Fanfic: Operação: Resgate ao Olimpo | Tema: Percy Jackson e os Heróis do Olimpo
Beto não fora muito com a cara do novo professor. Como sempre. Mas algo nele o deixava desconfortado. Beto sentia vergonha de ser quem é perto do professor. E isso era muito estranho, até para ele mesmo.
A aula da educação física foi muito estressante, o professor deu aula livre para os alunos fazerem o que quiser. E aquela não parecia uma boa idéia para ninguém. Principalmente porque Elizabeth não tinha nenhuma amiga. Beto não tinha amigos a não ser Max e Elizabeth.
E foi então que Beto percebeu que Max, como ele também não fizera muitos amigos. E assim foi com ele na sua última escola.
Beto nunca fora de conversar muito, mas as pessoas o excluíam de uma maneira que ele realmente não sabia o por que. E ele claro jamais perguntaria. Mas sempre foi bom aluno, só se perdeu na aula quando jurou que viu o fantasma de uma professora morta dentro do ônibus escolar. E desde então sempre foi motivo de gozações. E isso fez dele um péssimo aluno. E um péssimo colega também.
De todo modo, a pior coisa que tinha, era dele ter de ficar sentado junto a Max e a Elizabeth na arquibancada com o professor H. olhando para eles o tempo todo. Ao mesmo tempo o que o proefessor olhava friamente a eles, olhava alegremente. Como se ele encontrasse algo e dissesse para si mesmo: Coitados! São eles!
E então ele começou a tentar lembrar-se se aquilo podia ter realmente uma ligação com o sonho que teve na noite passada.
Beto estava em um cemitério, sua mãe havia lhe deixado lá por um motivo que ele mesmo não sabia qual. Beto sempre gostou de lugares macabros. Adora ler filmes de terror. E ama preto. Seus amigos eram bem diferentes deles, e pelo visto nunca gostariam de estar naquele lugar. Principalmente Max que parece a favor da luz e do céu claro. Os olhos azuis deles e os cabelos castanhos claros não podiam deixá-los enganado.
O estranho era que a presença de Max o incomodava um pouco às vezes e a de Elizabeth também. Então naquele cemitério, Beto se sentia feliz de saber que não ia encontrá-los. Pelo menos lá não!
Andou envolta dos caixões vária vezes e lembrou-se dos fantasmas que vira na escola. E da Hidra. Especialmente a Hidra. Esta ele tinha certeza que vira. Tinha testemunhas. Beto ficava feliz, pois sempre supôs que monstros existiam e agora ele tinha certeza.
Beto andara por todo cemitério só parou quando alguém que usava capa estava de costas com o a mão sobre um pequeno poste de luz que tinha. “Fantasma”, pensou, mas logo foi surpreendido quando o homem o respondeu.
-Não, não sou um fantasma!
Beto arrepiara-se e deu alguns passos pata trás
-Não precisa se assustar, garoto – disse o homem ainda de costas para Beto – Afinal, eu não faço filhos para se assustarem.
Os braços e pernas de Beto tremeram, ele não conseguiu falar nada a não ser murmurar baixinho:
-Pai!
O homem virou-se e arrancou sua capa. Ele vestia uma jaqueta preta por cima de uma blusa preta. E uma calça também preta. Na verdade estava tudo escuro, e Beto não podia ver de que material era feito suas roupas. Mas no momento aquilo não importava. Os olhos pretos e reluzente do pai de Beto focaram-se sobre ele friamente.
-Você não é o meu único filho - disse ele – Na verdade, não queria que você fosse o escolhido, mas… Eu realmente não desejaria contrariar aquele velho prepotente.
Nesse momento um trovão brilhou sobre o seu escuro da noite.
O pai de Beto olhou com desdém para o céu e voltou-se ao filho.
-Te concedi poderes inigualáveis, saiba usar e… sempre que precisar, quando uma pessoa estiver morta, ou quase. Sopre no ouvido dela. Mas não vá fazer isso com os vivos “heim”!
-Mas… - Beto não conseguira terminar sua frase. O homem em uma ofuscante luz negra desapareceu e deixou Beto sozinho no cemitério. Não por muito tempo… Beto acordou em sua casa.
O olhar do professor H. era mais apreensivo e preocupado. Não totalmente, mas ainda assim preocupava Beto.
Mas de todo modo o melhor momento do sonho, foi quando descobriu seu pai. Beto sempre fora motivo de gozação por não conhecer o pai. O que era para ele uma verdadeira idiotice. E a melhor parte da aula foi quando o sinal bateu. Aliás o melhor momento da aula foi ouvir o som do sinal anunciando o término, porque no final dela o professor H. os barraram na saída da quadra.
-Acho que esqueci o nome de vocês.
-Meu nome Elizabeth – apresentou-se ela
-Meu nome é Max – apresentou-se Max
Beto hesitou mas estendeu a mão.
-Humberto Lourenço, Beto.
Os dois se cumprimentaram e Beto sentira um estranho choque ao encostara-se à mão do professor.
