Fanfic: A Nobreza.

—E o feriado? —Christopher perguntou a noite, dias depois, a Diego.
—Estava justamente pensando nisso. —Confessou, olhando o irmão. —Podíamos ir pra Flórida. 
—Flórida? —Christopher tentava entender o porque disso. Sabia perfeitamente que Diego odiava sol e calor.
—Feriado? —Sophia perguntou, virando-se pra Laís. Não sabia da existência desse feriado.
—Dia de São Valentim. —Sophi fez uma cara confusa
—Assim. —Mariah começou, enquanto ninava Diego. —Diz a história que a tempos atrás, na época do Imperador Cláudio II, ele proibiu todos os casamentos, porque queria montar um exercito invencível, e os homens se tornam vulneráveis quando amam. —Diego sorriu de canto, olhando a esposa.
—Então, como fora mandado, os casamentos foram cancelados. Apenas um padre se negou. Ele continuou casando os jovens escondidos. Seu nome era Valentim. —Laís continuou.
—Ele casou as pessoas continuamente, dia após dia, até que foi descoberto. Ele foi preso, julgado, e condenado a morte. —Mariah acarinhou as bochechas de Diego que havia acabado de dormir.
—Enquanto ele estava preso, jovens iam até a prisão, e jogavam flores pra ele, presentes. Um dia, uma jovem entrou lá. Ela era cega. Eles se apaixonaram perdidamente um pelo outro, e o amor dele, milagrosamente, devolveu a visão dela. —Laís disse, lembrando-se das diversas vezes em que Florinda lhe contou essa história. —Ele conseguiu escrever uma carta de amor pra ela, e no final, ele dedicou "Do seu Valentim".

—Bom, ele morreu. —Laís conclui e Sophia fez uma careta. —Porém, o amor dele e da jovem se tornou lenda. E dai veio o dia de São Valentim. O dia dos apaixonados.
—O que vocês acham de irmos pra Flórida? —Christopher perguntou a todos, porém, encarava Laís.
—Por mim está ótimo. —Laís respondeu, sorrindo pro marido. Christopher sorriu de canto. É, eles iriam a praia no dia dos apaixonados.
E assim, o feriado chegou. Sophia acordou cedo, atônita. Todo mundo tava ansioso pra ir pra Flórida, mas ninguém tanto quanto ela. Diego, pra ajudar com o furdunço, danou a berrar.
—Hum... —Laís se espreguiçou acordando.
—Bom dia. — Laís balançou a cabeça negativamente e se apertou a ele, morrendo de preguiça de levantar. —Vamos coeur , acorde.
—Não quero. —Murmurou contra o peito dele, manhosa.
—Eu também não, mas precisamos. —Ele olhou o relógio perto da cama. —Se bem que ainda é cedo. Fica aqui, eu vou acalmar os três.
—Não. —Ela o prendeu em seu abraço. Christopher riu. —Tá, vai lá. —Ela soltou ele de mal gosto, virando-se pro outro lado.
Mas Laís despencou em seu sono assim que o barulho parou. Não sentiu quando o marido voltou pro seu lado, e a beijou de leve. Só acordou uma hora mais tarde, quando o barulho recomeçou. Mas Christopher não estava lá. Em seu lugar havia um enorme buquê de rosas vermelhas, uma pequena caixinha de veludo, e um cartão alvo. Ela se sentou, e abriu a caixinha. Dentro havia um anel prateado, fino, com diamantes a sua volta. Mas era diferente. Tinha uma abertura na parte superior. Laís franziu a sobrancelha. Em cima da caixinha preta havia uma frase branca:
"Pra aquilo que se quer pra sempre.". Laís olhou a aliança em sua mão esquerda. Sorriu, e colocou o anel no anular esquerdo, o mesmo dedo da aliança.