Fanfics Brasil - 9-Gannar Contos de Inverno

Fanfic: Contos de Inverno | Tema: The Elder Scroll-Skyrim


Capítulo: 9-Gannar

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-O que são eles?


Gannar não olhou para ela quando respondeu.


-Vampiros.


-Mas o que..- O som da sua voz demonstrava surpresa. Aquilo divertiu o assassino.


-É eu sei. Eles têm sido muito ousados ultimamente.


-Mas atacar assim em estradas? Achei que eles eram mais...cautelosos. Onde estão os vigilantes nessas horas?


-Ah três deles mortos bem ali. – Gannar indicou. A elfa da floresta levou a boca horrorizada.


Gannar a encontrou voltando de Markath. Depois de terminar os seus “serviços” ele comprou um novo cavalo se abasteceu e seguiu viagem. Inicialmente ele pensara em voltar para Winterhold, mas tinha assuntos inacabados em Whiterun. O principal deles era saber como fora parar em Markath. As estradas da região de The Reach são perigosas, ainda mais com os ataques constantes dos renegados. Por esse motivo, as estradas viviam cheias, não porque o trafico ali fosse maior, mas sim porque os viajantes só passavam pela região rochosa em grupos, acompanhado de alguns mercenários para escolta. Gannar seguiu viagem com ela em um ponto onde as pessoas se dispersaram e como eles seguiam para mesma direção fizeram companhia um ao outro. Ele permaneceu em silencio pela maior parte do tempo, ela também. Falou apenas o necessário e Gannar fez o mesmo para demonstrar confiança, claro que omitindo em alguns pontos.


Ela se chamava Falesy, e veio para Skyrim por causa da morte do irmão. Segundo ela, Faendal era um caçador que veio morar em Skyrim há alguns anos. Ele morava em Riverwood e segundo a carta de uma amiga dele Camila Valerius, ele morreu enfrentando um dragão em Whiterun. Gannar se lembrava do dragão, mas não de Faendal.


Gannar vasculhava os corpos com calma, verificando todos os bolsos a fim de encontrar algo de valor. Falesy segurava uma tocha iluminando os corpos e ficara em silêncio ainda atordoada com a situação. Só quando Gannar estava verificando o ultimo corpo ela pareceu perceber que ainda tinha uma língua.


-Eles eram vampiros, e mesmo assim você os matou como se não fossem nada. Na verdade você nem deu tempo para eles terem uma ação.


-Não é a primeira vez que me deparo com vampiros em Skyrim.


-O que você é realmente? – Ela perguntou com um misto de curiosidade e medo.



Gannar observou sua mão no cabo da adaga enquanto ele se levantava, mas ignorou o ato.

-Sou um viajante como você. – Ele se permitiu sorrir para acalma lá. – Venha, vamos logo. Rorikstead não esta longe, mas o amanhecer sim. Eu quero uma boa cama para dormir. Eu te pago um quarto e um prato de refeição, eles tinham uma boa quantia consigo. –Disse sacudindo a mão, deixando as moedas se chocarem em um tintilar alegre.


Passando as montanhas cerradas, o caminho é tranquilo e agradável. Com rios e vegetação propicia para uma região fértil. Em uma parte do caminho já se podia encontrar guardas de Whiterun que patrulhavam a região, indicando o caminho certo a se seguir.


Avistaram a pequena aldeia tarde da madrugada. Tochas indicavam a estalagem e guardas mantinham as ruas vazias em segurança. Eles deixaram os cavalos para serem cuidados e entraram na estalagem que os recebeu com uma baforada de calor revigorante. O tempo La fora já começava a ficar úmido.


Se lá fora estava vazio, do lado de dentro podia se encontrar toda a cidade bebendo, comendo e conversando. O dono da estalagem estava no balcão e seu filho servia os pratos o ajudando no serviço. Gannar caminhou em silêncio até o balcão.


-Vou querer dois quartos com água limpa para tirar a poeira da viagem. Também vou querer duas refeições quentes e para mim de inicio, uma garrafa de vinho. Tome isso pela despesa, e por demais pedidos que podem ocorrer antes do sono nos abater.


Gannar jogou um saco de moedas para o estalajeiro que o pegou e conferiu se espantando com a quantidade de septins guardados.


-M-m-mas senhor! Isso paga várias vezes os seus pedidos.


-Considere como um presente de um viajante. Agora me entregue o vinho e aponte o meu quarto.


Ele entregou a garrafa e o copo a Gannar que encheu e virou em um só gole se servindo novamente. Ele pegou a garrafa e se dirigiu ao quarto indicado. Ele era grande, tinha um baú, um armário, uma cama grande de palha, pinico e uma bacia que minutos depois foi preenchida com água fresca.


