Fanfic: Contos de Inverno | Tema: The Elder Scroll-Skyrim

Os guardas de Whiterun não fizeram nenhuma objeção quando o arqueiro encapuzado passou pelo portão, principalmente depois dele informar que o dragão estava morto.

Procurava em sua mochila por alguma bebida, mas só encontrava sua bolsa de água, e água não era algo que ele queria agora. Preciso de uma bebida forte para me ajudar com essa dor de cabeça. Sua cabeça latejava, o que minutos antes não o incomodava, por causa da adrenalina da batalha.

Fui imprudente e estúpido, um ladrão e assassino, vive nas sombras, e não procurando gloria para seu nome. Ou seria apenas uma maneira de mandar um recado para Mercer Frey e dizer que estava vivo? Levou a mão por baixo do couro e tecido e tocou a ferida que sua espada anã tinha feito em sua pele, ainda doía ao toque, mesmo depois das poções de cura, a lamina parece que tinha sido envenenada ou enfeitiçada.

As ruas de Whiterun eram escuras, principalmente em uma noite sem a lua grande e vermelha no céu, as tochas iluminavam o caminho e davam calor aos passeantes, mas, mesmo assim a escuridão ainda banhava a estrada. Por isso que só chegando à praça percebeu que tinha passado pelo Caçador Ébrio, o bar era um local tranquilo para se beber, mas tinha ficado para trás e em sua frente havia a estalagem da cidade, que servia boas bebidas, mas o vinho não era tão bom quanto os de Solitute.

Quando abriu a porta, o calor o atingiu como um punho em chamas, mas foi um soco agradavell. Não tirou o capuz e foi se sentar em uma mesa afasta dos outros, observando enquanto o Bardo cantava e os moradores cansados depois um árduo dia de trabalho, dançavam ao redor do fogo. Pediu uma garrafa de vinho e um pouco de comida, carne assada e legumes, o vinho acabou primeiro, e precisou ser reposto, um homem sorria do outro lado do salão.

Ele parecia diferente das outras pessoas da cidade, por mais que olhasse, não conseguia descrevê-lo com exatidão, mas passava um ar jovial e divertido. Na terceira garrafa vazia ele se aproximou.

Há principio Gannar, o Redguard, não o viu se levantar, sua cabeça girava mais rápido, mas ainda mantinha-se consciente o bastante, para deslizar sua adaga pela manga da sua roupa e esperar um movimento hostil. Ao invés disto ele sorriu.

-Ola amigo, vejo que gosta de beber. Porque não compartilhar de um bom vinho comigo?

Tirou de sua bolsa uma garrafa e estendeu a Gannar que o segurou, mas quase a deixava cair. Abriu e cheirou desconfiado.

-Que vinho é esse?

-O melhor que um dia provará, e forte também. Desafio a me vencer em uma rodada.

E sem esperar jogou um saco de moedas na mesa e tomou a garrafa da mão de Gannar enchendo seu copo.

-Espero que seja homem suficiente para isso. – E então virou o copo de uma só vez, fazendo careta.

Gannar se ofendeu com desafio e encheu e virou seu próprio copo, sentindo o vinho queimar enquanto descia, mas apreciando o gosto.

-Isso meu amigo...isso. Aquenta mais uma?-Então virou seu copo novamente.

Mas parou no segundo copo, e desafiou a Gannar tomar o terceiro, que sorriu bêbado.

-Criança, veja isso.

Virou o copo de uma só vez, e sorriu totalmente bêbado, sua vista começou a escurecer, escutava ele falando algo, mas não entendia. A ultima coisa que viu foi um sorriso satisfeito.