-Queria ter uma conversa com vocês! – avisou ele.
Beto já desconfiava disso. E seus amigos aparentemente também.
Ele sentaram no primeiro piso da arquibancada. Apenas o professor ficou em pé e ficou para fazendo perguntas que realmente intrigou Beto.
Quantos anos tem? Onde moraram? Conhecem os pais?
A última pergunta marcou muito Beto pois aí ele pode perceber que Elizabeth não conhecia também o pai como ele.
-Não – respondeu ela
-Eu também não! - disse Beto
Max calou-se.
-Bom, tenho. Mas… não é de verdade! Ele cuida de mim desde quando eu tinha três anos de idade…
O olhar do senhor H. ficou mais solícito e compreensivo ele apenas disse antes de se despedir.
-Tudo na vida tem um sentido.
Ele se foi deixando os amigos se olhando. Afinal eles tinham muito que conversar. Todos tinham vidas aparentemente iguais.
-Agora são 11h30min – avisou Beto – Precisamos ir para casa, lembram-se 15h00min tem um encontro com Angelina no centro da cidade.
Todos foram até o portão, despediram-se e foram as suas casas.
Os caminhos para suas casas eram paralelos, a escola ficava na descida de um morro e enfrente a uma outra rua que seguia reta.Elizabeth subia a rua, o que queria dizer que para ela ir para a escola era teria de descer o morro da escola. Max descia o que explicava que ele subia um morro na ida. E Beto seguia. Era uma caminhada de dez minutos até a casa dele;
Quando chegou sua mãe acabara de colocar comida na mesa, o almoço foi tranqüilo. O seu irmão mais velho estava cursando o ensino médio na cidade do pai dele. E sempre quando ele está em casa o almoço era movimentado. E Beto adorava isso. O movimento do almoço ficou ainda mais sombrio quando Beto fez uma pergunta.
-Mãe, como era meu pai.
Beto arrependeu-se de fazer aquela pergunta logo depois que terminou de completar sua pergunta. Os olhos castanhos claros da mãe ficaram negros, transparecendo uma certa tristeza; Sua mãe passou as mãos sobre seus cabelo ruivos tingidos encaracolados, e apenas disse uma coisa para ele.
-Esqueça isso, Beto. Você tem apenas treze anos. Precisa viver mais.
Beto não gostara da resposta da mãe, e então insistiu.
-Mãe, porque você sempre foge do meu pai? Quando te peço explicações. – Beto arrependeu-se de novo sua mãe levantara-se e foi para a cozinha levando o seu prato e o dele; Mas Beto não desistiu foi atrás dela – Eu só quero saber como ele era.
Sua mãe passou a mão no pano de prato a secando.
-Filho, ele era idêntico a você – respondeu ela.
Beto não gostou de falar dele como se fosse no passado.
-Igual como? – insistiu ele.
Sua mãe olhou friamente para ele. Por um instante ele pensou que ia levar uma surra. Mas sua mãe respirou fundo e o respondeu.
-Os olhos dele eram muito negros, porém brilhavam e ofuscavam.
“Assim era o homem do sonho”, lembrou ele mas só no pensamento
-Sempre gostou de usar roupas pretas – continuou ela
“Assim era o homem do sonho” lembrou ele novamente
-Ele era irônico, engraçado. Frio às vezes. Mas era boa gente. E nunca falava bem de sua família.
-Você chegou a conhecer a família dele? – perguntou Beto
Os olhos de sua mãe novamente entristeceram-se
-Não; Eu sei que qualquer trovão ele falava de seu irmão. E nunca me levou nas praias aqui do Rio de Janeiro. O motivo era por causa do irmão. Vai ver ele trabalha em algum quiosque de Copacabana.
Os dois sorriram.
-Obrigado, mãe – Agradeceu Beto.
Sua mãe não respondeu. Então ele virou-se e foi para o quarto e deitou-se na sua cama.
Deitado, Beto refletiu sobre tudo que aconteceu um dia antes e naquele dia. Era estranho, admitir, mas o pai Beto que ele nunca vira conversou com ele sobre sonho. Beto tinha certeza que aquele homem era seu pai. Não só porque os detalhes da mãe escancararam a verdade para ele. Mas sim porque enquanto seu pai estava perto dele Beto se sentia mais forte. Uma conexão de corpos que jamais sentira.
Mas Beto sabia que aquele não era o momento de pensar naquilo. Tinha de tomar banho porque afinal Angelina esperava por ele e seus amigos. E ele combinou de encontrá-los lá. E não podia deixar de ir, tinha muita coisa para contá-los.
Autor(a): victorbueno
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Max estava mais que preparado para o seu primeiro encontro de amigos. Passara em casa e se arrumara. Não havia ninguém. Então pegou o dinheiro da sua mesada que sua mãe escondia abaixo da segunda gaveta de sua cômoda. Felizmente era dia de receber a mesada de R$50. Era pouco, mas Max sabia que era de coração. Seus pais ...
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