Tirou a capa, as armas, e a roupa suja, e se lavou com uma esponja macia enquanto terminava o seu vinho. Quando terminou esse pequeno ritual, o ladrão e assassino Gannar saiu do quarto, e o estalajeiro atencioso, o guiou ate um mesa onde uma ótima refeição o aguardava.


 Essa altura, quase todos já tinham partido para suas casas, e só restara o filho do estalajeiro, o bardo e um bêbado local. Há, e Falesy que deduziu que tinha intimidade suficiente pra partilhar a mesa com Gannar.


-Com licença Braa’d. – O nome verdadeiro foi uma das coisas omitidas.


Gannar apenas fez sinal e ela se sentou, ele bebia outra garrafa de vinho ao mesmo tempo em que lambuzava um pedaço de pão na gordura da carne.


-Vai, nos conte novamente sobre o dragão que atacou Whiterun. –Pedia entusiasmado o filho do estalajeiro.


Gannar terminou sua segunda garrafa e pediu um jarro de água, não se permitiria ficar bêbado ao extremo novamente. A última vez já fora desagradável.


-Para onde você irá ao amanhecer?


Gannar a olhou, e isso bastou para ela compreender que não devia fazer perguntas das quais não lhe dizem respeito.


-O que caminho que você deve fazer é seguir para Whiterun. De lá ficara fácil para encontrar Riverwood e a casa de seu falecido Irmão.


Falesy agradeceu e pegou seu prato se afastando. Gannar gostou do silencio e terminava sua refeição se distraindo com o bardo e sua história.


-...e então.... o dragão gigante, maior do que a torre de vigia, com asas tão longas que cobriam o céu, enchia o ar com chamas. Ele desceu em rasante engolindo cada homem que estava em seu caminho. Foi ai que ele surgiu, o Dragonborn. Ele em sua armadura reluzente a luz da lua, correu em direção ao dragão, cortando as chamas com seu escudo e enterrando sua espada no dragão da criatura.


Abrindo um sorriso debochado, Gannar se levantou e foi até o seu quarto, e desabou na cama de palha, adormecendo quase instantaneamente. Sonhou novamente com aquele dia na cripta, a espada lhe perfurando e ao invés de acordar com a dor, ele caiu no mar gelado que o cercava em meio ao navio naufragado. Só quando a falta de ar apertou os seus pulmões, ele acordou sem folego.


Minutos depois estava vestido e armado, pronto para partir, dirigindo-se ao estabulo atrás da estalagem. Do lado dela havia um campo de cultivos, e nela estavam trabalhadores que madrugaram para garantir a colheita. Um deles se aproximou apontando e gritando para Gannar.


-VOCÊ! VOCÊ TEM MUITA OUSADIA DE APARECER NESSA CIDADE NOVO. O QUE TEM A DIZER EM SUA DEFESA.


- Não tenho ideia do que está falando. – Respondeu Gannar, sem se abalar, amarrando as coisas no cavalo e prendendo a bolsa com seus itens de acampamento nas costas.


-Então é isso? O nome Gleda te soa familiar? A bela estrela de minha fazenda? Sequestrada por um bêbado e vendida a um gigante?


O fazendeiro realmente parecia abalado. Gannar continuava o seu processo, mas ele estava interessado dessa vez, ao que parecia remetia ao dia que desabou em Whiterun naquela disputa de bebidas. O fazendeiro continuou.


-É melhor você se lembrar dela em ritmo acelerado antes que eu chame os guardas e mande você ser arrastado a um calabouço.


-Isso soa muito mal... –Disse Gannar em deboche.


-Você pode ter certeza. Eu nunca irei criar uma cabra ganhadora de prêmios como Glenda. E você não pense em voltar para Rorikstead sem que a tenha recuperado das garras desse gigante.


Gannar sorriu. Algumas pessoas passavam na estrada, mas isso não impediu de puxar o homem pela roupa e encostar sua lamina na garganta dele.


-Diga-me tudo e você não vai acabar como sua cabra.


O fazendeiro pego de surpresa, ficou amedrontado, e falou em gaguejos.


-Certo, tudo bem. Quase nada do que você disse fazia sentido, mas deixou uma nota. A única coisa que eu podia ler disse que: “depois de compensar Ysolda em Whiterun.” Isso é tudo que sei.

-Obrigado.- Disse Gannar o soltando no chão.


Ele foi até o cavalo e o montou. Depois enfiou a mão na bolsa e jogou algumas moedas ao fazendeiro.

-Compre outra cabra.


Dizendo isso, esporeou o cavalo e partiu.



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Autor(a): jonasdeth

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • alien Postado em 31/03/2013 - 10:04:13

    *0* me encantei pela web! Posta mais *-*


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