Fanfic: Quase amor <3

Terça, 19 de Fevereiro de 2013

10h25min foi a hora que eu acordei, olhando pra todos os cantos do quarto e o príncipe da cama ao lado já havia acordado, e não estava mais lá, e eu então me levantei peguei uma toalha e fui me banhar no intuito de acordar, um banho rápido e como não havia levado minhas roupas voltei novamente para o meu quarto enrolada na toalha:

- Você tem que parar de andar assim pela casa – Disse o Rodrigo, sentado na beirada da janela olhando pra mim fixamente.

- Porque?

- Ninguém precisa ficar vendo alguém quase despida andando pela casa.

- A e você pode ficar andando assim, porque?

- Porque eu sou homem.

- Velho e maldito discurso machista.

- Eu estou falando pro seu bem, garota. Você não sabe mais os homens desta casa são famintos por mulheres, a vendo assim então.

- Tá chega de delongas ok? Vou me vestir satisfeito?

- Em partes – Ele lançou apenas um sorriso maldoso e voltou a apreciar a vista da rua movimentada pela janela. Peguei um short e uma blusa larguinha e me vesti ali mesmo, mais acalmem se ele não viu nada demais, rs. Ajeitei meus cabelos e então desci para comer algo:

- Bom dia a todos – Desejei.

- Bom dia – Repetiram em coro, estavam apenas o Guilherme, o Daniel e o Tomás na cozinha.

- Dormiu bem? – Perguntou Guilherme.

- Dormi sim, igual a uma criança.

- Falando em dormir, alguém viu se o Rodrigo acordou? – Perguntou Tomás.

- Acordou sim, está sentado na beira da janela – Disse tomando meu café.

- Como sempre – Bufou o Daniel, virando os olhos. Desde ontem reparei que eles não se davam bem.

- Bem, vou subir lá pra conversar com ele – Disse Tomás. Eu continuei ali tomando o meu café. E depois arrumei a cozinha do café, e subi até o meu quarto aonde os amigos estavam conversando.

- Finjam que não estou aqui, que eu faço o mesmo. - Liguei o meu notebook, coloquei os meus fones de ouvido, no último volume e deveria estar cantando alto já que ambos não paravam de olhar pra mim e comentar algo – Estou cantando alto?

- Não – Respondeu Tomás.

- Então porque estão me olhando com está cara? E comentando?

- Estou falando, essa garota é louca. – Ele saiu da Janela aonde estava até agora, e em seguida saiu do quarto, o Tomas o seguiu. E eu fiquei ali sozinha novamente. Mas logo deixei o mundo virtual de lado e desci, tá este logo foram quase 3hr depois, rs. Os meninos tinham feito algo pra comer, mas não quis digamos que aquilo estava com uma cara esquisita. Preferi sair um pouco, andar, conhecer aquele lugar em si. Desde que eu havia chegado o máximo que conheci foi uma deliciosa pizza. Me sentei numa praça a dois quarteirões dali, e fiquei olhando pro nada, pensando na vida, que andava mais parada que água para mosquito da dengue. Pensando como esta semana podia passar rápido, estava ansiosa para o começo das aulas, conhecer ainda mais pessoas, estudar com um gato daqueles na minha sala, ai Deus. Tá este lugar já estava me entediando, pois é me entedio rápido demais. Fui andando novamente para a república, e nada de interessante e ao entrar aquilo estava parecendo um puteiro, a Pietra e o Tomás se pegando em um dos sofás da sala, enquanto o Rodrigo e a Carolina estavam quase se comendo ali no chão mesmo, aff. Fui para o meu quarto, e me deitei na cama coloquei fones de ouvido, e acabei dormindo com aquele tamanho vazio que estava ali [...], acordei algumas horas depois, eram 17hrs já, tá dormi demais. Me levantei e novamente ele estava sentado na janela me observando, desta vez não falei nada, apenas me levantei peguei minha toalha, e minhas roupas de baixo e fui tomar um banho, hoje não tão rápido pois resolvi lavar meus cabelos, vesti minhas roupas de baixo, me enrolei com a toalha e fui para o quarto, e ele continuava ali sentado olhando pra rua, peguei uma roupa no guarda roupa, era um vestidinho florido curtinho, penteei meus cabelos, e me sentei na cama, e fui mexer no meu notebook. Mas não me contive em ver ele tão quieto e tão calado. – Não vai implicar comigo hoje não?

