Fanfic: Quase amor <3

[...] Alguns dias se passaram, hoje é sábado dia 8 de março de 2013, são exatas 15h. E estou deitada em minha cama olhando para o teto, pensando no que havia me acontecendo desde o dia que cheguei aqui, o príncipe, meu então novo amigo Daniel, pois é nossa amizade vem crescendo e com ela as desavenças com o Rodrigo, ontem mesmo discutimos feio, mesmo não namorando ele possui um ciúmes grande sobre mim. Não entendo bem o porquê deste ciúmes é evidente o amor platônico que o Daniel sente pela Carol, e o Rodrigo sabe o que sinto por ele, sabe como é forte tudo o que sinto por ele, mas o ciúmes o cega tanto que ele nem percebe isso. Ele agora está sentado na janela como costumara, olhando fixamente para frente não aparentava estar olhando para rua como de costume ele estava distante, tão distante quanto eu.

Desde ontem, não conversamos, minha raiva me fez dizer coisas horríveis á ele, mas acredito que qualquer pessoa no meu lugar diria as mesmas coisas. Me doeu tanto ouvir ele me dizer que eu estava junto com o Daniel, não por não gostar do Dani, ao contrário ele é um anjo, eu gosto de mais dele, ele vem me ouvido desde o dia em que conversamos a primeira vez de madrugada na cozinha, mas pelo simples fato que eu havia enfim me entregado para ele na madrugada do dia anterior e ter dito a ele o que eu realmente estava sentindo, nunca fui boa em declarações mais precisava expressar tudo aquilo que eu sentia naquele momento.

Mas o sentimento só existe em mim. Me levantei naquele momento determinada a parar de pensar tanto no Rodrigo, ele se mostrava indiferente desde tudo o que eu havia dito e feito nos últimos dias. Sai do quarto e desci as escadas me sentei do lado do Daniel que assistia algum documentário na televisão:

- Anda Mariane, desemburre essa cara. Não adianta nada só você amar, só você sofrer, esquece isso.

- Estou tentando – Encostei minha cabeça em seu ombro – É que tá difícil.

- Mas você consegue, pequena. – Entendem agora porque o Daniel, virou enfim meu xodó. – Vamos sair hoje?

- Sem animo.

- Vou te dar uns tapas menina, anima ai mulher. Baita de um fim de semana e você ai toda cabisbaixa.

- Pois é, vai você. Vou aproveitar e adiantar alguns trabalhos da faculdade. – Neste momento chegou a Pie, toda afobada. Não a via tão cheia de gás desde o termino com Tomás. – O que houve mulher?

- Hum, é que recebi um convite para o feriado prolongado.

- Que convite, de quem? – Perguntei, com a curiosidade transbordando pela pele.

- Hum guri da escola, os pais dele estão indo para o Nordeste, e ele me chamou pra ir com eles. E como sei que pedindo ao Guilherme e ao Rodrigo, vou morrer dentro desta casa liguei para os meus pais que deixaram.

- Ai que bom amiga, e ele é gato?

- Quem é gato? – Porque ele só chega na hora errada.

- Um amigo meu, Rô. Vou com ele pro Nordeste, ou melhor dizendo com a família dele, na semana santa.

- Quem deixou?

- Meus pais? – Ela disse como se fosse óbvio, o que na verdade era.

- E porque você queria saber se ele era gato, Mariane?

- Porque eu me interesso?

- Não falo nada – Ele disse com o rosto emburrado, foi a cozinha e depois voltou para o quarto.

- Quanta indiferença, o que eu fiz de errado Dani?

- Nada não, Mari. Ele que não sabe lidar com o termo amor, talvez.

- É deve ser. – Continuei ali deitada em seu ombro, e depois subi pro meu quarto e me joguei sobre a cama, fiquei concentrada apenas nas músicas que tocavam através do meu celular:

Ultimamente já não tenho mais mandado em mim,
Só foi você que fez com que eu ficasse assim,
Não há nada que eu possa fazer, a não ser me envolver [...]

