Fanfic: Quase amor <3

Acordei não muito tarde no outro dia, minha cabeça doía, estávamos deitados em colchões espalhados pela sala. O Daniel já havia acordado, preparado uma espécie de café da manhã para nós. Me levantei, fiz uma breve higiene e fui até ele: - Bom dia, anjo – Lhe depositei um beijo no rosto.

- Como estás, pequena?

- Mal. Mas eu sobrevivo.

- Eu sei que sim, vem tomar café – Fizemos aquela refeição em silêncio. Mas logo o quebrei.

- Dani, tenho que ir pra casa.

- Pra que?

- Pegar minhas coisas, ou acha mesmo que vou ficar só com estas o resto da vida.

- É, verdade. Quer que eu vá contigo?

- Tem dúvidas em relação a isso, Daniel?

- Não. Vou subir, me trocar e vamos. Pode ser?

- Claro. Vou ligar pra pedir o táxi.

- Não precisa, tenho algo pra lhe mostrar.

 - Algo? O que é?

- Espera Mariane – Ele foi se trocar, enquanto isso fiquei na sala observando a casa dele, ela era tão simples mais não deixava de ser linda, ele estava conseguindo deixar a sua cara. Logo ele desceu e foi saindo de casa, e em alguns instantes pude ouvir uma buzina de automóvel vindo do lado de fora da casa, quando sai da mesma, era ele dentro de um carro preto – Veio embutido na casa. Meus pais me deram Mari.

- Ain, que bom meu amor – Disse entrando dentro do carro e o abraçando – Não vou mais ter que andar a pé.

- Engraçada você.

- Sei que sou – Seguimos até em casa, se é que posso continuar chamado aquele lugar de minha ainda ¬¬. Entramos e me deparei com uma cena só não pior por falta de não sei o quer. O Rodrigo notavelmente embriagado jogado em um dos sofás da casa, o Tomás em outro e claro não podia faltar, á Caroline deitada sob o Rodrigo bêbada também. Me segurei o máximo que eu pude, até mesmo pra não chorar, ou mata-los que era especialmente à minha vontade. O Dani me segurou pelos ombros – Vamos lá em cima Daniel, preciso pegar minhas coisas – Subimos peguei duas malas, guardei todas as minhas coisas e as do Bernardo dentro delas, não eram muitas coisas desde que engravidei, perdi parte de minhas roupas. Com a ajuda do Daniel, tudo estava guardado e ele mesmo desceu com elas. Mas ao chegar lá em baixo o Rodrigo estava acordado e veio até mim:

- Mari, meu amor. Você voltou – Veio me abraçar, mas o forte cheiro etílico me embrulhou o estomago a distância.

- Sai de perto, Rodrigo. Você está nojento. Argh. Voltei mas já estou indo, continue sua festinha, com licença – Ele me segurou o braço.

- Indo pra onde, posso saber?

- Não Rodrigo, não lhe devo satisfação de mais nada que eu faço.

- Deve sim, ainda somos namorados.

- Éramos namorados, você agora é somente o pai do meu filho, que não vou privar de lhe conhecer porque não posso a lei vai permitir a sua presença na vida dele, mas agora eu vou embora, adeus – Ele ainda estava assimilando o término, com o bebê, que ficou parado me vendo ir embora. A Caroline sorria no canto da casa: - Pode sorrir Caroline, realmente você venceu. Pode ficar com ele todo pra você, não me faz falta mais, não mais. Agora vamos Daniel – Ele já havia guardado as malas no carro e só veio novamente para me buscar. Já dentro do veículo, eu não me contive e deixei um solitária lágrima rolar.

- Não fica assim, anjo. Tudo vai se resolver.

- Entre eu e o Rodrigo não, cansei. Cansei de jogo sujo, mentiras, traições.

- Mas ele ainda é o pai do Bernardo.

- E sempre vai ser, o Bê vai nascer sabendo disso. Não quero que ele cresça sem o pai, mesmo que não perto. O Bernardo poderá ir nas férias ver o pai, além do mais o Rodrigo poderá ir visita-lo sempre que puder, tem vários hotéis em minha cidade ele poderá se acomodar lá.

- O que você está dizendo, Mariane?

- Que agora é definitivo, vou ir pra casa Daniel.

- Não fique aqui, minha casa cabe você.

- É próximo demais do Rodrigo, preciso dessa distância.

- Não vai não, Mari. E eu?

- Eu te levo comigo.

- Fala como se fosse fácil.

- Eu sei que não é Daniel, mas eu preciso. Agora não é por imaturidade é necessidade, e bem sempre que quiser pode ir ver o seu afilhado, a mãe dele. Tenho amigas bonitas também, caso queira.

- Mari – Ele me abraçou – Tem certeza?

- Mais impossível. Vai ser melhor.

- Você quem sabe – Logo chegamos em casa, liguei para casa, avisei minha mãe de tudo, o Daniel me levou até a rodoviária onde comprei minha passagem pra casa, depois fui até a faculdade, trancar meu curso, o que me doeu muito, aquilo era definitivamente trancar o meu sonho, meu motivo por estar ali. Depois voltamos para casa do Dani, tomei um banho rápido e passei o restante do dia despedindo do meu melhor amigo, meu irmão de outra mãe.