Fanfic: S(h)(e) Be(l)(i)(e)ve | Tema: One Direction
Já havia se passado quase dois anos que eu tinha me mudado para Doncaster. E ao contrário do que eu havia imaginado eu estava feliz, principalmente por causa de Louis.
Nós tínhamos nos tornado melhores amigos, estávamos sempre juntos. Na escola eu o ajuda nos estudos enquanto ele retribuía o favor me ensinando coisas “uteis” como futebol e pregar pecas nos professores e as lideres de torcida.
Ele sempre era um garoto com uma alegria contagiante, sempre sorrindo. Tínhamos muito em comum, às vezes ficávamos horas a fio em nossas respectivas varanda falando sobre nada e tudo ao mesmo tempo, tínhamos os mesmo pensamentos sobre determinados assuntos e ate o mesmo gosto para vídeo games, esporte e filmes de terror.
Porem esses dias ele estava diferente, não sei se é por causa dessa ultima semana de aula ou a pressão dos pais para ele se sair bem nas provas finais, só sei que ele não era o menino alegre e brincalhão de sempre. Estava quieto e sempre pensativo, às vezes me olhava engraçado. Sempre que eu perguntava qual era o problema, ele se esquivava do assunto com alguma pergunta banal ou ate uma piada ignorando a questão principal.
Mas isso nem estava me preocupando muito, Louis sempre era “estranho” e devia ser mais uma de suas esquisitices, então deixei quieto.
(…)
Meu despertador toca me acordando na hora. Mesmo sendo muito cedo me levanto animada, hoje seria o ultimo dia de aula, ultimas provas, ultima vez que veria professores irritantes e mal humorados, lideres de torcidas metidas, nerds melequentos e garotos idiotas.
Me levanto em um salto, abro as janelas para deixar a luz desse glorioso dia invadir meu quarto, olho curiosa para a sacada do outro lado da minha , encontrando as portas ainda fechadas. Louis deve ter se atrasado. De novo.
Sem me deixar abalar me arrumo ainda de ótimo humor para a escola. Quando finalmente estava pronta desci as escadas para tomar o dejejum antes de ir. Minha mãe se encontrava na cozinha fazendo panquecas. Já era um milagre vê-la acordada cedo, ainda mais fazendo panquecas...
- Bom dia querida. Ansiosa para o ultimo dia?
- Claro mãe – Digo me sentando a mesa enquanto ela colocava uma enorme pilha de panquecas na minha frente – E que milagre é esse que você esta acordada tão cedo?
- Só queria fazer uma boa refeição para esse dia especial. Não é todo dia que minha filha termina o colegial.
- Ah – Não respondo mais nada. Minha boca logo estava lotada das maravilhosas panquecas douradas da minha mãe.
- E o baile querida? – Ela pergunta de repente.
- Oque que tem? – Pergunto tomando um copo de leite.
- Com quem você vai?
- Bom com o Louis eu acho. Todo baile vamos junto para não ficarmos sem par. Você sabe disso.
- Eu sei. Mas pensei, que já que é seu ultimo baile você ia querer ir com alguém diferente. Alguém especial...
- O Louis é especial mãe – A olho incrédula, ela adorava Lou.
- Mas filha vamos ser sinceras. Ele não toma uma atitude. Só fica ai dizendo que é seu amigo e...
- Espera um minuto. –A interrompo – tem como ir logo ao ponto, por favor?
- Tudo bem então. Eu gostaria que você fosse ao baile com algum namorado, pretendente, qualquer coisa. Se ficar ai só com o amigo vai acabar sozinha. E já que o Louis não toma uma atitude você devia partir para outra.
- Eu e Louis somos só amigos.
- E vão continuar assim se ele não tomar uma decisão.
- MÃE. Por favor, não se intrometa nesse assunto. Eu vou com quem eu quiser.
- Angel você já terminou o colegial , tem 17 anos e logo vai fazer dezoito. E ate agora não namorou ninguém. Repetindo: desse jeito vai ficar sozinha.
Baixei o olhar para as panquecas que não me pareciam tão apetitosas agora. Mordi a língua segurando uma resposta mal criada para minha mãe. Ela não entendia, eu gostava do Louis, mas nunca teria coragem para falar com ele. Ninguém me interessava, ninguém era bom o suficiente o único que conseguia me fazer sentir novas sensações era Louis, por isso preferia ficar com ele como amigo do que nada.
