Fanfics Brasil - O testamento. O destino de Melissa.

Fanfic:  O destino de Melissa. | Tema: Ela tinha sido comprada e depois chantageada...


Capítulo: O testamento.

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.............


O ultimo botão do simples vestido preto fora fechado. Pronto, estava pronta para a leitura do testamento.   Mirando-se no espelho mais uma vez, mel percebeu o quanto parecia ainda mais jovem com aquele vestido preto sem decote e de saia rodada o que disfarçava suas curvas   cobrindo-as até os joelhos.  Os cabelos  estavam soltos, mas uma tiara preta   evitava que estes ficassem caindo-lhe nos olhos o tempo todo.  Estava sem maquilagem e jóias, e um simples sapato também preto   de salto pequeno  cobria-lhe os pés pequeninos e estreitos.   Ela estava   vestida exatamente como se vestia a alguns meses atrás, com roupas rodadas e discretas, que lhe  deixavam mais jovem e disfarçavam as curvas  voluptuosas.   Ela parecia ter novamente dezesseis anos.  Onde madelaine escolhia suas roupas  que ela só vestia depois que o avô aprovava. Armand.. só em pensar nele...


_pronta querida?_  pergunta madelaine adentrando em seu quarto e a abraçando pelos ombros._ Duarte e o juiz já estão ai.


Mel nada disse, apenas  se fita no espelho.


_você parece ter dezesseis de novo,  prefiro você com cores alegres,   mas o preto a deixa estonteante. Mas espero que a partir de amanhã volte a usar as roupas que comprou  para você novamente.  As novas roupas parecem deixá-la mais segura. chega de preto mel.. Armand não gostaria de vê-la neste estado.


Mel apenas faz que sim com a cabeça.  Realmente tem se vestido como uma viúva marroquina  desde a morte de seu avô.  Desde que completou  dezoito e Armand lhe deu carta branca para ir as compras e comprar suas próprias roupas,  e enfim começou a usar roupas mais ousadas e elegantes, tinha adquirido uma alto confiança seguida de uma alto estigma muito grande, pois só depois de abandonar as roupas folgadas e rodadas e passar a usar  modelos elegantes, colados  e sexy’s e de cores mais vivas fora que teve consciência do próprio corpo. De que já era uma mulher.


_vamos?


Então muda mel segue madelaine até a biblioteca, onde  Duarte e o advogado   estavam aguardando-a para a leitura.


_senhorita leopardi, meus pêsames!  Realmente sinto muito, tive o prazer de conhecer o seu avô, realmente um homem sem igual.


E com um sorriso educado mel agradece  os sentimentos do  homem já de idade.


_bem,  aqui está o testamento senhor Sabatini,  _disse o advogado entregando  a papelada para Duarte._ senhorita.. qualquer duvida estarei  esperando sua visita  ao meu escritório.


_como assim? Quer dizer.. o senhor já vai?


_bem..sim.


_mas.. _e mel olha para ambos os homens interrogativa. _ e a leitura do testamento?


_senhorita, eu creio que antes o senhor  Sabatini terá que lhe fazer alguns esclarecimentos._disse o juiz cautelosamente._  E  aqui está o testamento,  pode confiar em tudo o que está aqui,  o próprio Armand  me entregou antes de sua morte.    Se houver alguma duvida,  sabe onde encontro-me.. e creio que me procurara. Então até logo. _dizendo isto o advogado se retira.


_eu não entendo nada. _indagou mel para Duarte.


_sente-se mel._ ordenou Duarte.  Ele parecia aflito percebeu mel. 


_estou bem de pé, obrigado._respondeu seca.


_ tenho que insistir para que sente mel._ insistiu Duarte em voz de comando.


E sem forças para brigar, mel sede e acaba sentando-se. Seguida por Duarte que fez o mesmo. 


_quer café mel?_pergunta Duarte assim que a bandeja com café e conhaque fora servida e madelaine por fim os deixou a sós.


_não.  Na verdade queria  que começássemos logo, se não se importa. _pediu mel ._ que tais esclarecimentos são estes Duarte?


Então Duarte  serve-se de uma dose de  licor antes de  prosseguir.


-eu pedi para que o advogado de seu pai não participasse esta conversa por que.. antes você precisa saber e algumas coisas


_que coisas?


