Fanfic: A Medida do Amor | Tema: Coisas simples e divertidas da vida

No apartamento, Catarina levou um susto quando Andresa pediu por  ajuda no telefone e mesmo sem entender o que ela queria, a empregada resolveu ajuda-la a sair da delegacia:

-Podes dizer Andresa, o que aconteceu?

-Eu me meti numa confusão com o Rodrigo e com aquele monstro que ele  tá namorando e...-Rodrigo, ainda disfarçado, teve que segurar Mia para que ela não fosse para cima dela e estragasse tudo- Não tenho dinheiro para a fiança!

-Pergunte se ela sabe a senha do cofre!-Disse Mia

-Ah, Catarina, retire do cofre o valor que eu vou pedir...-Andresa sussurrou o dinheiro da fiança e a empregada respondeu:

-Não se preocupe, eu sei a senha do cofre, é a sua data de nascimento!

-Eu sei disso, agora vai pegar esse dinheiro e venha me buscar, senão eu vou passar a noite aqui e eu não estou afim de gritar!!!

-Tudo bem!-Catarina desligou o telefone e nisso, o advogado Diego Bustamante respondeu com sua voz rouca:

-Agora é só esperar!

-Mas por quanto tempo?-Perguntou Andresa que estava assustada com alguns criminosos e ladrões que devido ao visual que ela estavam, já a encaravam com uma cara de “Vou te Roubei”.

No orfanato, as crianças estavam jogando futebol de botão, e Rãzinha estava toda contente, com o lindo botãozinho que  ela usava para brincar, enquanto Alfredo estava desconfiado e preparou um truque:

-Rosas são vermelhas da cor do coração...

-Ai, Alfredo, é sério?

-Enquanto eu disse isso eu goleei o seu botão!-Disse o menino, que distraindo Rãzinha, driblou os outros botões e marcou o gol.

-TIAAAAA!!! ALFREDO ME GOLEOOOOOU!!!

-Voce que se distraiu, sua bobona!

-Crianças! Querem parar de brigar, até parecem inimigos de guerra!

-Desculpa tia Noemi...

-O que a senhora ia dizer?

- Vocês já são crescidinhos o bastante para guardarem certas coisas, certo?- Dona Noemi preferia contar para as crianças sobre a historia de Mia, pois eles eram mais fieis em guardar segredos do que alguns vizinhos que chegavam a ser um tanto fofoqueiros...

-A Mia vai viajar de férias por algum tempo, para a casa do tio, que está doente...

-Mas por que ela vai viajar?

-E sem a gente?

-É algo complicado, a casa dele é cheia de gente e ela precisa consertar muitas coisas senão tudo ficará terrível!

-Mas ela vai demorar muito tempo?

-Algumas semanas, mas ela vai retornar e continuar conosco!

-Tia Noemi, a senhora promete que a Mia não vai demorar muito tempo?-Perguntou Alfredo.

-Isso, quem pode prometer, é a Mia, mas nós não podemos mandar no coração das pessoas. Vocês entendem?

-Entendemos!!-As duas crianças abraçaram Dona Noemi e prometeram que guardariam o segredo até a hora de Mia saber. O problema era que havia um japonesinho de sete anos que não prestara atenção na conversa.

-Não quero que a Mia vá embora! Tenho que avisar os outros!

Enquanto isso, Mia, Rodrigo (disfarçados é claro) estavam dormindo na delegacia enquanto Andresa estava aflita. O relógio marcou oito horas da noite e o policial já se preparava para levar a patricinha para a cela quando Catarina apareceu com o dinheiro.

-Com licença, me desculpe a demora, tive que pegar um ônibus até aqui...

-CATARINA,ME SALVA DESSE PESADELO!

-Calma, eu estou indo, deixe-me conversar com os seus advogados... Ela fez alguma coisa muito grave?

-Não, mas como ela tentou depredar um patrimônio histórico, precisamos pagar uma quantia para tirá-la daqui.

O delegado passou uns dez minutos conversando com Catarina, Andresa e os advogados que a defendiam e no fim, aceitou a quantia de dinheiro, mas com uma condição:

-Desde que a senhorita não tente mais causar confusões, estás livre.

