Fanfic: Contos de Inverno | Tema: The Elder Scroll-Skyrim

Derfel acordou como fazia todas as manhas, levantando, vestindo suas vestes, e orando para Stendarr.

-"Vinde a mim, Stendarr, pois sem você, eu poderia ser surdo para as murmurações do teu povo, e esquecendo a sua necessidade de conforto e sabedoria, eu poderia entrar-me em vão a rabisca-lá"*

E ao termino da oração ao divino vazia sua própria oração pedindo por força e misericórdia para com os homens, e punição aos monstros e Daedras.

-Deus do poder e da misericórdia, auxilie os homens na escuridão para que encontrem sua luz e proteção e de forças para enfrentar o mal que se esconde nas trevas e punir aqueles que desse mal praticam.

Quando terminou sua oração e estava levantando-se, ouviu batidas em sua porta.

-Derfel, a líder quer falar com você. Se apresse.

Ele adiantou-se e escondeu o rosto com seu capuz e abriu a porta.

O salão estava quente como sempre, o Salão de Stendarr como era chamado a moradia e templo do deus, era aconchegante e quente, mesmo estando no meio de uma região gélida e de constantes tempestades. Esse era o ponto oficial dos vigilantes de Stenddar de Skyrim, mas havia vários outros pontos por toda a Skyrim, mas são fortificações menores, ou torres de vigílias. Havia poucos quartos, então muitos moram nas cidades próximas, vindo todas as manhas cumprirem suas obrigações como vigilantes. Derfel estava ali a 18 anos, e sabia que isso mudaria hoje.

A líder estava inclinada sobre a mesa com o símbolo de adoração a Stenddar, o corno de ouro e rezava fervorosamente, atrás dela em vários bancos dispostos ordenadamente, outros vigilantes faziam o mesmo. Derfel colocou-se ao lado dela e esperou o que pareceu horas.

Quando finalmente terminou ela virou seus olhos para ele, e deu um sorriso ao que pareceu aos seus olhos, o sorriso de uma mão que acabava de perceber que seu filho havia crescido.

-Derfel, meu querido e jovem Derfel. – Ela acariciou seu rosto escondido sobre o capuz. – Hoje você faz 18 dias do seu nome, e hoje, deverá fazer sua jornada em busca de sabedoria.

Ela falava isto, com certa dor de perda, que comovia Derfel.

- O que devo fazer grande mãe da vigília?

-Você é um aprendiz rápido e jovem Derfel. Mas precisa das armas para cumprir seu trabalho como vigilante. Você dominou o feitiço das chamas e é bom lutador com a maça de aço, mas precisa aprender mais e mais, por isso estou te enviando para o colégio de Winterhold, onde você ira aprender tudo que se há para aprender e voltar aqui, como um poderoso servo de Stendarr.

Aquilo era ao mesmo tempo, empolgante como aterrorizante para Derfel, ele nunca tinha ido tão longe do Salão e temia fazer isto agora.

-Quando devo fazer isto grande mãe?

-Agora.

-Agora? – Derfel se chocou com a necessidade de tamanha viagem. – E o que preciso para essa viagem?

-Sua fé. Esse será seu teste, sobreviver à viagem ate o colégio, e voltar com toda sabedoria que puder conseguir. Mas tome isto, você precisara de alimento, e essas joias poderão ser vendidas, para arrecadar dinheiro para suas necessidades.

Derfel pegou tudo e colocou em sua bolsa em sua cintura, ela indicou a porta com a cabeça.

Quando saiu o frio o banhou com certa selvageria, mas apenas ventava, ainda não nevava. Havia um vigilante cortando lenha do lado de fora, ele olhou para o céu e então para Derfel, ele sabia de sua viagem pela resposta que deu.

-Acho melhor partir para o Leste agora, ou não poderá achar abrigo para tempestade que se aproxima.

Derfel agradeceu e seguiu sua peregrinação.

Suas roupas eram finas, e horas depois a neve começou a cair, constante e leve, mas incomoda, e em minutos passou de ter frio, para sentir congelando em meio aquele mar branco. Derfel produzia fogo nas mãos na esperança de manter pelo menos seu rosto aquecido. Seu caminho era dunas de neve, que subiam a vários metros e desciam íngremes, o que dificultava o avanço da peregrinação.

A neve ia aumentando, e logo Derfel viu-se perdido, pois não conseguia identificar pelo mar, onde era o leste, pois, ele havia desaparecido. Mantinha as chamas em suas mãos acesas. Foi quando ouviu o uivo.

A principio soou longe, mas foi aumentando e Derfel sabia que o lobo havia visto, estava tão perto que conseguia ouvir seus passos. Ele estava preparado para ele, pois quando apareceu em sua frente correndo, o cobriu de chamas e em segundos, ouvia seus gritos de lamento, mas, ele não estava preparado para os que estavam atrás, e quando o lobo saltou em suas costas, ele rolou pela neve metros a baixo.

Quando levantou a cabeça pode ver que o lobo ao seu lado estava em seus últimos suspiros em chamas, mas a sua frente havia mais três deles, prontos para atacar. Derfel armou-se rápido e atacou chamas constantes neles, o que fez dois deles saírem correndo em chamas e rolarem na neve, mas as chamas mágicas o haviam queimado rapidamente, e Derfel sabia que logo estariam mortos.

No entanto o terceiro sumiu, ele ficou em estado de alerta, mas isso não ajudou, pois quando ouviu os passos, o lobo já estava em voou e pegou seu braço em uma mordida feroz, sacudindo e enterrando mais ainda seus dentes na carne macia. Derfel por instinto pegou a maça de aço de sua cintura e ficou o atacando loucamente em seu corpo, com golpes fracos pela dor. O lobo o soltou e afastou o rodeando para um novo ataque, e quando o fez, Derfel levantou a maça, fazendo com o que lobo fechasse seus dentes no cabo e arranque-se o de sua mão levando ela para longe.

Derfel estava exausto, havia perdido muito sangue e tentou em vão estancar o sangue com a mão boa, não podia se curar agora, precisava de concentração para isto. Temia a morte quando o lobo correu para cima dele, mas a passados de saltar, uma flecha em seu pescoço o abateu. Derfel olhou ao redor e pode ver um batedor Imperial com um arco na mão.

-Você esta bem?- perguntou ele aos gritos por causa do vento forte.

Derfel cedeu de joelhos e gritou de volta.

- Por favor, me ajude. Sou um vigilante de Stendarr. Não sou um inimigo, me ajude.

E então chorou, chorou como uma criança. Ele poderia se envergonhar disto anos mais tarde, mas não naquele momento, pois, ele sentiu medo e tinha visto a morte passar diante de seus olhos.

*- Eu traduzi com ajuda do google(sorry) a oração ao deus Stendarr, mas modifiquei por não achar a tradução da expressão manswarm. Então editei de modo que fizesse sentido.