Você me seduziu me hipnotizou
Eu me apaixonei, a cabeça virou
Eu sigo minha vida numa prisão sem grades
Eu sigo te amando e todo mundo sabe.

( Prisão Sem Grades - Jorge e Mateus: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=Gzlo58KhGjA)

Fiquei olhando pra ele, que estava sentado na janela do quarto como sempre, não olhava se quer na minha cara desde a nossa última discussão, estava cansada desta situação, era chato, angustiante. Ficar olhando para ele o tempo todo só me fazia mal, então resolvi tomar uma providência para ao menos amenizar esta situação. Sai rapidamente do quarto procurando-o por todos os cômodos da casa, e encontrei ele, o Tomás sentado na porta da república, ele estava fumando, ele possuía essa mania feia.

- Tomás.

- Oi – Sorriu – O que foi?

- Vim te pedir um favor, digamos assim.

- Que pedido?

- Você sabe de tudo o que vem acontecendo entre a gente, e que está um clima insuportável, e sei como vem sendo pra você e pra Pie, dividir o mesmo quarto, então que tal trocarmos de quarto, eu vou para o seu e da Pie e você vem para o quarto onde durmo mais o Rodrigo?

- É uma proposta boa, mas será que eles aceitariam?

- Creio que a nossa presença não é bem vinda nos nossos respectivos quartos, e isso não é lá uma decisão deles.

- Então, tudo bem Mari. Vou subir e juntar minhas coisas e você já pode ir fazendo o mesmo – O abracei em forma de agradecimento e subimos, minhas coisas já estavam dobradas, então foi fácil juntar tudo e guardar em uma mala:

- Onde está indo? – Perguntou o Rodrigo, que apertava meu braço.

- Mudar de quarto. Me solta Rodrigo, está me machucando – Ele continuava segurando o meu braço.

- Pra que quarto, porque? Pro quarto do seu namoradinho, não é? Quarto do Daniel? – Não conseguia continuar ouvindo aquelas palavras, mesmo desmentindo várias vezes ele nunca acreditava em mim, mas ao menos ele soltou o meu braço, viu que realmente estava me machucando.

- Não te devo satisfação – Peguei minha mala e sai do quarto meus olhos lacrimejavam neste momento, mais não sabia se era raiva ou tristeza. Entrei então no meu novo quarto, o Tomás estava terminando de guardar suas coisas, e me viu chorando, não precisei nem se quer dizer qual o motivo, ele sabia que era o Rodrigo. Guardei as minhas coisas no quarto novo e me deitei novamente.

- Porque está chorando Mariane? – Era o Daniel, que agora estava sentado do meu lado na cama, acariciando meus cabelos.

- Nada não.

- Fala como se eu não te conhecesse.

- Eu sei, Dani. Mas não é nada demais, sério. Só estou mais emotiva hoje, só isso.

- Nunca vi, emoção deixar marcas vermelhas pelos seus braços Mariane.

- Não é nada, já disse Daniel.

- Tudo bem, Mari. Não consigo te convencer do contrário mesmo.

- Bom que sabe, mas sabe Daniel, tem como você me deixar mais feliz agora.

- Como?

- Me paga um enorme sorvete.

- Nossa, está barato te fazer feliz.

- Mas você vai me dar?

- Claro que vou. – Me levantei rápido da cama, arrumei meu cabelo, limpei minhas lágrimas e saímos em direção a sorveteria, compramos um enorme milk shake e tomamos ali mesmo na sorveteria. Ficamos conversando e depois fomos embora, ao chegar em casa vi uma cena que doeu, mas não só em mim, como no Dani também, estava sufocada ali, não conseguia expressar nem dizer o que eu sentia naquela hora. Ver o beijo do Rodrigo e a Caroline, se beijando me doía, não queria mais ficar ali, então subi até o quarto e me estirei na cama á chorar, logo a noite chegou não queria me levantar, estava seca de tanto chorar, mas relevei a situação apenas para me banhar e deitar-me novamente, e dormir.