- Tudo bem mãe – Digo para aplacar a briga – Estou atrasada, ate depois.
- Tchau querida.
Abro a porta da frente e saio rapidamente com a mochila em mãos. Respirei fundo, não deixaria essa besteira da minha mãe abalar minha animação de ultimo dia de aula. Obriguei-me a colocar um sorriso no rosto antes de me virar para a casa do Louis.
E lá esta a razão de eu respirar todos os dias. Encostado no carro a minha espera. Ele estava lindo em uma posição de deus grego. Finalmente consegui sorrir de verdade, parecia que toda vez que o via um peço enorme saia de mim e eu podia respirar melhor;
- Atrasada como sempre Lightwood. – Ele comenta quando me aproximo.
- Sempre Tomlinson, tenho que manter minha fama ate as ultimas horas de aula. - Ele apenas sorriu e entrou no carro e eu no banco do carona. E novamente estava la o silencio constrangedor que se estalou essa semana, Louis permanecia quieto em seus próprios pensamentos, suspiro e me afundo mais no banco apoiando a cabeça no vidro. Já tinha cansado de perguntar sobre isso sem receber nenhuma resposta.
Chegamos à escola rapidamente, quando saiu ele me da um beijo na bochecha:
- Nos vemos no almoço?
- Claro – Digo desanimada, ele se vira e vai para sua aula.
Ao contrario de muitos, eu odiava sextas feiras. Era o único dia que não tinha uma única aula com o Louis, apesar de que nem fazia muita diferença já que o silencio predominava a maioria de nossas conversas na semana. Suspirando fui para sala. Pelo menos era o ultimo dia de aula.
(...)
Eu estava no carro voltando para casa. O dia havia sido ótimo, todos estavam envolvidos com a animação do ultimo dia de aula. Os professores não passaram nada e nos deixaram conversar. Não que isso tenha me deixado feliz já que meu único amigo era Louis e ele não estava conversando comigo direito:
- Agora já chega – Explodi depois de uns minutos de silencio no carro.
- Qual é o problema? – Ele pergunta surpreso pelo meu alto tom.
- Qual é o problema? VOCÊ é meu problema. Agora me responda qual é o SEU problema? Não esta falando comigo direito, não toca piano e nem olhou direito para mim nessa semana. Esta me evitando, sua porta da sacada nunca esta aberta e você esta sempre com esse ar de pensador. Então me responda. Qual é seu problema? – Desabafei tudo que estava guardado nesses últimos sete dias. Ele estava estranho e não me falava oque estava acontecendo.
- Eu não tenho problemas. Estou normal.
- Esta normal? Tem certeza? Esse não é seu normal. Você sempre esta sorrindo, feliz e fazendo piadinhas e tudo que esta fazendo no momento é manter a boca fechada.
- Quer realmente saber meu problema? Você é meu problema. – Ele grita com raiva.
- Isso, agora joga a culpa para mim – Cruzo os braços e olho para fora – Odeio quando você faz isso.
- Mas a culpa é sua. Por que não me contou que o Brandon te chamou para o baile? – Sua voz era mais contida. Eu o olhei surpresa. Não era para ele saber disso.
- Não contei porque eu não aceitei, ué. – Nem me dei o trabalho de perguntar como ele sabia, era obvio que o Brandon tinha contado.
- E por que não aceitou? – Agora a raiva em seu rosto tinha sido substituída por uma expressão cansada.
- Porque eu vou com você. Como sempre.
- Você sabe que não é obrigada a ir comigo, eu sei que você sempre o achou bonito. Não devia dizer nao a ele com medo de me magoar.
- Entao você acha que eu disse não para não te deixar sozinho?
- Sim. Que outro motivo seria?
- Idiota – Falo baixo. Ele não entendia que eu queria ir com ele porque gostava de sua presença, que me divertia me sentar no baile e rir de suas piadas, das danças estranhas e dos comentários nada discreto das roupas dos alunos? Será que ele ainda não entendeu que eu realmente gosto dele? – Quer saber? Você tem razão, esse foi o motivo de eu ter dito não.
