Fanfic: Aborrescentes | Tema: Amizade, romance

POV Helena

   Eu simplesmente não estava acreditando que ele havia invadido minha privacidade... Tipo, ali é o meu caderno, minhas emoções estão ali. Eu havia escrito sim, 3 músicas e mais algumas outras em um dos meus inúmeros cadernos, mais não quis mostrar antes de estar segura. E se ele acha que pode escrever um álbum completo, boa sorte.

  Eu estava descendo as escadas quando esbarrei em um garoto que prendeu a minha respiração. O garoto que eu gosto. Ele derrubou os meus cadernos e as folhas dentro dele, e por pura coincidência caíram várias folhas dos livros dele.

   - Desculpe, estava um pouco distraído. Você está bem? – ele falou retirando o headphone do ouvido, fazendo seus olhos verdes brilharem por completo. Estava um pouco hipnotizada, e ele recolheu os papeis e distribuiu para nós dois.

   - Sim, estou bem, obrigada. Desculpe. Eu estou um pouco aborrecida, não te vi. – sorri, aceitando os papeis que ele havia me dado.

   - Cuidado moça, você não pode sair por ai se machucando. Afinal, Helena Martins é a garota mais influente desse colégio.

   Me assustei completamente. Como ela sabia meu nome? Quer dizer, eu realmente sou muito influente no colégio, mais por que ele saberia meu nome?

   - E a propósito, você estava incrível no palco, na abertura do ano.

   - Obrigada. Bom, eu estou um pouco atrasada para minha aula de física. Com licença, e desculpe pelo esbarrão. – sorri amigavelmente.

   - Sem problemas. – ele retribuiu o sorriso e acenou de leve com a mão.

   Eu definitivamente não sabia se ficava com raiva pelo que o Luan tinha feito comigo, ou se eu estava feliz pra caramba pelo que acabara de acontecer. Eu, no meio da multidão caminhando para a minha aula de física, ouvi uma voz masculina e bastante conhecida, gritando o meu nome. Fiz que não ouvi e fui correndo para o primeiro pavimento, subi apavorada até o terceiro andar e entrei na sala 09. Aula do professor-lindo-tudo-de-bom-e-perfeito do Rafael. Que por acaso dormia com as alunas, mais isso é outra história... Abri a porta e sentei em um lugar que definitivamente ele não poderia me ver. O lugar ao lado estava vago, e a Mari sentaria ali, já que é uma das pouquíssimas aulas que fazemos juntas.

   - Senhorita Martins, sua mãe não lhe ensinou a dar bom dia?

   Que legal, ele me notou. Anda Helena, levanta. Não tem por que não ir, afinal, você é a aluna favorita dele. Só que as vadias da sala vão querer me matar, né? Abracei forte aquele corpo que foi esculpido por Deus, e por 2 horas de malhação diárias. Ele suspirou e sussurrou em meu ouvido.

   - É bom te ter de volta comigo, Nana.