Fanfic: Quase amor <3

Enquanto ele se arrumou para sair, eu me troquei, vesti roupas adequadas para sair de casa, diga-se de passagem que ainda estava usando o mesmo pijama de mais cedo. Prendi meus cabelos em um alto rabo de cavalo e quando o Rodrigo saiu do banheiro, eu estava pronta, ele então me olhou incrédulo, não entendia o porquê de ter me arrumado:

- Onde você vai, Mariane?

- Assistir você jogar, uai

- Não Mari. Você vai ficar

- Não, eu ao contrário de você gosto de futebol, o que tem eu ir assistir?

- Nada, mas você sabe aquele tanto de homem te olhando, eu vou querer matar eles.

- Liga não, amor. Sei me defender, além do mais olha o tamanho desta barriga acha mesmo que alguém vai me desrespeitar.

- Mariane, você não vai.

- Rodrigo você não manda em mim. E se é realmente ao futebol que você vai, por que não posso ir, me diga?

- Porque [...] Porque não, ora. Você fica.

- Rodrigo, me fale a verdade, por favor – Ele se negou, manteve o silêncio enquanto se vestia com uma bermuda e uma camiseta regata, pegou um de seus tênis velhos colocou dentro de uma pequena bolsa preta, e calçou seu par de chinelos. Eu disse ter deixado pra lá, mas claro que não deixei, esperei ele sair da casa e fui saindo em seguida, se ele não me contaria por bem isto aconteceria por mal.

Como imaginara, havíamos passado do campo de futebol, onde era costumeiro os meninos jogarem, já fazia uns cinco minutos, tecnicamente não conhecia aquelas ruas e vielas, mal imaginara onde ela iria dar. Mas ao ver, preferi ter sido tola e ter acreditado no que o Rodrigo me dizia. Mas meus instintos não deixaram, e como sempre eles estavam certos lá estava o Rodrigo se encontrando com a Caroline, eles se cumprimentaram ela lhe deu uma selada nos lábios e ele não impediu. Antes que pudessem finalmente se beijar ou algo do tipo, os impedi – Não sabia que a Miss-Sou-Perfeita jogava futebol, Rodrigo? – Ele se manteve estático, não sabia o que dizer, o que pensar creio. – Não precisa dizer nada, não vou forçar o seu cérebro á algo tão brusco. Ele não merece. – E fui saindo daquele beco, lugar mais nojento pra se encontrarem não havia, meus olhos ardiam, a única coisa que consegui fazer foi ligar pro Daniel, que me passou o endereço da sua nova casa, ele ainda não havia se mudado mas estava lá providenciando tudo, então peguei um táxi e segui até a sua casa. Ela era simples, bem a cara dele mesmo, bati a porta e assim que ele a abriu o abracei, deixando que as lágrimas rolassem em todo o meu rosto.

- Mari, pequena. O que está acontecendo?

- O Rodrigo.

- O que ele fez desta vez?

- Mentiu, descaradamente para mim, simplesmente para sair, se encontrar com a Caroline – Lhe contei detalhadamente o que aconteceu, até eu sair desolada daquele lugar que me dava asco.

- Pequena, não fica assim, você mesma disse que ela o beijou.

- Jura? Sério mesmo que vai defender o Rodrigo?

- Não, Mariane. Você sabe que o Rodrigo não vale nada a Caroline muito menos, não fique assim – Melhorou?

- Não. Mas porque Dani, me diga? Estávamos tão bem, meus pais o amaram. Tínhamos agora a nossa casa, o nosso pequeno ia ter um super quarto, estava tudo tão bom, tudo me deixava tão feliz, pra que jogar tudo assim pro alto, atoa?

- Não sei, Mariane. Não sei, sempre soube que ela um idiota, imbecil, só que pensei que tivesse mudado.

 - Eu também, pensei. Amor.

- Mas e agora o que você vai fazer?

- Não sei – Seus olhinhos se encheram novamente, estava encurralada. Seu coração doía cada vez mais que se comprimia com a dor de uma possível traição – Dani, me deixa ficar aqui, só alguns dias até resolver tudo.

- Claro que pode Mariane, sei que não tenho condições para receber visitas ainda, mas você precisa meu amor, e bem a república não é o melhor lugar pra você.

- Ain, Dani. Não sei o que seria da minha vida sem você, obrigado mesmo.

- Para né Mariane, eu tenho o dever de cuidar de ti, essa deve ser a minha missão na terra: “Cuidar de fedelhas, chatas, pequenas.”

- Engraçadinho – Mantivemos um longo abraço, ele afagava meus cabelos. Depois conversamos vários assuntos, o meu celular já havia tocado 35mil vezes.

- Atende ele Mari, fala que vai dormir aqui.

- Não, ele não merece que eu lhe diga nada.

- Então eu falo – Ele atendeu meu celular, discutiu brevemente com o Rodrigo, que pelo visto logo cedeu. Já era tarde, bem noite mesmo, quando eu dormi.