Fanfic: A Nobreza.

—Como? Onde ele estava? —Mariah perguntou atônita, abraçada forte ao filho, que ria dos beijinhos que recebia da mãe.
Laís hesitou por um momento. A morena parecia arrependida. Desculpou-se. Devolveu o menino.
—Encontrei ele... do outro lado. Perto de uma árvore. —Mentiu.
—Obrigado, meu Deus. —Ela soluçou no choro, e o bebê passou a mão no rosto dela. —Avise Diego. Peça que volte. Já acabou. —Ela sorriu, dizendo isso, e Laís estava plena novamente. Plena no que podia se dizer. Não se podia estar completamente plena se Ian não estava ali pra lhe fazer companhia.
Longe dali, a morena que salvou a vida de Diego não estava nada bem. Ela foi espancada quando souberam o que havia feito. Ela aceitou a dor de bom grado, pelo menos o menino estava bem. Tinha abandonado a vida, mas não tinha pra onde ir, então era forçada a ficar com os dois. Laís naquele dia mesmo ligou pro marido que ficou encarregado de achar Diego aonde quer que fosse. Diego dormia em seu berço, e Mariah caminhava pelo jardim, tranquila, quando o carro do marido se aproximou dali.

—Mariah. —Murmurou correndo até a mulher. Ela correu ao encontro dele, e quando se chocaram, ela se abraçou a ele, que a beijou, cheio de saudades. Christopher preferiu ficar dentro do carro, não queria interromper. Diego deu ordens pra que ele fosse na frente. Laís estava em seu quarto, quando duas mãos firmes lhe cobriram os olhos.
—Se adivinhar quem é, ganha um beijo. —Murmurou no ouvido dela, e sorriu olhando a pele da mulher se arrepiar, enquanto ela sorria.
—Hum... Mr. Stravinsky, talvez. —Disse entrando no jogo. Christopher riu gostosamente. —Que saudade de você. —Disse se virando pra ele, atirando-se em seu pescoço em seguida. Christopher cambaleou pra trás e caiu de costas na cama, com Laís em sua barriga. Ela sorriu e o beijou, com saudade. Tudo estava bem.
Naquela tarde, casais se embolaram nos quartos da mansão. A paixão podia ser sentida entre as paredes, talvez até tocada. E assim foi por dias. O amor, a paz, a tranquilidade e a paixão reinavam naquele lugar. Mas não é só alegria de pobre que dura pouco. A dos ricos também tem data de término.

—Vai!—Christopher ordenou.
—Não vou. —Laís virou o rosto pra não encará-lo.
—Vai, minha princesa. —Insistiu, mimando ela.
—Não, meu neném. —Sorriu, entrando no jogo.
—E porque você não quer ir, minha vida? —Perguntou, prendendo o riso, só que Laís não aguentou e riu.
—Eu vou. Mas me espera.
—Sempre. —Disse, fingindo bocejar arrancando um suspiro dele.
—Ridículo. —Ela bateu no peito dele, que riu e agarrou-a, dando-lhe um cheiro no pescoço.
Toda a briga era porque Christopher ia passear com Laís pela cidade. Mas ele insistia que ela usasse um casaco, que lhe tampasse mais o decote, e ela não queria ir buscar. Por fim ela foi sobre os olhares dele, que ficou sorrindo a espera dela. Laís o encantava. Seu sorriso se fechou em choque quando uma visitante entrou pela porta da frente.
—Christopher. —Disse, observando-o do portal.
Laís tinha buscado o casaco, e voltou, parando no parapeito da escada. Parou de sentir as pernas. A visitante avançou pela sala e abraçou Christopher com força. Laís empedrou onde estava. A visitante ergueu os olhos pra Laís, e a encarou por um breve momento.