Fanfic: Cada louco com a sua mania | Tema: Rebelde

Dulce saiu do apartamento e Érica surgiu na sala.

- O que você está fazendo??? - Ela sacudiu Ucker pelos braços.

- Ham?? - Ele despertou como de um sonho.

- Você a deixou ir, Ucker. Outra vez. Você deixou a Dulce partir.

- Ela se foi?

- Foi. Você é um idiota. O que houve?

- Eu não consegui.

- Então acho melhor você arrumar um jeito de conseguir. Ouvi a Mai e a Annie conversando sobre um encontro que a Dulce tinha hoje. Você vai perder a ruiva, rapaz.

- O que???

Ucker arregalou os olhos e olhou a sua volta atordoado. A primeira coisa que visualizou foi um megafone que o Christian usou durante algumas de suas personalidades mais excêntricas.

Sem pensar duas vezes Ucker pegou o megafone, uma escadaque ficava atrás da porta da sala e saiu correndo avistando Dulce, já no meio da rua, em frente ao prédio em que ela morava.

- Dulce! - Ele gritou no megafone e ela o olhou assustada.

- O que está fazendo? - Ela gritou.

- Estou tentando dizer tudo o que eu sinto... E agora eu sei o que sinto!!! 

O dia estava feio e estava chuviscando. Mas as pessoas que passavam pela rua pararam para observar o que acontecia. Os vendedores e os clientes foram para as portas das lojas ver o que estava havendo.

- Dulce Maria! - Ele abriu a escada e subiu alguns degraus. - Eu achei que te odiava... E pensei isso porque toda a vez que você chegava perto de mim eu me sentia esquisito, fora de controle, parecia que você me controlava e aquilo me irritava. Eu achava absurdo que eu pudesse gostar de você. Afinal, você era diferente de todas as meninas com quem eu saía... Só que aí rolou aquele beijo e eu, que já pensava muito em você, passei a não conseguir mais parar de pensar em você. E então eu adoeci, pensei que estivesse ficando louco. 

- Mas você é louco! - Ela atravessou a rua e parou em frente a escada.

- Eu sei, eu sei, mas deixa eu completar... Eu descobri que o que eu tinha não era loucura, era amor, estar apaixonado, mas eu não conhecia isso, Dulce. Eu não sabia que doía tanto. Achei que fosse fome, gripe, ou algum problema mental. E então eu descobri que ficava com garotas diferentes de você só por saber que era você que me prendia, que me atraia, que podia me ter em suas mãos... E eu tinha medo disso.

- Nós somos completamente diferentes, Ucker, e somos loucos!

- Eu sei! Mas não adianta eu fugir de você e tentar ser feliz assim, pois você é a minha felicidade. E eu sei que a gente vai querer se matar algumas vezes, mas eu morreria mil vezes pelas suas mãos. Deve ser bem menos doloroso que morrer por sua falta. - Ele começou a descer as escadas. - Você é meu maior problema, Dulce Maria. - Ele acariciou o rosto dela. - Mas é o problema mais delicioso desse mundo. É minha confusão, meu ponto de loucura extrema, mas quem pode ser feliz sem ser louco? Eu não conseguiria. 

- Ei! - Ele a olhou e ela sorriu. - Não esqueça de dizer que você é um idiota... E eu nunca pensei que seria tão louca por um idiota.

- Você aceita ficar comigo?

- Eu já estava aqui há muito tempo, só você é que não via.

Ele sorriram e se beijaram, aquele beijo louco, intenso, quente, um beijo típico de Dulce e Ucker...

E não houve uma mãe que não tapasse os olhos de seus filhos pequenos, mas nenhuma delas deixou de sorrir. E não houve uma moça ou um rapaz que não sentisse inveja dos dois. E não houve um casal que não se reconciliasse.