Fanfics Brasil - NOIVA DO DESEJO

Fanfic: NOIVA DO DESEJO


Capítulo: 2? Capítulo

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Sentiu a respiração acelerada. Chegara confiante e decidida. De repente, se sentia vulnerável e expos­ta. Nua perante um homem que, apesar de ser da fa­mília, sempre fora um estranho desde sua infância.


Agora, esse homem a encarava, com uma expres­são de presunçosa satisfação.


Seu avô, Dimitrios  Saviñón.


— Faz parte dos meus negócios saber tudo sobre todos.


O tom da voz era duro e frio enquanto ele percebia com evidente satisfação o sofrimento que causava. — Ter informação é o segredo do sucesso.


Alesia engoliu em seco. Como uma desgraça pes­soal poderia ser considerada um "sucesso" ?


Casamento.


Não poderia haver piada mais cruel. Ela já havia se convencido de que, não importava o que o futuro lhe reservasse, casamento estava fora de cogitação. Como uma mulher na posição dela poderia se casar?


Ela tentou se manter alerta, para acompanhar a mente perversa do avô.


— Se realmente sabe tudo sobre todos então deve saber por que estou aqui. Minha mãe está cada vez mais doente e precisa de uma operação.


Ele deu um sorriso antipático.


— De certa forma, já esperava sua visita. Você não me decepcionou.


Dulce  ficou furiosa! Aquelas palavras reforçavam suas limitações.


Ela o odiava.


Dulce  ficou olhando para o avô que ela nunca en­contrara antes na vida e sentiu repulsa. A cabeça latejava de tensão desde que pusera os pés no aeroporto de Atenas, e o mal-estar que sentia no estômago era um lembrete do nervosismo que a impedira de comer nos últimos dias.


Havia tanto em jogo. O futuro de sua mãe estava nas mãos dela, em sua habilidade em conseguir um acordo com aquele monstro.


Ele se portava como um rei, sentado em uma ca­deira de espaldar alto, ornada de braços entalhados, dando ordens para funcionários aterrorizados por seus gritos.


Dulce observou a opulência da sala e toda aquela riqueza a deixou enojada.


Será que ele não sentia vergonha? Será que sabia que ela tinha três empregos para proporcionar a mãe os cuidados necessários?


Cuidados esses, aliás, que ele não proporcionava havia 15 anos.


Dulce respirou fundo novamente e tentou se acal­mar. Não podia perder o controle. Ela gostaria de simplesmente virar as costas e sair dali, deixando o avô em companhia de seu dinheiro e de sua solitária existência. Mas não podia. Tinha que ignorar o fato de ele ser a pessoa mais egoísta e frívola que já en­contrara e lembrar-se que só estava ali por causa da mãe. Não podia perder o foco.


Nada, absolutamente nada, mudaria a razão pela qual estava naquela casa. Por 15 anos ele não dera importância às necessidades de sua mãe, até sua pró­pria existência, mas Dulce  não permitira que ele a ig­norasse para sempre. Já era tempo do avô saber o que significava ter uma família.


— Que cara é essa? Você veio me procurar, não o contrário. É você que precisa do dinheiro.


O sotaque marcante da voz ríspida de Dimitrios fez Dulce  enrijecer-se.


— É minha mãe que precisa. Ele soltou um resmungo.


— Ela mesma poderia ter me pedido o dinheiro se tivesse alguma determinação.


Dulce  sentiu raiva e engoliu em seco. Se não se controlasse, ele a poria para fora.


— Minha mãe está muito mal.


Dimitrios a encarou, com um sorriso malévolo.


— E essa é a única razão pela qual você está aqui, não é? Você jamais viria. Você me odeia. Ela te ensi­nou a me odiar.Você está furiosa e tentando se con­trolar porque não quer se indispor comigo. Afinal, posso decidir não abrir a porta do meu cofre...


Ele começou a rir, demonstrando a satisfação que sentia.


Chocada com tanta falta de humanidade, Dulce  resolveu apelar.


— Ela foi a mulher de seu filho...


— Não me lembre disso!


Ele se empertigou e o riso desapareceu.


— Você devia ter nascido menino. Parece que her­dou o gênio de seu pai. É a cara dele, apesar dos olhos azuis e ruiva. Se você tivesse olhos e cabelos pretos e meu filho não tivesse sido seduzido por aquela mulher, você herdaria a linhagem que merece e não teria vivido longe esses anos. Tudo isso poderia ser seu.


Dulce  olhou à sua volta. A diferença entre a situa­ção dela e a do avô era nítida. Símbolos de sua rique­za estavam em toda parte: das enormes estátuas que ornavam a entrada da mansão à graciosa fonte que jorrava no pátio interno.


