Fanfic: Quase amor <3

Semanas se foram, com elas os meses. E que meses. Já estou no oitavo mês de gestação quase nono. O meu pequeno está grandão #irônico, não? Esses meses foram bastante movimentados, estou junto do Samuel, sei que muitas pessoas são contra nosso relacionamento, mas desde o termino com o Rodrigo, ele é quem tem sido mais companheiro. Marisa vive mais aqui em casa do que na dela agora, com os preparativos do nascimento do Bernardo, fora que depois que conheceu o Daniel só fala dele, e ele nela. Continuamos conversando todos os dias, ele com certeza é o melhor amigo do mundo. Como toquei no assunto Rodrigo não custa falar dele, ele não deu sinal de vida, não pra mim, sempre que queria saber algo do bebê, perguntava ao Daniel, eles viraram bastante amigos desde que vim pra cá. Falando em Daniel ele está vindo pra cá hoje novamente, lembrando disso ele deve estar quase chegando no terminal rodoviário, e como havia ficado de busca-lo, terminei de me arrumar, tomei café com meus pais e meu pai me levou até o terminal rodoviário.

O ônibus dele acabará de estacionar na área de desembarque, e lá desceu ele um dos últimos a desembarcar, esbanjando um doce sorriso, porém estava acompanhado. Meu coração, parou – gelou – quando o vi, o que ele fazia ali? Quem havia deixado ele estar ali?

- Pequena – O Daniel me abraçou, mas me mantive imóvel, incrédula – Mari, está tudo bem?

- O que ele faz aqui?

- Veio viajar comigo, ele estava muito cabisbaixo.

- Mas trazer ele logo pra cá Daniel?

- Acalme-se Mariane, ele não vai fazer nada.

- Mariane – O Rodrigo se prontificou.

- O que faz aqui, porque veio?

- Acalme-se, vai fazer mal pro bebê, que não sei se você lembra é meu filho também.

- Mas ele ainda não nasceu, você não tem motivos pra estar aqui.

- Mariane minha filha, venha entre no carro, vamos pra casa – Era meu pai.

- Espera você vai ficar na minha casa Rodrigo?

- Não, vou ficar em um hotel relaxa.

- Nada disso Rodrigo, você vai pra nossa casa – Falou meu pai novamente.

- Melhor não Jonathan, vou ficar no hotel mesmo.

- Não vou aceitar tamanha desfeita, agora entrem no carro e vamos embora – Detesto o fato dos meus pais amarem tanto o Rodrigo. Entramos no carro e seguimos até em casa, subi até meu quarto, liguei pra Marisa, contei o que aconteceu e ela foi correndo lá pra casa, mas se iludam que foi por preocupação comigo, foi por causa do Daniel, eles vivem no maior “Love”. Desci para sala, todos me esperavam para o almoço. Não queria estar na mesma mesa que ele, não mais, não agora. Me sentei bem longe dele, comemos em silêncio, depois voltei pro meu quarto, liguei desta vez pro Samuel, disse o que acontecerá e ele estava indo lá pra casa, fora menos de 15 minutos, tempo de me reorganizar, ele chegou. Desci as escadas e o abracei, não muito forte era quase impossível com a barrigona que eu estava. O beijei rapidamente, o Rodrigo viu, e parecia não acreditar, nem ele nem o Daniel, mas o Dani sabe que voltei com o Samuel.

- Baixinha. Como está?

- Bem.

- E o bebê?

- Está em clima de festa, acho que percebeu que o padrinho veio ver ele.

- E o pai também – Disparou Daniel.

- Que seja – Disse – Mas entra Samuca – Ele entrou cumprimentou todos na sala inclusive o Rodrigo, eles se encaravam, mas ignorei aquilo. Conversamos sobre algumas coisas, mas o clima naquela casa estava horrível, resolvemos assistir um filme, era comédia. O que aliviou o clima tenso ali. A tarde se passou e eu estava desconfortada, sentindo dores da gestação. Aquela cena de Rodrigo vs. Samuel também não ajudava. Subi até meu quarto tomei um banho rápido, me vesti e quando voltei pra sala, só o Rodrigo estava lá:

- Cadê todos?

