Fanfic: *Mємóяιαѕ Đє √αмριяø* | Tema: ұσท∂y (Δ∂αρτα∂α)

Christopher examinou a cozinha. Alguma coisa estava errada. Onde estava o fogão àlenha? Poderia jurar que a cozinheira amassava o pão numa grande mesa de madeira.

Contudo, ele não entrava ali desde que era criança. Ou talvez estivesse se lembrando da propriedade de Derbyshire.

A porta se abriu e Dulce entrou. Usava uma saia na altura dos joelhos e uma blusa com uma única fileira de botões. O decote, aberto ligeiramente, revelava o colo macio e o vale dos seios adoráveis.

— Olá — ela disse com um sorriso tímido. — As mudanças na cozinha perderam a importância. Christopher caminhou para ela e a beijou com possessividade. Ela respondeu à altura, depois da hesitação momentânea.

— Gosto disso — ele disse quando se separaram, brincando com um botão da blusa. Dulce ruborizou.

— Você é muito fácil de agradar.

— Ao contrário. Eu sou bastante difícil de agradar. Sou muito detalhista e peculiar. Mas acontece que você é perfeita.

Dulce emitiu um som entre o riso e um gemido.

— Você não acredita em mim?

— Não é isso. É que seu irmão disse a mesma coisa sobre você. Disse que você é peculiar.

— Dessa vez, Diego tem razão. — Christopher a empurrou com suavidade contra a pia. O sorriso de Dulce se desmanchou, e ela fitou-o com gravidade. — Você continua fazendo isso... Não sei como, mas consegue despertar em mim reações muito diferentes do que eu pretendia.

— Eu sinto muito. — Dulce sorriu com um traço de amargura. — Tudo é novo para mim também. E não posso negar, é um tanto assustador, mas eu gostei do que fizemos hoje cedo.

— Humm... Eu também. — Christopher gemeu baixinho, mergulhando o rosto nos cabelos dela.

— Mas, Christopher, acho que não deveríamos continuar. 

— Eu sei. Admito minha culpa, Dulce. — Ele se afastou para fitá-la, e a expressão se tornou séria. — Podemos esperar até que nossa situação seja diferente. — Dulce não sabia como Christopher responderia, mas definitivamente não era a reação que ela esperava. Ele se afastou e chamou o irmão. Esperou por um momento e gritou o nome dele novamente.

— Bom Deus, Christopher, eu estou na sala ao lado! Não precisa gritar desse jeito! — Diego resmungou ao entrar na cozinha. Ignorando o mau humor do irmão, Christopher colocou as mãos na cintura e o encarou.

— Por favor, diga-me onde posso encontrar ao menos um criado que não se importe de trabalhar no feriado.

— O quê? Por quê?

 — Porque Dulce e eu precisamos ver o vigário imediatamente.

Diego lançou um olhar confuso a Dulce. Ela balançou a cabeça, tão surpresa quanto ele. Christopher concordara prontamente em esperar até que as circunstâncias fossem diferentes. Ela só não sabia que planejava se casar e mudar a situação o mais cedo possível.

— Onde posso encontrar um criado? — Christopher insistiu com impaciência. — Não posso levar Dulce para a igreja na garupa de um cavalo.