Dulce  lembrou-se de onde morava, numa área de­gradada de Londres, num cubículo adaptado para acomodar a mãe.


E pensou na mãe e na sua luta para sobreviver. Luta que aquele homem poderia ter amenizado.


Ela cerrou os dentes e esforçou-se para continuar. — Estou bem feliz com minha linhagem — respon­deu, formal — e adoro a Inglaterra.


— Não retruque! — explodiu ele, raivoso. — Se você retrucar, ele nunca se casará com você. Você não parece grega, mas eu quero que se comporte como uma grega. Você vai ser meiga e obediente e não dará opinião nenhuma sobre nada, a menos que lhe peçam. Entendeu ?


Dulce  não podia acreditar.


— Está falando sério? Acha mesmo que vou casa­rei com Christopher Uckermann?


O avô sorriu com escárnio.


— Acho, se quiser mesmo o dinheiro. Você se casa e tenta esconder sua infertilidade. E eu provi­denciarei para que o acordo amarre vocês dois até que nasça um herdeiro. Como isso nunca vai aconte­cer, ele ficará preso para sempre num casamento sem filhos.


Dimitrios Saviñón deu uma risada sinistra.


— A retribuição perfeita. Como se diz, a vingança é um prato que se come frio. Esperei 15 anos por este momento, mas valeu a pena. Perfeito. Você será o instrumento da minha vingança.


Dulce ficou chocada com o plano diabólico do avô. A mãe tinha razão quando a alertou sobre a sua perversidade. Ele não tinha compaixão.


—Não posso fazer isso. O senhor não pode me pedir uma coisa dessas — argumentou ela, quase sem ar.


Dulce não podia se casar com Christopher Uckermann. Ele tinha tudo que ela desprezava em um homem. Pe­dir que passasse a vida inteira ao lado dele...


Ela fechou os olhos e tentou se lembrar como se envolvera nessa situação. Nunca acreditara em vin­gança e guerra entre famílias.


Afinal, ela era inglesa.


— Se quiser o dinheiro, tem de se casar — repetiu o avô.


A cabeça de Dulce girava num turbilhão de pensa­mentos.


Ela queria o dinheiro. Precisava dele.


— Mas, não está certo...


— É o justo — afirmou o avô, num tom áspero. — Justiça que a família Uckermann devia ter sofrido há mui­to tempo. E você, apesar de ser só metade grega, devia saber que os gregos sempre vingam seus mortos.


Dulce sentiu-se fraca.


Será que já não estava na hora de dizer que detes­tava tudo o que era grego? Que nunca se sentiria uma grega?


Ficou calada, não podia se indispor com o avô.


Qualquer coisa.


Faria qualquer coisa para conseguir o dinheiro. Decidira no momento em que pisara na mansão sun­tuosa. Mas subestimara a habilidade do avô em apro­veitar-se de seu desespero em benefício próprio.


Observou-o atentamente, reparando o brilho dos olhos e os lábios finos. Seria tolice tratá-lo como ini­migo. Sempre tinham sido inimigos. Desde que sua mãe sorrira para o pai dela e o conquistara, estragan­do os planos de Dimitrios de casá-lo com uma boa moça grega.


— Uckermann nunca vai concordar em se casar comi­go — argumentou ela.


E assim, não teria que passar o resto da vida ao lado de um homem que odiava. Ele jamais aceitaria.


Descartava as mulheres sem pestanejar. Casamento não fazia parte de seus planos.


Por que se casaria logo com ela? Ainda mais, com as desavenças entre as famílias.


— Christopher Uckermann é antes de mais nada um ho­mem de negócios — continuou o avô, em tom zombeteiro — e as vantagens que ofereci para que ele se case com minha neta são tentadoras demais.


— Que vantagens? O avô sorriu.


— Tenho algo que ele quer, que é a base do suces­so nos negócios. E Uckermann  é um homem que está sempre querendo conquistar uma mulher atraente. Não sei o motivo, mas ele gosta de ruivas. Por isso, você tem sorte. Trate de tirar esse jeans e vestir algo mais arrumado. E se quiser o dinheiro, conquiste-o. Agora, pegue esses papéis do chão.


Sorte? Será que o avô realmente achava que atrair a atenção daquele grego arrogante era ter sorte?



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Autor(a): lovedyc

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 19



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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:28

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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:27

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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:27

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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:27

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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:26

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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:26

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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:25

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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:25

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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:25

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  • anjodoce Postado em 25/11/2009 - 02:21:24

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