Fanfic: *Mємóяιαѕ Đє √αмριяø* | Tema: ұσท∂y (Δ∂αρτα∂α)

Christopher colocou o prato e o copo de suco no criado-mudo e sentou-se na beirada da cama. Dulce estava na mesma posição em que a deixara. A mão pequena repousava sobre o ventre. Mais uma vez, a transparência da pele o perturbou.

Você não pode fazer isso, uma voz alertou em sua consciência.

Você não merece esta mulher, e ela certamente não merece o que você está fazendo.

Ele fechou os olhos, forçando-se a não pensar. Não estava fazendo nada além de cuidar dela.

Queria protegê-la, mantê-la perto de si, fazer amor com ela.

Não havia nadade errado nisso. Era reação natural de um homem normal perante a mulher com quem se casaria em breve.

Um homem normal...

O cérebro de Christopher bloqueou as palavras. Ele não era um homem normal. Christopher fechou os olhos, angustiado com os pensamentos perturbadores. E quando os abriu, olhou para Dulce. Traçou a curva do queixo com a ponta dos dedos. A pele estava fria, mas ele detectou pequenos pontos rosados nos lábios. A cor saudável e viçosa começava voltar.

Dulce ficaria bem, e daquele momento em diante, ele seria mais cuidadoso e menos exigente ao fazer amor.

— Dulce? Dulce, acorde! — Ela pestanejou com um sorriso pronto nos lábios. Estendeu os braços e afastou as cobertas. O robe pendeu para o lado, revelando a curva dos seios. Obrigando-se a se controlar, Christopher forçou os olhos para o rosto. Contudo, o sorriso doce e a expressão sonolenta não apagaram o desejo que crescia dentro dele. — E... Eu... — Ele gaguejou, tentando se lembrar do que queria dizer. — Eu trouxe comida. Você tem de se alimentar.

— Oh, obrigada... — Ela apoiou as mãos no colchão, tentando se erguer. — Estou faminta!

Christopher a segurou pelos ombros, impedindo-a de se levantar. Com gentileza, puxou-a para perto e a acomodou entre as pernas, com as costas em seu peito. Então, ele pegou o copo de suco e levou aos lábios dela.

— Está com sede? — Ela virou a cabeça e pousou a mão sobre a dele para levar o copo à boca. Dulce saciou a sede e Christopher ofereceu-lhe o sanduíche. — Espero que você goste — declarou, colocando prato no colo dela. — Pão integral, seja lá o que for isso, com uma pasta chamada manteiga de amendoim.

— Adoro manteiga de amendoim! — ela confirmou, sem fazer nenhum movimento para apanhar o sanduíche.Christopher partiu um pedaço e levou aos lábios dela.

— Por favor, você precisa comer. — Dulce apoiou a cabeça no peito largo e, naquela posição, Christopher percebeu que havia fechado os olhos novamente. Uma onda de pânico o atravessou.

— Dul? 

— Por que você me chamou assim? — O alívio foi tão intenso por ouvi-la falar que Christopher não registrou as palavras.