Fanfic: Cada louco com a sua mania | Tema: Rebelde

- A verdade é que eu fingi muita coisa com relação a você.

- Como assim?

- Eu estava saindo da faculdade aquele dia, estava pensando se ia ou não conseguir começar o semestre quando te vi ali, tão linda, os cabelos ao vento, o sol refletindo aquele loiro fatal, eu me encantei na hora, foi aí que eu vi que ia ser atropelado, eu estava te admirando.

- Me admirando?

- Sim, depois que eu te salvei você colou em mim, mas eu tive medo, não queria me apaixonar, estou envolvido em muitos problemas, Annie, eu não podia ter mais um, me apaixonar por uma garota linda e correr o risco de ficar mal... Então eu decidi te ignorar e decidir que você era só mais uma garota fútil e te esquecer e cada vez que você tentava se aproximar, eu tinha que fazer mais força pra me manter longe.

- Está me dizendo que na verdade você estava apaixonado por mim todo o tempo? - Ela o olhou desconfiado.

- Espere um pouco. - Ele disse e foi para o seu quarto, voltando com um vidro de perfume que entregou a ela.

- Ei, é lily essence.

- O perfume que usa, certo? Quer dizer, agora anda usando lavanda ou mamãe bebê, mas quando nos conhecemos...

- Como sabe?

- Seu cheiro estava em mim, na minha cabeça, parecia empregnado, fui a todas as lojas até achar seu cheiro.

- Céus! 

- Annie... Eu sei que morde o lábio inferior quando está nervosa e que ri alto quando acha algo engraçado, mas ri mais alto quando está tensa. Sei que fecha os olhos quando ouve uma música que gosta ou quando sopra uma brisa gostosa, sei que seus olhos brilham quando vê filhotes ou bebês e sei todas essas coisas por te observar, muito, todo o tempo.

- Poncho, eu... - Ela estava com lágrimas nos olhos. - Você não devia ter me feito sofrer tanto. 

- Me perdoa, Annie! - Ele se jogou aos pés dela e começou a beijar as mãos dela. - Me perdoa por tudo, hoje vejo que não adianta me proteger dessa paixão, eu fico pior longe de você e... Te fazer sofrer me machuca muito.

- Mas você é sempre tão estranho.

- Eu aprendi a ser um cara durão, Annie, me desculpe, mas eu tenho meus motivos. Mas eu vou tentar ser melhor com você. Por favor, diz que a gente pode tentar.

Ele olhou para os grande olhos azuis de Anahí, cheios de brilho e lágrima, ela fechou seus olhos e se aproximou dele, ele entendeu o recado e a beijou, primeiro com ternura, depois com fogo, aprofundando o beijo a cada segundo. Puxando Anahí mais pra perto pela nuca.

O beijo foi cessando aos poucos com selinhos. Annie olhou Poncho nos olhos e deu um sorriso delicado.

- Podemos tentar. Tentar.

Ela acabou de dizer isso e ele a abraçou. Nesse exato instante a campainha tocou. Poncho parecia impaciente, mas ela disse que estava tudo bem, que era para ele abrir a porta. De primeira Annie não viu quem estava na porta, mas pelas botas era uma garota.