Fanfic: Operação: Resgate ao Olimpo | Tema: Percy Jackson e os Heróis do Olimpo
Após terem de contar uma mentira aos professores sobre o sumiço deles, Elizabeth estava exausta. Não precisou lutar. Mas seu coração a cada hálito ácido que o monstro mandava sobre ela era um grito.
Inventaram um motivo do desaparecimento e foram absorvidos pelo diretor. E guardara o número do telefone de Angelina no seu celular. Era estranho para ela admitir isso, mas Angelina tem superpoderes e que ela é uma heroína. Com apenas um grito ela fez árvores estrangular um monstro de sete cabeças… qual o era mesmo o nome?
-Hidra – lembrou-se
Fora um dia estranho e inacreditável. Mas Elizabeth não conseguia ficar atordoada a ponto de se achar louca. Ela sentia que aquilo já era esperado. Apesar de ter de esconder da mãe tudo que lhe aconteceu…
Os números de telefone das casas dos seus novos amigos estavam anotados, qualquer monstro que aparecer ela saberia o que fazer.
O dia começara a escurecer já era noite. Enquanto sua mãe preparava o jantar, Elizabeth deitava em sua cama e começaram a recordar – novamente do seu dia. Nunca fizera muitos amigos por causa da sua mãe e isso sempre a deixava chateada. Agora que conseguira amigos fiéis decidiram não contar que a mãe de vez em quando… gostar de dar uns desmaios no passeio da rua. Isso de tanto beber.
Por sorte sua mãe não estava bêbada, afinal, Elizabeth não precisava de mais problemas.
-Filha! – gritou sua mãe – Vem comer!
Em instantes a comida estava pronta. As luzes dos postes do bairro suburbano do Rio de Janeiro em que Elizabeth morava começaram a se acender.
O almoço foi silencioso até a última garfada de Elizabeth. Aí sua mãe lhe perguntou:
-Como foi seu dia na escola?
-Exaustivo – respondeu ela
-Arranjou confusões?
Elizabeth ficou séria
-Na, não! – respondeu relutante
-Bateu em alguém sem motivo?
-Não, mãe – disse ela um pouco mais intrigada – E não foi por falta de motivo que eu fui pra cima da Karen
-Foi por qual então?
Elizabeth gelou. Não podia contar a mãe que batera na menina porque ela debochou por causa da mãe; Elizabeth engoliu em seco.
-Mãe, você acredita em monstros.
Sua mãe a revirou os olhos.
-Argh- murmurou largando o prato em cima da mesa e se levantando - Vá para o quarto
Elizabeth levantou-se e foi para seu quarto. E ouviu sua mãe murmurando :
-Eu que bebo, e é ela que fica bêbada! Cada uma.
Elizabeth sorriu, sabia que sua mãe não fazia à mínima idéia do que estava falando. Se ela visse o que Elizabeth viu…
Deitou-se após abrir um pouco a janela para ver um pouco as estrelas, que devido à poluição eram poucas. Ajeitou-se na cama simples que tinha e que lhe causara enorme dor nas costas… Já havia tomado banho, apesar de sua mãe nem notar sua tamanha sujeira quando ela chegou em casa. Ficou sorrindo e lembrando do quanto se sentiu importante naquele dia. E aí alguém bateu na porta.
-Posso entrar- perguntou sua mãe
-Pode – respondeu.
A mãe de Elizabeth tinha trinta e dois anos, mas devido a seu exagero no álcool tinha muitas rugas e marcas de expressão, que lhe fazia parecer dez anos mais velha. Tinha os olhos negros diferente dos seus que eram verdes, mas era ruiva como ela. E ruivo de verdade.
Sua mãe entrou e sentou-se na beira da cama dela.
-Você já sentiu falta de um pai?
