Fanfic: *Mємóяιαѕ Đє √αмριяø* | Tema: ұσท∂y (Δ∂αρτα∂α)

— É verdade. Eu sinto muito.

— Bem, acho que vou ter de pedir outra rodada.

— Não acha que já bebeu bastante? — a voz rouca e profunda soou do lado dela. Dulce pestanejou antes de encarar o estranho. Ele se inclinou, aproximando-se, e aqueles olhos misteriosos queimaram dentro dela.

— Porque não se mete com sua vida, parceiro? — Pablo o fuzilou com o olhar. Então, a voz se tornou suave quando se dirigiu a Dulce.— Você não vai deixar que esse idiota estrague nossa diversão, não é, querida? Sentindo-se anestesiada, ela desviou os olhos com esforço para fixá-los em Pablo.

— Não — confirmou, embora soubesse que a resposta soava hesitante. A mulher da mesa nos fundos atravessou a sala e colocou duas moedas no jukeboxe e a música alta preencheu o ambiente. Em meio à batalha silenciosa entre os dois homens ao lado dela e as batidas ensurdecedoras da música, somada ao álcool que corria em suas veias, a cabeça de Jane começou a girar.

— Traga mais duas tequilas — Pablo pediu ao garçom. ]

Dulce se levantou, mas as pernas fraquejaram. Antes que caísse, o deus em forma humana a segurou pelo braço. As mãos eram fortes, e o toque proporcionou delicioso calor.

— Você está bem?

— Estou — ela assentiu, e respirou fundo.

— Só preciso de um pouco de ar fresco.

Ele fez menção de se levantar quando Pablo segurou o outro braço.

— Vou levá-la para fora.

Dulce olhou para o estranho. A mão ainda prendia seu braço, e a força se irradiava dos dedos longos, embora a pressão fosse gentil. Os olhos dele se iluminaram com algo que ela não pôde ler, e soube no mesmo instante que precisava se livrar daquele toque. Libertou-se com um repelão e seguiu Pablo para a porta. Assim que pisou na calçada, Dulce olhou por sobre o ombro. O estranho a observava com aqueles olhos predadores.A brisa fria no rosto e nos pulmões revigorou Dulce. Ela fechou os olhos e respirou fundo até sentir que o álcool evaporava de seu sangue.

— Está melhor? — Pablo se aproximou.