Fanfic:  ✬ Garota Dos Meus Sonhos ✬ тєямiиαdα | Tema: √ση∂у (ค๔คקtค๔ค)

– Eu só não entendo o que pode levar alguém a pagar cinqüenta centavos para atirar uma bola de neve em outra pessoa – comentou Dulce.

– Você vai ver. O Augusto tem um talento especial – expliquei, apontando na direção dele. – É um cara legal, mas gozador a ponto de fazer você querer jogar algo nele, e até pagar pra ter essa chance.

Augusto corria de um lado para outro, pulando e caindo, escapando da maioria das bolas de neve que voavam em sua direção. Ele era um dos melhores ginastas da escola, e seus talentos eram evidentes.

– Qual o problema? – gritou ele na direção da barraca. – Não são capazes de acertar um alvo móvel? – provocou, fazendo outra parada de mão no alto da plataforma. – Tudo bem, vou tentar facilitar as coisas pra vocês!

Um calouro corpulento lançou uma bola de neve com uma força violenta, mas Augusto deu uma cambalhota e ela passou longe, explodindo no chão.

– PÔ, assim não dá, gente, não tá dando nem pra suar! – gritou ele, novamente de pé.

– Quem é o próximo?

– Quer tentar? – perguntei a Dulce.

– Por que não? – Comprei duas bolas de neve e dei uma a ela.

– Puxa, pelo menos desta vez é uma garota bonita! – disse Augusto. – Acho que minha sorte está melhorando. – Dulce corou. Tomou impulso e arremessou a bola o melhor que pôde, porém Augusto era rápido demais para ela. Ele se desviou, e mais uma vez a bola passou longe.

– Sinto muito! – exclamou Augusto, num tom simpático. Dulce sacudiu a cabeça.

– Tente você – sugeriu-me ela. Um segundo antes eu não estava nem um pouco preocupado em acertar, mas repentinamente senti vontade de mostrar a Dulce que era bom em lançamentos. E também achei que Augusto estava precisando de um bocadinho de neve na cara.

Peguei a bola e fiz um gesto de quem vai arremessar pelo alto. Augusto se desviou. Mas eu ainda não arremessara a bola, e quando a lancei de verdade ela o atingiu em cheio no rosto. Ele escorregou para trás, caindo da plataforma.

Augusto deu uma cuspida forte e se levantou sacudindo a neve da roupa,enquanto a rapaziada ria e urrava. Dulce se virou para mim, às gargalhadas.

– Grande tiro! – Tentei parecer modesto. Lá estava Augusto, já de pé novamente, fazendo caretas engraçadas, gesticulando e gritando.

– Vamos lá, pessoal! Será que o nosso cronista esportivo aqui é o único que sabe arremessar? – Ele realmente sabia como provocar o público. Meia dúzia de garotos correu para comprar mais bolas de neve.