Elizabeth arregalou os olhos, sua mãe odiava falar sobre ele. Porque aquele momento seria o oportuno. Não obtendo resposta sua mãe continuou:
-Sabe, seu pai apesar de me abandonar com você ele… Era fascinante. Ele foi embora triste. Era um homem esquisito também, sempre vestia roupas praianas e etc… Mas ele te amava. Segundo ele tinha uma grande guerra para lutar
-Guerra!? Indagou Elizabeth
-Como eu disse… Ele era esquisito.
-Por que está dizendo isso agora?
-Não sei – sua mãe levantou-se – Me senti a vontade agora para falar. Boa Noite!
-Boa noite- revidou Elizabeth ainda assim achando aquilo estranho. Não mais estranho, claro, da Hidra aparecer.
Em dez minutos Elizabeth dormiu.
Em seu sonho, Elizabeth estava numa praia. A areia era extremamente branca, o mar extremamente verde-água. Assim como eram seus olhos. Elizabeth não sabia o que esta fazendo ali, muito menos o que fazer. A única coisa que ela sabia era que ela amava o mar.
Mesmo morando no Rio de Janeiro, nunca o visitou muito. E então Elizabeth fora correndo em direção a ele. Pulou na primeira onda que viu.
Entre as ondas ela dançava e saltitava como se fosse a primeira vez que ela fizera aquilo. E ficou horas fazendo isso, só parou quando avistou algo tão bom quanto.
Parada na areia tinha uma bela carruagem o esperando, vários cavalos brancos estavam á frente e um homem alto o domava, e melhor ainda, não usava chicote. Elizabeth saiu do mar e viu que estava completamente seca. Não importou muito para aquilo foi correndo em direção à carruagem.
Em instantes já estava sentada na carruagem. E o domador apenas com um comando de voz controlou os cavalos. Ficaram dando várias voltas por toda aquela imensidão, até o domador parar.
-Segure aqui – Ele ergueu as rédeas para domar os cavalos para Elizabeth. A voz do homem era forte e grossa e isso realmente deixou Elizabeth ainda mais assustada e feliz.
-Vou dar eles para domá-los – disse o homem a ela – Aprenda! Seus amigos a ajudarão. O mundo precisa de você. Em alguns dias seus amigos também sonharam com os pais deles.
O coração de Elizabeth parou. Começou a observar o homem que era exatamente como sua mãe falava:
Voz grossa, olhos verdes azulados iguais os dela, e era fascinante.
-Pai – cochichou Elizabeth emocionada
-Vou colocar parte do mundo em suas mãos filha. E os pais deles também vão dar. Eu te concedi um poder que nenhum dos meus filhos na história teve! – Ele ergueu um pouco mais as rédeas da carruagem para Elizabeth que as agarrou. E o homem desapareceu.
Mas isso não frustrou Elizabeth ela começou a rodar pela praia com a carruagem, porém agora ela a dominava. E isso a deixava escancaradamente feliz. E assim foi por longos minutos, até o despertador a acordar.
Mais um dia em sua nova escola nascera. Pela primeira vez estudava em uma escola municipal. Sempre foram estaduais, segundo sua mãe, escolas estaduais municipais tiveram um ensino ruim. E Elizabeth sabia que escolas municipais –pelo menos na opinião dela- estavam crescendo em todos os sentidos.
O dia começara normal, as luzes do Rio de Janeiro todas se acenderam provavelmente. Eram seis da manhã, horário das pessoas irem trabalhar e de mandarem os filhos para a escola. Sua mãe incrivelmente trabalha em uma farmácia, com certeza o seu patrão não sabe sobre suas manias com a bebida – pensava Elizabeth.
Fora primeira ao banheiro tomar banho, e algo incrível aconteceu. Antes que ela girasse a manivela a água automaticamente desceu, fresca do jeito que ela sempre quis, e do jeito que nunca aconteceu. Elizabeth hesitou, mas continuou a tomar banho. Olhou para cima quando não queria mais e a água parou.
