Fanfic:  ✬ Garota Dos Meus Sonhos ✬ тєямiиαdα | Tema: √ση∂у (ค๔คקtค๔ค)

– Acho que você entendeu mal. Ela não está saindo com ninguém além de mim. Nós voltamos mesmo! Será que isso é assim tão inacreditável?

– Tem razão, Christopher. Pra mim é mesmo inacreditável – retrucou Alfonso ironicamente. -Belinda Schull, Sua Alteza Real, mudou de idéia de novo? Pois eu tenho a impressão de que isso acontece a cada cinco minutos. Tome cuidado, cara. "Os cataventos estão sempre girando", era o que a minha avó costumava dizer.

– Escute, Alfonso, ela está levando isso a sério de verdade. Sei que ontem depois da escola tudo parecia meio irreal, mas é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo. Ela está sendo sincera. Eu perceberia se não estivesse.

– É, justamente – Alfonso murmurou. – Você deveria perceber, mas acho que não percebe nada. Cuidado, Christopher. Estique um pouco demais o pescoço e ela corta a sua cabeça fora. Já fez isso antes.

– Dá um tempo, Alfonso Será que você não consegue encarar isso com um pouco mais de leveza?

Só então Tino veio até a nossa mesa, trazendo um calzone grande, metade calabresa, metade almôndegas com queijo. Alfonso olhou carrancudo para mim.

– Tino – perguntou ele -, você poderia embrulhar pra viagem?

– Boa idéia – concordei, devolvendo o olhar a Alfonso enquanto vestia meu casaco. De repente minha fome foi embora.

Naquela noite, em casa, tentei me concentrar na lição de matemática, mas a única coisa que cruzava minha mente era a imagem do rosto de Dulce. Lembrei-me de como ela parecera arrasada.

Por que eu não fora mais cuidadoso?

Ela já estava ferida antes da minha entrada em sua vida, e agora devia estar pior do que nunca. E a culpa era toda minha. Pronto, eu já dera a ela meu presente de Natal. Estava meio adormecido quando escutei minha mãe gritar do meio da escada.

– Alguém quer chocolate quente? – perguntou ela.

– Eu quero! – respondeu Kristen no ato. Ouvi o ruído da porta do quarto da minha irmã se abrindo e seus passos descendo a escada a toda velocidade.

– Christopher? – insistiu minha mãe. – E você?

A voz dela tinha aquele tom de "estou aqui se você quiser conversar", mas naquela noite eu não tinha a mínima vontade de falar com ninguém.

– Não, obrigado – respondi. Ouvi minha mãe descer a escada e apaguei a luz. Pressenti que aquela seria uma longa noite.