- Do que vai adiantar, você não vai parar de fazer isso vai?

- Certamente que não. E o que você tanto vê nesta rua?

- Nada demais, gosto de sentar aqui e ficar vendo pessoas com as suas bizarrices, me faz esquecer das minhas, além de me fazer esquecer boa parte dos meus problemas.

- Hm

- Quer se sentar aqui também? Juro que não vou te atacar – Ele ironizou.

- Sério?

- Vem garota – Me levantei e de um jeito, nada confortável por causa do vestido me sentei ali – Senta direito.

- Eu estou de vestido, não vai ser nada legal eu me sentar assim igual a você.

- Eu já vi as suas roupas intimas algumas vezes, ou você acha que se vestir com a toalha por cima tampa alguma coisa? Anda senta direito. – Então me virei em direção a ele, e dobrei meus joelhos, com certeza dava pra se ver de tudo ali >.– Horrível né?

- Muito – Claro que já tinha ouvido falar em prostituição, porém ver mulheres fazendo isso, é muito pior – Mas no que isso te ajuda?

- Vejo que tem pessoas com muito mais problemas do que eu, e alguns bem piores

- Isso é. – Fiquei olhando mas desta vez pra ele, quando digo que ele é realmente um príncipe, não minto, chato muitas das vezes, e escroto também, mas um príncipe.

- O que foi?

- Porque você é tão esquisito?

- Esquisito?

- É. Calado, observativo, algumas vezes me observa, grosso, as vezes preocupado com a humanidade, e legal

- Impressão sua

- Não é não. Mas não vou discutir. E você e aquela garota que você estava praticamente comendo na sala mais cedo, namoram? – Ele corou neste momento.

- Não somos não, ela cisma em achar que sim, mas não somos não.

- Você fica uma gracinha com as bochechas coradas – Sorri

- E você fica linda quando sorri.

- Tá isto foi desconcertante – Me levantei da janela, indo em direção a porta, mas ele me puxou.

- Calma foi só um elogio.

- Eu sei.

- Então porque tá saindo assim, do nada?

- Por nada – Me soltei do braço dele e sai do quarto, e saindo em si da casa me sentando na rua, vendo aquela cena bizarra ainda mais de perto. Coloquei meus fones de ouvido, e fiquei ali quietinha, sabendo que estava sendo observada sem nem ao menos olhar para a janela em cima de mim [...] Tudo estava tranquilo e em perfeita ordem, até um carro parar na minha frente, um senhor de uns 45 anos, abriu a janela.

- E ai princesa, nunca te vi aqui antes – Eu o ignorei – Vai recusar um cliente? – Tá ele tá achando que eu sou uma prostituta ÔH DEUS!

- Desculpa senhor, mais eu não sou o que você está pensando.

- Claro que é, não precisa ter medo de admitir, eu pago bem.

- Eu não sou, senhor.

- Anda garota, se levanta e entra no carro.

- Não. Claro que não.

- Vou precisar ir ai, te buscar é? – Olhei pra janela do quarto e o Rodrigo já não estava mais lá, e o cara bem, ele já estava abrindo a porta do carro, e quando ele chegou perto de mim o Rodrigo saiu de casa, mandando ele se afastar de mim, que se ele queria alguém pra passar a noite, que ele fosse caçar alguém que realmente receberia por isso, e olhe que a esquina estava cheia. E ainda ameaçou o cara, que foi embora resmungando, mais parou ali na esquina, que escroto.

- Vem vamos entrar – Ele me deu a mão para que eu pudesse levantar, e assim eu fiz. Entramos e todos que estavam ali na sala ficaram sem entender, e a gente sem explicar subimos para o quarto, e eu me sentei na cama. – O que ele te disse?

- Que nunca tinha me visto naquele ponto hoje, que ele pagava bem. Argh que nojo.

- Isso que dá ficar na rua uma hora dessas sozinhas.

- Tá. Obrigado pela ajuda. Mas você não estava mais na janela, como sabia?

- Assim que te vi ali sentada, desci pra te mandar entrar que esse lugar aqui a noite, sozinha e com este tamanho de vestido, não daria nada certo, e cheguei na hora.

- Já te agradeci, agora nada de sermões.

- Claro que não.

- Bem, agora vou dormir.

- Não vai jantar?

- Não. Sem fome.

- Tudo ok, boa noite.

- Obrigado, pra ti também – Ele saiu do quarto, vesti meu pijama e me deitei [...]