Fanfic: Bilionário como prémio AyA {Terminada} | Tema: AyA

— Não para mim. — Alfonso preencheu o cheque.

Entre as conseqüências danosas para a estação de rádio de Patrick e a vergonha de ser rejeitado pelo público, Alfonso adoraria solucionar aquele impasse.

— Você passa um fim de semana comigo e então dá o cheque para o Centro Crisis.

Apenas peça-lhes para manter sigilo. Está pré-datado, assim vai parecer que fiz a doação após a viagem. Irritada, Anahí o encarou.

— Está tentando me comprar.

— Quero dar o melhor de mim para cuidar de todos. Além disso, não acho que passar um fim de semana comigo seja um destino tão terrível. —Alfonso pôs o cheque em cima do tampo. — Iremos para Victória na próxima semana. Alguém telefonará para você, combinando tudo.

Ele saiu, e ela cerrou os punhos. Quando pegou o cheque para rasgar, quase desmaiou. Aquela quantia resolveria todos os problemas que o Centro Crisis enfrentava. Contudo, homens como Alfonso Herrera

estavam muito acostumados a conseguir tudo o que queriam, comprando pessoas sem pensar duas vezes. Desse modo, dobrou o cheque e correu para a varanda, antes que Alfonso tivesse chegado ao portão.

— Sr. Herrera, está se esquecendo de que eu não disse "sim".

— Quer mais dinheiro?

— Seu... Oh! Basta estalar os dedos para conseguir o que deseja, não é? Bem, não sou uma de suas funcionárias e não farei nada que não quero fazer!

Alfonso não pôde evitar um sorriso. Anahí parecia uma gata acuada, mostrando as garras na defensiva.

— Nós iremos, Anahí. Você é inteligente e se preocupa com a comunidade. No final, decidirá que o dinheiro só trará benefícios e que terá valido a pena o sacrifício de viajar comigo.

Ela o encarou.

— Você é impossível, arrogante e tirano.

— Sim, mas sou um tirano adorável.

— Eu poderia ficar com o cheque e não ir.

Dessa vez Alfonso gargalhou. Fazia muito tempo que não encontrava uma mulher como Anahí. Esquecera-se do quão excitante era gostar de alguém, além dos parentes, que o desafiava. Sob outras circunstâncias, eles poderiam se tornar amigos, mas Anahí morava em Crockett, e ele, em Seattle, com uma vida muito desvairada para pessoas normais.

— Você deveria me levar a sério, sr. Herrera.

— Sempre levo as mulheres a sério. Além disso, sou ótimo juiz de caráter, e por isso sei que você é muito honesta para fazer algo semelhante.

Ela parecia pronta para discutir, então Alfonso aproximou-se e fitou seus olhos cor de céu. E quase se esqueceu de que não poderia beijá-la.

Não entendia por que aquela moça o interessava tanto. Conhecia garotas muito mais bonitas e mais favorecidas do que Anahí, mas nenhuma o tocara tão depressa. Pelo menos não até que passasse da adolescência com uma sede por jovens cheias de curvas em roupas extravagantes. Puxou de leve a trança dela.

— Alguém entrará em contato, Anahí, Para combinar tudo. –Ela empinou o queixo com um brilho malvado nas pupilas.

— Ligue você mesmo. Não tenho intenção de falar com terceiros. Se alguém mais me ligar, além de você, o negócio será cancelado.

Anahí fora sincera naquilo, e Alfonso a admirou. Ela segurava um cheque de grande valor, e ainda assim tinha coragem de impor condições.

Que coisa! Ele gostava daquela mulher!