Certamente, Dulce não se enquadrava nesse perfil. Isso ficava óbvio com um simples olhar, e o frescor adocicado que exalava da aura salutar confirmava a impressão. Era o último tipo de mortal com quem Christopher poderia se envolver.