Fanfic: Quase amor <3

Quarta, 3 de Julho de 2013

Três meses se passaram desde a descoberta da minha gravidez, vou completar a 15ª semana, e fazer o ultrassom pra ver se é o meu príncipe ou a minha princesa, ninguém sabia ainda, muito menos o Rodrigo, mas a desconfiança era algo perceptível naquela casa, minha barriga de quase quatro meses já era notável. Minha mãe corujona como só ela, liga praticamente todos os dias pra saber notícias do novo serzinho, que está se formando dentro de mim. Eu já o amava incondicionalmente, meu pequeno príncipe. Entramos de férias, na última sexta feira, um mês pra curtir apenas a minha gravidez.

- Mari – Era a Pie, que tentava já a algum tempo me acordar.

- Aiin, o que foi Pietra?

- Chegou isto pra você. – Disse ela, praticamente jogando a caixa em cima de mim, era uma caixa de tamanho médio, com o slogan do correio. Peguei á de suas mãos e ela foi embora, não havia remetente, e ao abrir a caixa, havia uma outra em tamanho menor com um laço vermelho em volta e dentro tinham um sapatinho tricotado amarelo clarinho, e um cartão em uma letra qual nunca havia visto, e dizia: “Espero que goste do primeiro presente, pelo menos o primeiro presente que eu dou ao principezinho ou princesinha” Guardei a caixa dentro do meu guarda roupa, me troquei e desci pro café, na verdade pro almoço, já eram 12h. Com a gestação tenho dormido mais do que o costume. Depois do almoço, me deitei no sofá, no colo do Daniel pra ser sincera.

- Dani, alguém a mais sabe da minha gestação – Disse baixo.

- Porque diz isso?

- Venha comigo – Sai o puxando até o quarto, e peguei a caixa com os sapatinhos.

- Quando você comprou isto?

- Dia nenhum, recebi pelos correios está manhã. Sem remetente, acompanhado de um cartão, no qual contém uma caligrafia que eu nunca vi, mas não posso negar que são lindos.

- São mesmo, mas pode ser sua mãe. Não?

- Se fosse minha mãe colocaria o remetente e assinaria, não achas?

- Verdade. Então quem será?

- Não sei, quase ninguém sabe.

- E se for o Rodrigo?

- Como ele saberia disso, Daniel?

- Sei lá, é só um palpite infeliz. Que dia é a ultrassom, pra sabermos o sexo?

- Próxima segunda feira. Você vai comigo, né?

- Claro. Mas Mariane, estava pensando, sua barriga já é notável, mesmo ainda pequena, você é magra então os mais espertos notaram que você só passa mal e está engordando, acho que está na hora de contar pra todos sobre o seu bebe.

- Não quero contar.

- Mas logo todos saberão, você querendo ou não. E ele também vai saber.

- Mas não vai saber que é o pai.

- Porque?

- Porque não. Ele não irá acreditar mesmo, ele não confiava em mim, capaz de achar que este filho é seu.

- Com certeza, ele pensará isso. Mas ele é pai, Mari. O seu filho não pode nascer sem um pai, pense nele.

- E a única coisa que venho pensando desde que descobri a gravidez e vou dar todo o amor do mundo pra ele, que ele nem sentira a falta de um pai, além do mais ele terá o padrinho mais lindo e especial de todos.

- Own, minha pequena. Sabe que amo a ideia de ser padrinho, mas o Rodrigo tem que saber, apesar de achar que ele ao menos imagine da sua gestação.

- Será?

- Acho que sim. – Ficamos conversando sobre este assunto horas e horas, até resolvermos descer pra comer algo, todos me olhavam, olhavam pra minha barriga.

- Nossa Mariane, você está enorme – Disse a nojenta, da Carol. E eu ignorei – Não fica triste, tenho uns remedinhos, umas dicas ótimas pra você ficar assim, perfeita como eu, se quiser

- Deixa a menina em paz, Caroline – o Rodrigo me defendeu.

- Ih, porque está defendendo ela? – Ciumenta – Estou tentando ajudar, amor – Ela tentou selar seus lábios mas ele se esquivou, e eu não contive um sorriso.

- Porque está rindo?

- Porque eu sou feliz, ora essa.

- Saiba garota, que ele pode estar fazendo cena agora, mas ele quer a mim todas as noites, não a você.

- Nossa isso mudou minha vida, em Carol. Muito obrigado pela informação.

- Você se faz de indiferente, mas sei que está se roendo por dentro.

- Pense o que você quiser.

- Chega Caroline, deixa a garota em paz. Anda, cale-se – Ela se reprimiu com a bronca que acabou de receber do Rodrigo.

- Eu não preciso da sua ajuda – Disse, e sai dali em seguida. Entrei no meu quarto e me joguei na cama, até alguém entrar, era ele. – O que você quer, aqui?

- Conversar, será que podemos?

- Não, não podemos.

- Para de marra, Mariane. Antigamente conversávamos, éramos amigos, porque não podemos continuar assim?

- Porque você fez questão de esquecer disso primeiro.

- Nunca me esqueci de nada que houve entre nós.

- Mas eu sim. Agora sai daqui, Rodrigo. Não quero ter que ficar te olhando, por favor.

- É tão ruim assim?

- Está sendo, agora sai, por favor.

- Tudo bem, não quero que você se estresse, tá bom? Se cuida – Ele me deu um beijo na testa e saiu, graças à Deus, não sei por quanto tempo me manteria forte [...]

- O que ele queria aqui? – O Dani entrou em seguida.

- Conversar [...]

- E?

- Que eu mandei ele embora, óbvio.

- Porque não aproveitou a deixa?

- Pra contar pra ele, que ele vai ser pai. Nossa ia ser linda a cena, acorda Dani. Ele não vai saber.

- Aff, desisto de você, Mariane, desisto. – Ele saiu bufando do quarto, enquanto eu me deitará pra dormir [...]