Fanfic: Quase amor <3

Segunda, 8 de Julho de 2013

Acordei cedo, preparei um café da manhã, em seguida subi até o meu quarto onde separei minha roupa e fui tomar um banho pra ir ao médico, me ajeitei e sai.

O Rodrigo ainda dormia, melhor assim, pra não ter que lhe inventar milhares de desculpas para ele não ir comigo.

- Bom dia, Mamãe – Disse o médico.

- Bom dia – Sorri, enquanto me sentei na cadeira a sua frente.

- Então Mariane, vamos pra ultrassom?

- Claro – Eu estava ansiosa, me troquei e deitei-me sob a maca e quando ele passou o gelsinho e vi meu bebe, todo lindo dentro da barriga mexendo. 

- Será que conseguiremos vê o sexo?

- Tomara. Ajuda a mamãe, amor. Mostra pro medico, mostra.

- É Mariane, parece que teremos um menino muito obediente.

- Menino? Deu pra ver?

- Deu sim, é um menininho. Parabéns mamãe, você terá um menininho que te escuta – Há, eu nem estava chorando um rio naquele momento, meu pequeno, meu príncipe – É pelo visto, o mocinho deixou a mãe toda feliz. E o pai? Porque não veio hoje.

- Não aquele não é o pai, é o padrinho. O Pai não sabe da existência deste bebê, e quando souber não saberá que é dele.

- Entendo. E o nosso mocinho já tem nome?

- Tem sim, vai se chamar Bernardo.

- Lindo nome. Então o Bernardo, já está com 16 semanas, aparentemente está tudo bem com ele, é só levar o exame para seu médico pra ele te dar certeza. – Ele limpou minha barriga e eu me troquei novamente – Então mamãe, vejo você e o Bernardo mês que vem.

- Ok. Obrigado Doutor. – Peguei minha bolsa, onde guardei a ultrassom e fui embora. Claro que não me contive e liguei pro Dani:

- Oi pequena.

- Oi meu anjo. Como está por ai?

- Mais ou menos e ai?

- Feliz.

- O que deu a ultrassom? É menina? Eu sei que é.

- Errou bobão, é um meninão. Vai ser o meu Bernardo, Dani.

- Um meninão, que bom meu anjo. Mas você já sabia ne?

- Eu imaginava né Daniel, não sou telepata.

- Idiota. E como está o clima na casa?

- Bem, até de mais.

- Você contou pro Rodrigo?

- Claro que não, mas conversamos algumas coisas. Mas ele continuará não sabendo do meu bebê.

- Claro que não vai, daqui a pouco a sua barriga estará enorme e ele não vai desconfiar que você está gravida.

- Ele saber que eu estou gravida não terá como esconder, mas que é dele não vai.

- Não sei mais o que faço com você, Mariane.

- Nada de mais, agora vou ir pra casa, se cuida meu anjo.

- Tchau pequena – Desliguei o telefone e fui pra casa. Ao chegar, o Rodrigo estava terminando de fazer o almoço:

- Aonde estava?

- Tive um compromisso.

- Homem é?

- De certa forma é sim – O médico e agora o meu bebê. Dava pra perceber a sua feição alterada, mas não entrei em detalhes, subi até meu quarto deixei minha bolsa em cima da cama, tirei aquela roupa, e vesti um short de tecido leve e uma blusinha de frio fina, prendi meu cabelo e desci novamente: - Quer ajuda?

- Não, está tudo sob controle – Disse seco.

- É acabou a nossa fase: amigos, foi?

- Não porquê?

- Porque você já está me dando patada novamente.

- Me desculpe, foi sem querer.

- Sempre é, mas ok? – Me sentei próximo a bancada, esperando ele terminar o almoço. Almoçamos e em seguida arrumei a cozinha e subi novamente pro meu quarto, estava tão feliz, imaginei o meu príncipe usando o uniforme que recebeu, o sapatinho amarelo creio que não dará muito certo não, mas mesmo assim é lindo. Então liguei pra minha mãe pra dar a novidade:

- Ei vovó.

- Ei minha filha, como foi na ultrassom?

- Tudo bem, é um menino mãe. O meu bebê é um menino – Nesse momento vi o Rodrigo entrar assustado no meu quarto, ele aparentava estar incrédulo – Mãe te ligo mais tarde, aconteceu um imprevisto. – Desliguei antes mesmo dela despedir, o olhar dele estava fixo na minha barriga, e eu a tampei, meio que involuntariamente.

- Um bebê, Mariane? Escutei direito, você está gravida? – Meus olhos já marejavam, não era pra ele ter escutado, eu fiquei assustada com seu olhar, ele me recriminava sem se quer dizer – Claro que é, o enjoo, os desmaios a sonolência, agora está engordando, como não pude perceber. E quem é o pai?

- Ele não tem pai.

- Ele? É um menino, claro. Você acabou de dizer a sua mãe que ele será um menino. Mas ele tem pai, você não ficou gravida do vento. Sou eu, Mariane? Eu sou o pai dessa criança. – Antes que eu pudesse responder, ele disse – Claro que não é meu, deve ser do Daniel né? Por isso vocês vivem agarrados, o casal agora com um filho – Desde o início sabia que ele não iria acreditar que o filho era dele, mas o ouvir falar doía mais. Não conseguia pronunciar se quer uma palavra, estava abalada, em choque. Saber que eu estava certa esse tempo todo, que cai mais uma vez em meras palavras dele, só me fez ter vontade de sair dali. Tentei atravessar a porta mas ele me segurou pelos braços, me fazendo olhar pra ele.

- Me solta, Rodrigo. Por favor.

- Porque está chorando? Por ouvir a verdade.

- Só me solta – Fiz força pra sair de perto dele, peguei meu chinelo do lado da porta e desci correndo as escadas, saindo da casa. Fiquei desnorteada com as palavras? Mas porque, sabia que ele nunca iria acreditar em mim, corri da casa mas ele me seguia, se quer conseguia me esquivar dele, ele sempre sabia pra onde eu ia, mas ao atravessar uma das avenidas do bairro, me veio um clarão e [...]