Fanfic: Quase amor <3

Quarta, 10 de Julho de 2013

Mariane narrando:

Dois dias passaram, e eu continuo aqui nesta cama de hospital, mas está tudo bem, agora ao menos. Fiz algumas transfusões de sangue, por ter perdido na batida. O meu principezinho, também está bem, o Rodrigo estava aqui todos os dias mas não entrava no quarto, ficava apenas sentado do lado de fora, eu podia vê-lo pelo vidro da janela. O Daniel acabou voltando de viagem mais cedo, quando soube do meu acidente, e bem ele acabou de entrar no quarto:

- Minha pequena – Ele veio pra me abraçar – O Rodrigo me ligou contando o que aconteceu.

- Pois é, ele causou tudo isso.

- Ele? Só ele?

- Qual foi Daniel? Eu disse que ele duvidaria de mim, ele me julgou, me seguiu por isso fiquei tão atordoada e me enfiei na frente daquele carro.

- Não se exalte, ok? Tem previsão de alta?

- O médico não me fala nada, tudo que acontece comigo ele conta pro Rodrigo, e como não quero vê-lo nem pintado, estou sem saber.

- Ai, Mari. Vou lá perguntar ele – E ele saiu, demorou um pouco e voltou com a notícia que eu sairia daqui ainda hoje.

- Daniel, tomei uma decisão

- Vai contar a verdade pro Rodrigo?

- Você acha mesmo, que ele merece saber a verdade? Não, não vou contar. E por tanto vou embora.

- Como assim embora, Mariane?

- Vou voltar pra casa.

- E a faculdade?

- Posso transferir o meu curso pra lá, e também terei que trancar por alguns meses até o pequeno poder ficar numa creche.

- Não, Mari. Não faz isso

- Assim que voltarmos pra República vou ligar pra casa, avisando a minha mãe da minha decisão e pegarei os documentos da minha transferência na faculdade, no mais tardar em uma semana volto pra minha cidade.

- Pense bem no que você está fazendo Mari, pense no seu filho. Você quer mesmo que ele nasça, viva sem um pai?

- Vai ser melhor do que ter ele como pai, o Rodrigo só pensa nele mesmo, e em seu ego.

- Você que está com o ego, o orgulho ferido, Mariane. Pense bem no que vai fazer, enquanto isso vou atrás do seu médico, vê quando exatamente vai sair daqui – Não iria mudar de decisão, o Daniel podia mover céu e terra, mas eu vou voltar pra casa. Ele voltou com o médico que fez uma última avaliação e me deu alta, tudo estava bem comigo e com o meu príncipe. Fomos embora de táxi, bem o Rodrigo foi no mesmo táxi o que me incomodou profundamente. Chegamos em casa alguns minutos depois, subi pro meu quarto e liguei pra minha mãe, expliquei o acidente horroroso que havia sofrido, e a minha decisão, ela pediu para que eu não fosse precipitada, fosse passar apenas um tempo em casa, para poder espairecer a cabeça, mas nada definitivo.

- DAAAAAAAAAAANI – Gritei, e ele subiu as escadas correndo, assustado

- O que? Quer me matar do coração, Mariane?

- Não. Só queria te dizer que vou pra casa, assim que estiver totalmente recuperada

- Definitivamente?

- Não, decidirei depois. Conselhos de mamãe – Sorri

- Alguém sensata na sua família

- Idiota.

- Pequena. O Rodrigo, está todo ansioso lá em baixo, ele quer conversar com você

- Pra me julgar?

- Agora você quem está julgando ele, Mariane

- Aff. Você tem que decidir Daniel, você está do meu lado ou do dele?

- Eu sou seu amigo, e quero o seu bem, Mariane.

- Notasse.

- Você que anda comportando como uma criança.

- Não sou criança. Só estou magoada, entenda.

- Entender eu entendo, imagino o tamanho da barra que você está tendo que enfrentar por causa dessa história, mas você está sendo imatura Mariane. Da uma chance pro menino se explicar, ele também está em choque.

- Em choque, porque? Ele nem sabe que é o pai da criança. Porque a cena?

- Ai, um dia eu desisto de você, Mariane.

- Deveria desistir desta história isso sim, meu filho e eu viveremos longe daqui, ninguém mais ira nem se lembrar de nós

- Nem eu?

- Oras, você é obrigado a se lembrar é o padrinho, mas creio que o contato visual ocorrera pouquíssimas vezes.

- Mariane, agora estou falando sério. Se você não contar eu conto.

- Não acredito nisso Daniel, você não teria coragem.

- Te dou apenas alguns dias, Mariane. Ou eu conto, essa situação já está embaraçosa para todos, não só pra você, quanto pro Rodrigo, até para o bebê que nem nasceu. É Bernardo, você vai nascer na família mais estranha do mundo, pequeno principezinho.

- AAAH, Daniel vou sair dar uma espairecida por ai, esse assunto está me sufocando, vai me enlouquecer.

- Mariane, você não vai.

- Você na manda em mim

- Como se adiantasse alguém mandar, você acabou de sair do hospital Mariane. Por favor, se cuide não por você apenas, pense no Bernardo.

- Aff. – Deixei ele ali falando sozinho, calcei meu chinelo e desci as escadas correndo, me trombando com o Rodrigo – Ai

- Desculpa. Se machucou?

- Não. Com licença

- Aonde você vai, Mari. Você tem que ficar de repouso.

- Que saco, todos resolveram pegar no meu pé?!

- Por que nos preocupamos com você?

- Você se preocupa comigo? Jura? Não parece, sinceramente não parece. Agora me dá licença.

- Não, você vai voltar pro seu quarto agora.

- Quem é você pra mandar em mim?

- Alguém que se preocupa com você.

- Jura, mesmo isso? Me poupe de discursinhos baratos, Rodrigo.

- É serio Mariane, mesmo você não acreditando eu me preocupo com você, e com esse bebe.

- Por qual motivo você se preocuparia com o meu filho?

- Não sei, ao certo. Só sinto que tenho que me preocupar com ele.

- Aff, você e suas conversas fiadas, agora me deixa passar por favor.

- Não. Já disse – Ele me pegou no colo, o que seria constrangedor se a casa estivesse cheia, e me colocou novamente no meu quarto – Voce quer ser tratada como uma criança, Mariane. Assim que você será tratada.

- Ta vendo, Daniel. Tá vendo, por isso que não vou ficar mais aqui, em casa pelo menos terei de volta meu livre arbítrio.

- Voce vai embora? – Neste momento os olhos do Rodrigo, involuntariamente marejava. Foi algo de impulso, creio eu.

- Vou voltar pra casa, o mais rápido possível.

- Porque, pra que disso? O pai do seu filho é de lá – A lerdeza do Rodrigo incomodava a todos, principalmente o Daniel que acabou soltando.

- Não Rodrigo, o pai do filho da Mariane é você [...]