Fanfic: A Nobreza.

A escrivaninha era baixa, então Laís enlaçou as pernas na cintura dele, que a segurou. Ele começou a se movimentar agressivamente, brutamente, pro deleite dos dois. Laís abraçou ele, e então estava segura. Os quadris e as coxas dela, com o passar do tempo, ganharam marcas vermelhas das mãos dele. O ombro da mesma estava marcado com os beijos que ele deixou. Laís ouvia uns gemidos meio grunhidos de Christopher de vez em quando, e sorria com isso.
Laís tinha as mãos nas costas largas dele, que tinha marcas das unhas dela. Os dois se consumiam, um ao outro, aos poucos. A cada estocada que recebia, Laís grunhia baixinho, perdida em seu prazer. Nunca havia sido assim. Dessa vez os dois estavam entregues. Sem receios, sem medos.

O tempo passou, e a única coisa que mudou foi que os gemidos dos dois se tornaram mais intensos, e os dois começaram a soar. Laís soltou um gemido, quase grito, e desfaleceu nos braços dele. Tempos depois foi à vez de Christopher, que com um último grunhido, se satisfez. Como não sabia se teria forças pra amparar os dois, ele a carregou até a cama, desabando com a mesma ali. Ela estava de costas pra ele, e os dois ofegavam de olhos fechados, em puro deleite. Minutos depois, ao recuperar as forças, Christopher riu baixo antes de beijar a pele das costas dela. Ao ouvir o riso dele, Laís riu também.
—Estúpido. —Ela murmurou, se virando pra ele. Ele deu um beijinho no nariz dela, que fez uma careta, e o abraçou.
Laís se sentia plena. Sentia-se amada. Os dois ficaram ali, rindo, se curtindo, enquanto à noite e a chuva dançavam do lado de fora. Por fim, Laís precisou tomar outro banho. Christopher foi com ela. Os dois tomaram banho entre beijos e carinhos. 
"Eu estou Amando Você." Ela sonhou tanto com ouvir isso. Ela sorria cada vez que as palavras lhe voltavam à cabeça. Dessa vez ele deixou ela se arrumar em paz. Ou quase.

—Ei, não prenda os cabelos. —Christopher estava parando atrás dela na penteadeira, segurando seus braços levemente.
—Porque? 
—Gosto deles soltos. —O cabelo de Laís estava seco. Ela revirou os olhos e o obedeceu. Christopher riu.
O jantar foi normal. Mariah apareceu, com Diego. O pequeno Dieguinho, como o pai insistia em chamá-lo ressonava em algum lugar no andar de cima. Depois, todos foram pra sala de estar. A neve castigava os telhados do lado de fora. Laís sentou abraçada com Christopher, Mariah com Diego. Ian havia ido dormir. Após isso foram cada um pro seu canto. Laís e o ‘amado’ ainda trocaram alguns carinhos antes de dormir, nada demais. Laís acordou no dia seguinte com um bilhete ao seu lado, avisando que ele tinha saído. Ela se sentia disposta. Arrumou-se, tomou café, e resolveu ir ver Carllo. Passou bem 1 hora e meia com o cachorro, mas ainda não se sentia pronta pra passear de novo com ele. Estava caminhando pelo jardim, quando Christopher apareceu. Ele sorriu, correspondendo ao sorriso dela, e desceu do carro, que seguiu seu rumo. Ele a beijou brevemente, e a acompanhou em sua caminhada. Só que a chuva que desabou os obrigou a voltarem correndo pro galpão, aos risos.
—Olha só você. —Disse, afastando o cabelo molhado dela de seu rosto. Em seguida tirou seu terno e colocou em volta dos ombros dela. Os dois se encararam por um segundo, mas logo tiveram outra crise de riso. O cabelo curto de Christopher gotejava água.

Assim ficaram por minutos. Ela se sentou num banquinho no galpão, e Christopher se sentou perto dela. Ela estava perdida em seus pensamentos, quando ele começou. 
—Não quero que tenha rancor. —Disse, olhando pra frente, como se estivesse sozinho. —O que eu tive por Amanda foi mais que amor. Foi uma fixação. Uma doença
—Não tenho rancor. Não agora. —Concluiu, olhando-o.
—Eu era um adolescente. Não sabia nada da vida. Meu pai me venerava. Eu tinha tudo, Laís. Tudo, menos limites. E então ela apareceu. E era a coisa mais atraente, mais excitante que eu já tinha visto na vida. Eu era um menino, ainda. —Ele observou, olhando a chuva. —E eu me apaixonei por ela. Eu já estava acostumado com a ideia de me casar com você. Você era linda, e eu era superficial. Mas eu me apaixonei por ela, e tudo perdeu o sentido. Era ela.
—Sempre há um momento onde você pode parar. Um momento um minuto antes de estar tudo perdido. O momento onde você sabe que se sair agora, vai superar. Houve esse momento pra você. —Laís concluiu.