_antes de mais nada _começa Duarte cuidadosamente, como se analisasse cada palavra._ antes que comece a me acusar de oportunista ou coisa parecida, tudo não fora revelado a você antes, a pedido de seu avô, toda e qualquer duvida sobre o que direi  terá  a sua  resolução aqui, _diz ele jogando os papeis sobre o centro entre eles. _tem a parte digitada e a parte escrita a mão, com a letra do seu avô, o que comprovará minhas palavras.


Mel já não estava gostando,  nunca gostou dos segredos de seu avô e Duarte.


_o que está havendo Duarte?


_ você não vai herdar coisa alguma mel. Pelo menos não.. como espera.


Houve um breve silencio para que mel pudesse entender cada palavra pronunciada.  E Duarte  receoso assistia as suas reações  atento.


_o quê?  Como assim, ele não me deixou nada? Sou a única herdeira por  lei ou...


_sim, eu sei. E teria herdado tudo se.. se o seu avô não estivesse falido a mais de dois anos.


O impacto das palavras  fez com que mel perdesse a fala por alguns instantes.  Então piscando  algumas vezes como que incrédula retorna a falar.


_fa.. falido? Mas.. isto é impossível! Quer dizer,  meu avô é dono de um banco, vocês são sócios e...


_não mel, eu sou dono de um banco. O seu avô  trabalhava para mim. E não como sócio, mas por caridade.


_mas que blefe! Isso não pode ser verdade.  E o que explica o nosso nível de vida? Ele mantinha esta mansão, mantinha o nosso padrão de vida..


_você quer dizer o seu padrão de vida._ ironizou Duarte. E mel percebeu que não havia nenhum humor naquela voz, aquilo não era uma brincadeira de mal gosto. Infelizmente!


_meu Deus! Mas como é possível?


_depois da morte de seu pai  e de sua avó,  Armand  começou a tirar grandes quantias do banco para gastar nos cassinos com mulheres, jogos e bebidas.. e descobriu tarde demais que fez um rombo muito grande no banco, muito maior do que possuía em ações e dinheiro. E   o único jeito  de quitar toda aquela divida era vender as suas ações no banco.


_meu deus... vovô deve ter ficado arrasado, o banco era a sua vida._ mel  estava chocada.


_ talvez não, o jeito como ele gastou o seu dinheiro e ainda furtou dos cofres deu a entender que ele não importava-se a mínima com o banco. _ o sarcasmo era presente naquelas palavras.


_ furtou?  Mas vovô seria incapaz.. quer dizer.. isso só pode ser um disparate!_mel custava a creditar,  a incredulidade  era o mais fácil  de todos os sentimentos  conflituosos que sentia agora, e ela queria muito que aquilo fosse mentira para não se agarrar a ele.


_por favor, antes que comece a me acusar, trate de ler o que está em sua frente. Tem até uma carta endereçada a você.


E como  um robô mel pega os documentos e começa a Ler sem entender muito bem o que estava escrito ali.


_não pode ser! Vovô sempre foi tão centrado em tudo o que fazia.


 


_eu também pensava assim, até alguns anos, também fiquei chocado ao descobrir tudo, ainda mais porque ele também quase me faliu.


_a você?


_sim,   Eu viajava muito aquela época, já que  ele cuidava do banco de corpo presente eu   viajava   para as reuniões e para abrir filiais. E custei a  perceber  a situação em que nos encontrávamos. Então  voltei  para analisar o problema,  de início Armand negou tudo,  fingia não saber  o porque das quantias não estarem sendo compatíveis com os caixas . mas  o estado como sempre vinha trabalhar, bêbado  emendando com as noitadas nos cassinos e tudo mais. Logo descobri tudo. Então ele confessou que estava  pegando as grandes quantias...  infelizmente eu não pude fazer muito para ajudar, ele já estava devendo mais do que possuía, e temia muito por deixá-la desamparada por ter que vender a mansão, e pior ainda.. desgraçar o nome leopardi. Foi então que me ofereci para  pagar as suas dividas,  eu quase levei o banco a falências, o seu avô devia muito.. inclusive a mim, pois  o que eu paguei  cobria todas as ações dele.. inclusive metade das minhas.  Seu avô deixou trilhões  e trilhões   de prejuízo a mim. _Duarte pausa para  encher seu copo novamente._obvio que eu me ofereci para comprar   as ações dele, que já não valiam nada. Mas não podia abandoná-lo, então  as comprei pagando muito mais do que valiam, pelo menos foi o suficiente para que ele pagasse  suas dividas de jogo.


_foi.. foi muita bondade sua, ter pago as dividas dele, mesmo sabendo que... que ele também lhe roubou. _balbuciou mel.