- Sairam, eu acho. Mari.

- Mariane, Rodrigo.

- Precisamos conversar.

- Não há mais o que conversar.

- Há tudo o que conversar.

- Rodrigo já se passaram quase 3meses, acho que da pra esquecer essa historia.

- Esquecer?

- É Rodrigo, mas nada vai ser como antes, então me poupe disso, que me desgasta – Senti novamente uma fincada na coluna, causada pela gestação e grunhido saiu sem querer.

- Está tudo bem?

- Sim. É só que a gestação já está acabando com a minha coluna.

- Já é a quarta ou quinta vez que vejo você reclamando disso hoje, não acha melhor procurar um médico?

- Está tudo bem. Não precisa se preocupar.

- Além de está carregando o meu filho, você é a mulher que amo Mariane é Mais do que Normal eu me preocupar.

- Não fale mais que me ama, por favor, acabou tudo entre a gente.

- Eu não vou desistir Mariane.

- Se eu fosse você se privava de tamanho esforço – Uma forte contração veio, e com ela muitas dores, pude sentir um liquido escorrendo levemente pelas minhas pernas – Rodrigo.

- O que aconteceu?

- Estorou Rodrigo, a bolsa estourou – Ele entrou em desespero, tentou achar as chaves do carro do meu pai. E me levar até o veículo, pegando apenas os documentos necessários, o hospital era um pouco perto, mas pegamos transito, as dores se intensificavam. Chegamos no hospital, ele desesperado chamou ajuda, os seguranças ao lado de alguns enfermeiros me colocaram em uma cadeira de rodas em seguida me passaram para a maca, me levando até uma sala antes da de operação, trocaram a roupa, e estava na hora do Bernardo nascer, o Rodrigo depois de insistir muito conseguiu me convencer o deixar ver o parto, nosso anjinho ia nascer, ele já havia ligado pro Daniel pedindo pra trazer as roupas que estavam separadas em meu quarto e entramos na sala de parto. E em cerca de 1h á 2h nasceu o meu anjinho, ouvir o seu choro me fez chorar, mas era alegria, o Rodrigo segurava minha mão fortemente emocionado também. Depois do operatório, eu já havia pegado meu anjinho pela primeira vez no colo, ele era lindo, quanto o pai, os olhos eram iguais aos do Rodrigo. O cabelo escuro iguais aos meus, ele era lindo, perfeito. Estava emocionada demais, em tê-lo finalmente em meus braços. Logo o tiraram de mim, para terminarem de limpar ele. Fui levada pro quarto e o Rodrigo o tempo todo ao meu lado, tomei um banho e me deitei novamente. Logo a enfermeira veio com ele novamente, para mamar pela primeira vez, não preciso dizer o quão emocionada fiquei, né? O Rodrigo faltava babar, depois de alimentar meu anjinho o Rodrigo o pegou no colo, ele era ainda mais lindo como pai. Pai do nosso moleque. Porque ele tinha que não prestar, meu Deus?! Mas infelizmente a enfermeira o tirou novamente de perto da gente.

- Ele é lindo – Disse ele quase babando.

- Nosso moleque, estou tão feliz.

- E eu então. Ele tem os cabelos iguais os seus e o nariz arrebitado também.

- Mas possui seus olhos e sua boca.

- Ainda bem que cheguei a tempo de ver o meu pequeno nascer.

- Quem diria, parece até que adivinhou.

- Né. Mas agora descansa um pouco, daqui a pouco ele vem comer mais, vou ali tranquilizar o povo – Ele depositou um beijo em minha testa, não disse nada apenas fechei os olhos e descansei.