Fanfic: *Mємóяιαѕ Đє √αмριяø* | Tema: ұσท∂y (Δ∂αρτα∂α)

Na certa, Diego fora para a boate. Pela primeira vez, Christopher entendeu a obsessão do caçula por mulheres.

Faria qualquer coisa para ter Dulce, não importavam as consequências.

Ele voltou para a sala de estar para esperar por ela. Sentou-se na poltrona favorita de Diego e alcançou o livro que ele estava lendo, um romance sobre vampiros. Christopher fez uma careta e jogou o exemplar sobre a mesa de centro. Finalmente, Dulce entrou na sala e ele ficou satisfeito ao ver que usava roupas apropriadas para o frio.

— Você verá tantas coisas fantásticas que ficará admirada —  ele sugeriu.

— Acho que serão ainda mais fantásticas para você — Dulce balbuciou com nervosismo.

— Desculpe, o que você disse?

— Eu não disse nada — ela respondeu, prontamente. Christopher notou o conflito nos olhos dela. No entanto, decidiu não emitir nenhum comentário. Afinal, ela aceitara o convite para sair, e ele não queria que nada arruinasse a noite.

Dulce assistiu Christopher apanhar o casaco no armário do hall, mesmo que ele usava quando se conheceram.

Uma onda de culpa a sufocou.

No entanto, havia feito tudo que estava ao seu alcance para mantê-lo em casa, inclusive se oferecer para compartilhar a cama com ele. Christopher vestiu o casaco e a levou para cozinha. Saíram pela porta que se abria para um longo corredor, com canos de metal correndo pelas paredes. O elevador no outro extremo mais se parecia uma gaiola gigante, acionado por controles manuais. Ela estranhou o contraste com o apartamento luxuoso.

Porém, mais estranho ainda era que não tinha idéia de que aquela ala do edifício existia. Era como se tivesse sido transportada para um mundo de fantasia. Não pela primeira vez, ela ficou impactada pela excentricidade da situação, e receou que Christopher sofresse o mesmo impacto. Ela não pôde pensar em nada que o dissuadisse de sair, a não ser encontrar Diego.

Provavelmente, ele estava na boate, mas levar Christopher para o ambiente com todas aquelas luzes piscando e música alta seria péssimo para o estado mental dele. Chegaram ao elevador, e Christopher afastou a pesada porta de ferro para que ela entrasse. Sem a menor hesitação, ele apertou o botão preto para descerem ao térreo.

Dulce encarou o botão e olhou para Christopher. A face dele estava composta e serena. Não demonstrava menor surpresa pelo elevador. Ao contrário, entendeu perfeitamente como funcionava. Dulce franziu a testa. Agora, que estava pensando naquilo, ponderou que Christopher não estranhara nada moderno.

Energia elétrica, encanamentos hidráulicos, o relógio digital...

— Todos os edifícios em Londres têm elevadores? — perguntou, buscando confirmar sua impressão.