_ou eu pagava, ou ele morria, devia a vários cassinos, quantias enormes, ganguisters já estavam o perseguindo para matá-lo, e se o nome leopardi fosse para as manchetes  por envolvimento com cassinos ilegais  o Sabatini iria junto por um nome ligar o outro. E... eu não podia correr o risco de deixar você sozinha no mundo.


A revelação sobre ele ter se preocupado com ela encheu o coração de mel de esperança.


_obrigado por pensar em mim. _disse tímida._ a sua amizade por vovô sempre foi algo que eu invejei para falar a verdade.. ele sempre o amou.


E eu também._queria dizer.


_mas não entendo.. se vovô  faliu, e ainda devia tanto a você, como conseguiu manter a casa e..._de repente mel  se pausa._meu Deus.. foi você quem nos bancou esse tempo todo?


O silencio de Duarte falou mais que mil palavras.


_oh meu Deus! Mas por que fez isso? Não entendo..  pagar as dividas de vovô,  perdoar  a sua divida por não querer que o nome Sabatini fosse  afetado  juntamente com o leopardi pela mídia, eu até entendo. Mas  ainda o bancar,  por que fez isso tudo? E não me diga que foi por que sempre quis o banco só para você, porque não acreditarei, pois se fosse assim  teria comunicado a todos que era o único dono, e você não o fez, fez todos pensar que tanto os Sabatini quanto os leopardi eram donos.


Mas a resposta não veio de imediato.  Duarte levantou-se e foi até uma janela..  mas mel o seguiu.


-Duarte? Por que tanta bondade com o homem que lhe roubou?


Então, por fim, Duarte  se vira  para encará-la novamente.


_eu já disse, se tivesse  deixado seu avô na mão,  se não tivesse dado assistência,  logo todos saberiam da falência, e o porque dela. E logo Armand voltaria a bebedeira, ele não suportaria falhar com você, deixar você saber de todo o fracasso. Ele não queria vê-la triste,  economizando, não queria tira-la desta casa,  deixar de dar-te conforto, preocupá-la com seus problemas. Foi então que...


_foi então que..?_mel o encorajou ao perceber que ele  se deu conta que iria falar sobre algo que na verdade desejava esconder. _diga Duarte, foi então que o quê?


_que ele me relembrou  um velho sonho  existente entre nossas famílias.


_que sonho?


_ o  BLS, sempre pertenceu a duas famílias,e juntar essas famílias sempre foi um desejo de ambas as partes. Enfim tornar o banco um só, fazer a junção de ambos os nomes para independente  de quem ter herdeiros ou não, o banco sempre carregar  ambos os nomes e ninguém se preocupar mais com a linhagem.  Pois, você sabe a aversão sobre mulheres tomar conta dos negócios da família certo?  _ mel percebeu que ele também compartilhava de tal opinião, mas nada disse. Discutir sofre direitos feministas não estava  na sua lista de assuntos urgentes. _  pois se um dia  se uma das famílias   não tivesse mais herdeiros homens,  a outra  teria um e os nomes  sempre estariam ligados eternamente até  outros  homens vim  e retomar os negócios.


_não estou conseguindo entender.. e o que isso tem haver com o fato de você nos sustentar?


_tem haver que, para fazer a junção de ambos os nomes,  era preciso nascer uma garota da parte de uma das família, para que ela pudesse casar-se com um  membro da outra família e enfim, a fusão ser feita.


_e eu sou essa garota. _concluiu mel mais para si mesma.


_exato. 


_mas o banco não pertencia mais aos leopardi. Você poderia simplesmente ter mandado  tirar o nosso nome, ter ficado com o banco só para você, pois.. você não me parece até agora ter lucrado com nada nessa história, não tinha mais obrigação de  juntar nenhuma família, pois agora o banco era só dos Sabatini.


_seu avô se destruiria se  o seu nome fosse  apagado da história desse país.  _disse Duarte mais para si._ e quem foi que disse a você que eu não lucrei com nada?


Mel engole em seco. O olhar pervertido que Duarte lançou ao seu corpo lhe dizia exatamente  com o que ele lucrou.


_como assim?.. quer dizer.. você não pode me obrigar a me casar com você.


_não? Eu duvidaria disso se fosse você. _e depois de sustentar um olhar ameaçador, Duarte dá de ombros para alívio de mel e volta a assumir uma expressão  mais despreocupada._ Você prestou atenção quando eu disse que seu avô mesmo passando todos os seus pertences como jóias, a casa os carros importados e as ações ainda ficou a me dever?