O carro já estava parado em sua garagem então peguei minha bolsa e sai de lá o mais rápido possível. Não falei com minha mãe, ainda estava com raiva de suas besteiras de hoje cedo e subi as escadas em disparada. Depois de um bom banho deitei na cama para pensar sobre o assunto do baile, mas acabei adormecendo.
(...)
Acordei algumas horas depois com o vento que vinha da minha porta da sacada - devo ter deixado aberta. O céu lá fora estava de em um crepúsculo maravilhoso com as cores brilhando no horizonte.
Me levantei calçando os chinelos ao lado da cama e indo em direção a sacada, quando estava para fechar a porta, meus olhos se depararam com a sacada em minha frente, as portas estava abertas mas o quarto vazio. Respirei fundo e fui para fora. Não gostava de brigar com Louis, precisava resolver o assunto do baile o mais rápido possível para poder voltar a falar “normal” com ele... Talvez tão normal devido à falta de interesse que ele tinha em falar comigo.
- Louis? – Perguntei ainda olhando para o quarto à frente, eu esperava ver sua cabeça surgir para fora como sempre, mas a resposta me surpreendeu:
- Angel? – A voz de Louis em vez de vir de seu quarto veio do meu lado direito onde ele se encontrava sentado na arvore que florescia ali.
- Minha nossa – Coloquei a mão no coração com o susto – Não me assusta desse jeito se não vou morrer cedo.
- Me desculpa –Ele responde com um sorrisinho mínimo – Queria falar comigo?
- É sim, claro. Queria pedir desculpa por estourar com você hoje.
- Não precisa se desculpar, fui um grande idiota te evitando em vez de falar o problema.
- Concordo. Todos já sabemos que você é um idiota, tudo bem.
- Obrigado – ele da uma risadinha baixa e olha para baixo. Ficamos no silencio por uns minutos e eu falo a primeira coisa que veio na cabeça.
- Por que este ai em cima?
- Aqui é bom para pensar.
-Cuidado se você pensar muito é capaz de sua cabeça explodir.
- Pode deixar, tomarei cuidado para que isso não aconteça.
- Louis? – Ele me olha curioso com o meu tom de cautela – Eu ainda quero ir ao baile e você?
- Claro é divertido – Ele da de ombros indiferente.
- Então vamos juntos como sempre. Eu não disse não para o Brandon para não te deixar sozinho, eu disse não porque é divertido ir com você e eu gosto.
- Tem certeza que não quer ir com nenhum outro garoto “interessante”? – Louis fez aspas com a mão.
- Não tenho interesse em nenhum homem por enquanto. – ainda não tinha certeza se o que eu sentia por ele era nesse sentido...
- Tudo bem, eu vou só por que sou uma ótima pessoa – ele se gaba.
- Como se fosse sacrifício sair com uma bela garota como eu.
- Nenhum – Ele sussurra quase inaudível.
- O que?
- Nada – Deixo o assunto de lado, isso deve ser coisa da minha cabeça.
- Tudo bem agora vem aqui me dar um abraço de desculpa – Abro os braços e espero ele pular para um galho mais baixo e cair bem na minha sacada me dando um abraço apertado.
- Muito obrigada por ser minha companhia para amanha – Ele sussurra no meu ouvido.
- Obrigada você por sempre perdoar minhas grosserias.
- Já acostumei – Eu dou um tapa nas suas costas – Ai. Brincadeira.
- Tudo bem, vou entrar. Tchau Louis ate amanha.
- Tchau Angel, vê se não atrasa amanha.
-Não prometo nada.
Eu entro no meu quarto e fecho a porta gravando seu semblante de alegria na minha memoria antes da visão ser bloqueada.
Naquela noite Louis tocou piano pela primeira vez nesses setes dias.
Autor(a): melvighetto
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Era noite do baile e eu estava muito animada. Sentia que alguma coisa iria acontecer essa noite, não consegui disser oque. Coloquei um vestido rodado azul – a cor que eu mais gostava. Ele ia ate metade da minha coxa e ressaltava o meu corpo, fazendo com que eu parecesse mais esbelta e levemente mais alta. Fiz uma escova e leves cachos na ponta os deixando solto ...
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