Vestiu-se e foi escovar os dentes, e novamente a água abriu sozinha. Elizabeth escovou os dentes. E lembrou-se do sonho com a voz do homem que dizia ser seu pai dizendo: Vou dar eles para domá-los, Elizabeth sorriu. “Como eu estou sendo boba, o que tem haver meu sonho com isso”. Ela no fundo sabia que tinha um pouco haver sim. Mas preferiu esquecer e encarar aquilo como meras coincidências. Por mais difícil que fosse; Terminou-se de arrumar e foi para a escola.
Ao chegar não encontrou de início ninguém, mas ao chegar à sala viu seus dois amigos a esperando.
-Que bom que você chegou – declarou Max
-É! – disse ela.
Geralmente naqueles momentos eles se abraçariam, mas tinha garotos com uma expressão extremamente maligna na sala de aula. Pensou que não seria uma boa idéia.
-Angelina me ligou – avisou Beto
-Sério? – exclamou Elizabeth
-Sim, queria encontrar agente no centro da cidade. Em um caffe chamado… Beto colocou as mãos no bolso e pegou um papel um pouco rasurado.
-Caffe e Confeitaria Pão de Mel – leu ele.
-Ah! Pelo menos lá e barato – disse Max.
Todos sorriram.
-Quem diria – disse Elizabeth
-Quem diria o quê? – interrogou Max
-Conheci vocês ontem, e hoje estamos preparando para ir no centro em um caffe e ainda por cima com alguém da classe alta do Rio de Janeiro.
Eles se entreolharam como quem diz: Eu não pensei nisso! É verdade!
-Mas estamos felizes, isso é que importa. – concluiu Max.
Em instantes as aulas começaram tudo foi muito fácil de fazer as atividades para eles com o grande entusiasmo que tinham. Conquistaram amigos. Elizabeth sabia que todos passaram por algo igual a ela. Era evidente. A amizade ocorreu tão depressa e aquilo explicava tudo. A última aula foi de Educação Física e eles tiveram uma surpresa.
Um homem forte de cabelos loiros e olhos azuis como os de Max entrou na sala e olhou alegremente deixando transparecer para todos que seu físico e sua bondade eram enormes, O homem não era muito alto. Mas era muito mais forte que o último professor de Educação Física.
-Bom – disse o homem – Meu nome é Her… - ele hesitou como se não quisesse falar o próprio nome… Chamem-me de Professor H.
-Bem - vindo professor H – saudaram todos da sala. Ele agradeceu.
-Olhe – continuou ele – Deve ser meio esquisito para vocês o fato de ser o segundo dia, do segundo semestre de aula e de ter mudança no quadro de professores. O professor Aroldo…
-Arnaldo – corrigiu alguém da sala.
-Enfim! Ele está passando por alguns… probleminhas. E eu serei o novo professor de vocês! Professor de … -o professor hesitou como se não soubesse o que iria dizer.Elizabeth não acreditou que o professor não sabia nem a aula que ele iria dar. Olhou para seus amigos que estavam escondendo o riso. Como todos da sala faziam.
-Educação Física – lembrou ela
-Sim… - concordou o professor H – Ainda bem! Vou passar de mesa em mesa e vocês me falaram os seus nomes. Tudo bem?
Todos fizeram que sim com a cabeça.
Elizabeth sentava no meio de Max e Beto. Estavam na mesma fila na vertical. E quando o professor chegou na mesa de Elizabeth algo estranho aconteceu.
Ao tocar a mão na mesa de Elizabeth ele não fez a pergunta e sim paralizou-se. Elizabeth olhou para os braços do novo professor e viu que ele estava arrepiado. O Professor olhou para os três ficou uns quinze segundos congelado e então tirou a mão da mesa dela e foi de volta para frente da sala sem se quer perguntar o nome dela, e do resto da fila.
-Bom, vamos começar a aula!
Autor(a): victorbueno
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Beto não fora muito com a cara do novo professor. Como sempre. Mas algo nele o deixava desconfortado. Beto sentia vergonha de ser quem é perto do professor. E isso era muito estranho, até para ele mesmo. A aula da educação física foi muito estressante, o professor deu aula livre para os alunos fazerem o que quiser. E aquela n&atil ...
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