Fanfic: A Nobreza.

 O que se ouviu a seguir foi à poltrona onde Christopher estava sentado virar, batendo-se numa mesinha e quebrando um vaso de cristal, e o impulso de Ian pra cima do irmão. Ian voou no pescoço de Christopher, e os dois desabaram no chão. Mariah gritou. Diego a tirou gentilmente do caminho, e se pôs a apartar a briga. O que parecia ser impossível. Depois de minutos, ele conseguiu.

 —AGORA JÁ CHEGA, VOCÊS DOIS!—Diego que era sempre calmo berrou empurrando Ian com tudo, que caiu pra um lado, e puxando Christopher pela gola da camisa pro outro

—Ordinária!—Berrou de novo, após se levantar. —Agora o que a Laís te fez? Nada. Só descobriu a VAGABUNDA que você idolatra. —Disse, passando a mão no canto da boca.
Christopher partiu pra cima de Ian de novo, mas Diego se meteu no meio, empurrando o irmão.
—DEIXA ELE VIR! ELE GOSTA DE BATER EM MULHER, DEIXA ELE EXPERIMENTAR COM HOMEM! SOLTA ELE, DIEGO!—Ian urrou em fúria, encarando o irmão.
—EU DISSE JÁ CHEGA! QUE PALHAÇADA DE VOCÊS DOIS!—Ele empurrou Christopher pro canto, tirando-o da linha de fogo de Ian. —Ian, vá ficar com Laís, ela deve estar precisando. CHRISTOPHER, CHEGA!—Diego o empurrou com tudo. O irmão cambaleou pro lado, mas parou de ir pra cima de Ian.
Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Ian tinha a boca partida, e Christopher o nariz. A briga ia recomeçar quando Sophia entrou na sala, dizendo que Laís estava chamando por Ian.
—Não acaba aqui. —Christopher rosnou furioso.
—Tenha certeza que não. —Ian concluiu, e saiu, pisando forte.

 Quando Ian entrou no quarto, Laís estava deitada na cama, de bruços, com a cabeça em um travesseiro, vestido uma camisola de algodão branca, cuja abertura ficava nas costas. Sophia lhe dava água cuidadosamente. Laís, após o banho, parecia melhor.

—Ian, por favor, eu imploro, não brigue com Christopher. —Pediu com a voz rouca. Ian ia contestar, mas ela o interrompeu. —Não vale a pena.
—Como você está? —Perguntou, acariciando o rosto dela.
—Eu vou sobreviver. —Sorriu. Sentia-se bem melhor longe do quadro de Amanda, e após tomar um bom banho.
O médico logo chegou. Assustou-se com o estado das costas de Laís. Mas deixou a receita de um remédio, uma fórmula, que ajudaria com a dor e a cicatrização. Recomendou repouso absoluto, um chá que ajudava a dormir, e falou de um creme, que era vendido na Alemanha, que impediria que ficassem marcas. Ian, instantaneamente, moveu céus e terra e mandou um empregado viajar até lá, pra trazer o tal do creme. Laís tomou o remédio que o médico passou, e a dor nas costas diminuiu um pouco.
—Olha o que eu trouxe. —Ian disse fechando a porta do quarto, após entrar com uma bandeja contendo um almoço farto nas mãos.
—Obrigada. —Sorriu olhando-o. Estava morrendo de fome.
—Vamos ver se eu consigo sentar você. —Ele pôs a bandeja na cama, e se abaixou pra ela. 

Laís enlaçou as mãos no ombro de Ian, que a carregou com cuidado. Depois, após afofar os travesseiros, pôs ela delicadamente sentada. Mas as costas não aceitaram os travesseiros. 
Laís gemeu de dor quando seu peso encostou no travesseiro, e Ian prontamente a desencostou. Ele sentou ao seu lado, e lhe abraçou pelo ombro, dando-lhe apoio. Assim não precisava encostar-se ao travesseiro. Laís adorou. A mão morna dele sobre seu ombro em si servia como sedativo. Ela comeu sozinha, bebeu suco até demais, forçada por ele. Depois ele, com uma mão só, tirou a bandeja vazia dali. 
—Eu vou cuidar de você. E logo isso não terá sido mais que um pesadelo. —Disse, olhando ela. Laís sorriu, grata. Não sabia o que seria da vida sem ele. Ian selou os lábios com os dela levemente, e toda a dor era suportável.
Naquela noite, enquanto todos dormiam, Christopher foi ao quarto de hospedes onde Laís estava. Fazia um frio desgraçado lá. Agora sim ele entendia como os alemães haviam perdido a guerra, ninguém que não é acostumado aguenta mais que uma semana em Moscou. E além de tudo, era mais uma noite de temporal, com certeza vinha uma tempestade de neve.
Foi o barulho da chuva que acobertou o som de suas pegadas enquanto ele avançava até ela. Quando entrou no quarto, Laís dormia profundamente, ainda de bruços.
Ele avançou silenciosamente até ela. O quarto estava escuro, mas ele enxergava como se houvessem dezenas de luzes iluminando-a.

Comentem o que estão achando e se puderem divulguem a web, por favor. Obrigada, beijos