Fanfic:  ✬ Garota Dos Meus Sonhos ✬ тєямiиαdα | Tema: √ση∂у (ค๔คקtค๔ค)

Happy começou a puxar forte pela correia logo que avistou sua casa. Segurar dois cachorros e uma bicicleta não era tarefa fácil. Eu tinha levado cerca de uma hora para chegar à residência de seu Francisco, para devolver o Red, e mais meia hora para chegar à dos Savignõn. Quando paramos em frente à porta, Happy saltoucontra a madeira lustrosa.

Alguém a ouvira: antes mesmo de tocar a campainha, pude escutar um barulho de passos descendo as escadas à toda, do lado de dentro.

Dulce abriu a porta. No primeiro instante ela nem percebeu que eu estava lá. Só olhava para o chão.

– Ah, Happy!!! Pensei que nunca mais fosse ver você! – Ela se ajoelhou e abraçou com força a cadelinha suja e tremeliquenta. Happy tentou lamber o rosto de Dulce. Seu rabo abanava tão furiosamente que todo seu corpinho chacoalhava. – Ai, você está tão gelada! ... E essas patinhas ... Nem consigo acreditar que você voltou inteira! – Dulce olhou para cima, como que se tocando pela primeira vez de que alguém segurava a outra ponta da correia de Happy. – Christopher! –  exclamou ela, parecendo alarmada.

– Hã .. Hum ... –  Comecei hesitante. – É que eu vi o cartaz sobre seu cão, e aí eu ...

– Mãe! – Gritou Dulce. – Happy voltou pra casa!

A sra. Savignõn desceu até o hall de entrada e se agachou para acariciar a cadelinha, que continuava a se sacudir de alegria.

– Que alívio! Com a temperatura caindo desse jeito, eu tinha medo de que ... –  A mãe de Dulce não terminou a frase, mas olhou para mim e sorriu. –  Oi de novo, Christopher. Obrigadíssimos por trazer a Happy de volta pra gente. Espere um pouco, vou pegar minha bolsa ...

– Não! Não, de jeito nenhum! –  interrompi. – Eu nunca poderia aceitar arecompensa. Obrigado de qualquer jeito. Dulce é uma, hã ... – Dulce me olhou com uma expressão inquisitiva. Quando a fitei nos olhos, ela rapidamente baixou os seus para o cão.–  ... uma boa amiga –  finalizei. –  Foi por isso que eu procurei a Happy.

Dulce continuou a mimar a cadelinha, sussurrando palavras carinhosas em sua orelha.

– Bom, se você quer assim ... – Disse a sra. Savignõn, olhando bondosamente para Dulce e Happy. – Então mil vezes obrigada, Christopher.

– Você não sabe o quanto isso significa pra nós.

A sra. Savignõn se agachou de novo para esfregar a cabecinha de Happy enquanto eu desenganchava a correia da coleira e a enfiava de novo em meu bolso.

–  Vamos preparar algo pra você comer, garota – Disse a sra. Savignõn, com a cadela já seguindo-a rumo à cozinha.

Dulce se levantou e sacudiu com a mão os pequenos flocos de neve que haviam caído das patas de Happy em seus jeans.