Fanfic: *Mємóяιαѕ Đє √αмριяø* | Tema: ұσท∂y (Δ∂αρτα∂α)

— E você notou alguma coisa estranha enquanto passeavam?

— Você quer dizer alguma outra coisa além de o seu irmão pensar que Nova Iorque é Londres?

— Sim. Você reparou se havia alguém estranho ao redor? — Dulce mordeu os lábios, ponderado se devia comentar sobre a estranha sensação que a assaltara logo depois de comer o cachorro-quente, ou sobre o rapaz de olhos claros que vira no café.

— Bem, eu... Não, não foi nada — decidiu não contar.

— Por favor, Dulce, tente se lembrar. É importante.

— Foi só um rapaz que estava no café. Estranhei a cor dos olhos dele, só isso. — Ela forçou um sorriso. — Ele era um tanto estranho, mas nada assustador ou ameaçador.

— Tem certeza? — Ela assentiu.

Quem poderia estar por perto, observando-os?

Seria alguém relacionado às memórias que Christopher estava tentando apagar? Uma onda de incerteza a incomodou.

— Há alguma coisa que eu deveria saber, Diego? — ela perguntou,observando atentamente a reação dele.

— Não. Eu só acho que não é boa idéia vocês saírem de casa, e me refiro aos dois, Você não conhece Nova Iorque. Christopher não está pensando com clareza. Não quero que corram o risco de terminarem num bairro perigoso, ou se perderem. — Dulce ponderou que as preocupações faziam sentido, embora Christopher demonstrasse conhecer o caminho com perfeição. Aliás, o que era muito estranho, considerando a amnésia e as crenças atuais dele.

— Às vezes, chego a pensar que você fica aliviado com a perda de memória de Christopher. — Por que Diego queria que o irmão continuasse a acreditar que era outra pessoa?

— Não! Não. Não é isso. É que eu... Eu não quero que ele se lembre de repente de tudo quando estiver na rua, ou pode ficar confuso e deprimido. Prefiro que esteja aqui comigo para que eu possa acalmá-lo. — Dulce o encarou com suspeita e decidiu que não era justo duvidar das palavras de Diego. Christopher era irmão dele, e tinha todo o direito de querer estar por perto quando ele recobrasse a consciência.

— Sei que você quer ajudar. — Dulce pousou a mão sobre a dele. — Assim como eu. E por isso que decidi seguir em frente e procurar um médico. — Ela indicou a lista telefônica. — Sei que vocês têm um médico da famíl...

— Nunca! — Diego gritou, estendendo a mão para alcançar o telefone sem fio. — Num — repetiu mais calmo quando viu a expressão assustada de Dulce. — O nome do médico é dr. Num. Ele é muito renomado. Christopher não poderia estar em melhores mãos.

— Dr. Num?!