-Quer dizer que eu vou dormir em meu apartamento?

-Claro, desde que você cumpra os serviços comunitá...

-E a senhorita ainda tem sorte de ter uma empregada tão fiel e dedicada para lhe trazer o dinheiro...

-Puxa CATARINA, PRA QUE EU TE QUERO! Se não fosse por você, o importante é que eu vou pra casaaaaa!- E para a surpresa de todos, Andresa deu um abraço apertado em Catarina que ficou sem dizer nada, mas feliz, por saber que pelo menos uma pontinha de afeto ela tinha...

-Não precisa me agradecer, era o que eu tinha de fazer...

-Agora vamos, tenho que tomar um banho e descansar! E... Aqueles advogados sumiram!- Quando Andresa olhou para os lados, os advogados já tinham desaparecido dali. E ela ficou imaginando se eles eram seres mágicos ou anjos. Mas que eles deram uma forcinha enorme, isso eles fizeram!

A essas horas, Rodrigo já estava deixando Mia na porta da casa, sem os disfarces e estava muito satisfeito, e ao mesmo tempo envergonhado por ter participado daquela confusão. Mas a garota se sentia mais tranquila e com a consciência plena.

-Nunca vou te entender, você ainda a ajudou!

-As vezes, não custa nada a gente ajudar, até mesmo aquelas pessoas sem-noção, e você, se divertiu, o Bustamante?

-Argh, isso foi constrangedor, eu ainda fui obrigado a dançar RBD na escola por causa de uns pontos em educação física...

-Você devia estar tão bonitinho de Diego, hehehehe...

-Mas eu ainda prefiro a minha Violetta, certo? Boa Noite!

-Boa Noite, Rodrigo!- E a garota se despediu com beijinhos e ainda deu tempo para jogar futebol de botão com a criançada e se divertir muito, até a hora de dormir, quando todos foram se arrumar, Takeshi correu para abraça-la:

-Oi, Takeshi, por que você tá chorando?

-Eu não quero que você vá embora daqui!

-Como ir embora daqui? Eu já cheguei, vou dormir!

-Você não entende nada!-E o menino saiu correndo, deixando a garota muito encucada com aquilo.

-Estranho, eu ir embora, o que deu nele?

Na pensão das Flores, Rafaela cuidava da saúde de Seu Manuel, com remédios e atenção, na tentativa de recuperá-lo, pois temia a solidão e o medo de Giovanna atormentando-a.

-E então, quais as novidades?

-Júlio está estudando as matérias do cursinho, Giovanna e Murilo arrumaram um lugar para ensaiar, Dona Marocas está fazendo novenas pelo senhor, e o Carlinhos está fazendo birra lá fora...

-Ah, minha menina, tenho tanta pena de partir e te deixar sozinha nesta pensão de malucos!

-Não diga besteiras, logo o senhor vai melhorar como sempre...

-Voce devia construir a sua vida, Rafaela!

-Minha vida? Mas esta é a minha vida, eu sou feliz aqui!

-Mas você precisa arrumar algum emprego, se firmar na vida, tentar o vestibular junto do Júlio Cristiano, conhecer uma pessoa que seja boa para você e se casar!

-Eu, me casando? Isso é até impossível pra mim... Quem gostaria de uma garota sem graça como eu...

-Abra a janela, por favor... -Rafaela abriu a janela, onde estava uma corrente de ar que refrescava aquele quarto tão antigo. Quando ela recebeu um telefonema , se irritou, era apenas telefonistas de uma operadora que oferecia promoções, mundos e fundos. Quando ela retornou, Manuel começou a sentir uma falta de ar muito grande.

-Rafaela... Me ajuda!

-Tio, o que aconteceu?!

-Eu preciso viver... Viver... A herdeira...

-Eu vou fechar as janelas e ligar pro hospital!

-Não fecha... Eu preciso de ar... Ar é vida... -Manuel inclinou a cabeça e desmaiou. Rafaela quase surtou e começou a gritar:

-ALGUEM ME AJUDA!

-Ora, quem está gritando?!- Perguntou Mia que acordou no meio da noite e deu socos no travesseiro, com muita raiva e disse:

-Eu tenho que parar com isso! Eu não quero ser paranormal, tá?