Fanfic: *Mємóяιαѕ Đє √αмριяø* | Tema: ұσท∂y (Δ∂αρτα∂α)

— Não ficarei fora por muito tempo — Diego avisou. — Acho que será bom que você e Dulce tenham um pouco de privacidade.

Christopher concordou. Gostava da ideia de ficar a sós com Dulce. Preocupava-se apenas em arranjar uma ceia decente de Nata! Mesmo que fosse só para os dois. Tinha muito que fazer, e esperava que ela fosse uma mulher compreensiva.

— Divirtam-se! — Diego se despediu com mais um daqueles sorrisos divertidos.

Christopher supôs que o irmão achava graça da situação, especialmente depois da sua relutância em aceitar uma esposa americana. Teve de admitir que de fato, era engraçado. Se ele soubesse o que estava perdendo, teria arranjado para que a americana fosse despachada para a Inglaterra muito tempo atrás!

O banho não teve o efeito que Dulce presumira. Continuava nervosa e sexualmente excitada. Por ela, ficaria a noite toda trancada no quarto. Mas não podia. Tinha de vigiar Christopher. Terminou de secar os cabelos e aplicou maquiagem suave para disfarçar o cansaço. Examinando seu reflexo, decidiu que não ajudara muito. Ela ergueu os ombros, conformada, e se vestiu. Depois de uma boa noite de sono, as olheiras desapareceriam. 

Ela inalou fundo e saiu do quarto para encontrar os dois belos irmãos. O apartamento repousava no mais absoluto silêncio. Um arrepio de pânico a percorreu. E se Christopher tivesse saído enquanto ela estava no banho?Atravessou a sala de jantar e abriu as portas duplas que se comunicavam com a sala de estar. Christopher estava lá, ao lado da lareira. 

Dulce emudeceu ao ser capturada pela beleza daquele homem. A luz vermelhada do fogo refletia-se nos cabelos. A elegância do casaco e calça pretos valorizava os ombros largos e o porte altivo. 

— Entre, Dulce. Prometo que não vou mordê-la. 

As palavras fizeram a pele de Dulce queimar. Ela esperou que a respiração se normalizasse e entrou na sala, obrigando as pernas a não tremerem. Apoiou as mãos no espaldar de uma poltrona e se focalizou no ambiente. Aquela sala, como as demais dependências, era enorme. Três amplas portas em forma de arco ocupavam uma das paredes. O vidro, menos espesso que o do quarto,deixava entrever as luzes da cidade. As demais paredes mostravam prateleiras repletas de milhares de livros. Apesar do tamanho, o aposento era aconchegante. A disposição do mobiliário, os sofás revestidos de veludo, o piano de cauda a um canto... 

Tudo ali evidenciava bom gosto e sofisticação. Definitivamente, ela adorava aquela sala. 

— Esta é minha parte favorita da casa. 

Dulce pestanejou. De repente, Christopher estava do lado dela. Podia sentir o calor emanando do corpo vibrante.