_sim, mas..


_não existe “mas” mel.  Digamos que para  me persuadir a não apagar o nome leopardi  do banco, ele me ofereceu o que eu  mais queria na vida como pedido de desculpas e pagamento de duvida. _ disse Duarte aproximando-se de mel como uma pantera a estudar sua presa, e esta sentia-se estupefata não conseguia mover-se do lugar, mesmo  querendo , pois, tudo nele a fazia querer recuar, a ameaça contida nas entrelinhas, o cinismo do olhar a sinceridade das palavras... 


parecia que sua vida de repente tinha se tornado um filme de terror. E no rosto bonito e rude  de Duarte ela não via compaixão, apenas o magnetismo de sempre com uma pitada de  perversidade que a apavorava.


_e... e o que.. o que ele lhe ofereceu?_mel já sentia as lágrimas  invadir-lhe os olhos. Já sabia da resposta. Agora   a conversa que ouvira a dois anos atrás entre Duarte e seu avô fazia todo o sentido.


_você. Ele me ofereceu você como pagamento de divida.  


Chocada, mel recua um passo.  Então fora essa a discussão que ela ouvira  dois anos atrás, e que interpretou de forma errada.  Seu avô não queria resguardá-la para  que nunca se apaixonasse por um homem, e sim para que se guardasse para Duarte, pois a deu para ele como forma de pagamento por suas dividas.


Flas back.


_ora, não seja estúpido Duarte, mel não conseguiria administrar coisa alguma. E nem eu quero, sabe muito bem sobre o meu conceito sobre mulheres nas empresas, para mim mulheres são como negócios, foram feitas para serem administradas por homens de pulso firme para serem sempre mimadas e protegidas.


_mais o  que você sugere é uma idiotice Armand._vociferou Duarte.


_não se faça de ingênuo comigo Duarte,  vejo o jeito como  se importa com ela, estou apenas facilitando as coisas para você.


_sim, não nego que isso é exatamente o que desejo, mas jamais pensei em tÊ-la desta forma, futuramente  melissa pode não compreender  esse acordo.


_sei disso, mas  um dia ela entenderá que esta fora a única forma de salvar as coisas,  que tudo isso fora feito pelo seu próprio bem, ninguém nesse mundo deseja mais o  bem daquela criança que eu,  e essa é a única forma  de garantir que ela jamais sofra que jamais ponha tudo a perder, pois não confio em mais ninguém além de você.


_nisso o senhor tem a minha palavra, mel jamais  passará qualquer tipo de  dificuldade, será sempre  poupada  dos aborrecimentos e seu nível de vida jamais cairá. _prometeu Duarte.


_Deus sabe que ninguém mais do que eu lamenta pela morte de meu filho, se ao menos ele tivesse me deixado um neto homem, mas me deixou uma mulher... uma mulher rebelde e geniosa, não sei a quem essa menina puxou tão teimosa.


_não sabe mesmo?_a voz cínica de Duarte preencheu o silencio. _ela é tão teimosa quando o avô._completou Duarte de uma forma gentil.


_ espero que ela um dia compreenda que está é a nossa única saída._ de repente a voz  de Armand saiu cheia de sofreguidão._ não tenho outra alternativa, ela vai me odiar, mas essa é a única forma de manter o nosso futuro...  a beleza e juventude dela em troca de sua bondade e generosidade._houve uma enorme pausa até Armand continuar._ a  danada fica cada dia mais bonita,  mal completou dezesseis e já anda recebendo bilhetinhos de admiradores e buquês de flores.  Sorte minha que madelaine não deixa que os bilhetes nem as flores cheguem a ela. Já a tirei da escola  e contratei professores particulares para lhe tirar da visão dos homens e da mídia... mas não poderei aprisioná-la para sempre, ainda mais se ela assumir mesmo a minha linhagem, um bando de admiradores e aproveitadores  vão Dar a alma para conquistá-la.. e se ela se apaixonar tudo vai por água abaixo!.. se ela se apaixonar provavelmente irá se casar.. e o nome leopardi se perderá para sempre, pois ela assumirá o nome do marido que provavelmente vai piorar ainda mais a situação em que me encontro.  E eu..._de repente mel incrédula ainda pelas palavras, ouvira a voz do avô pesar._ eu não posso deixá-la se casar, não posso deixar que o meu nome.. que o meu império  suma!


_eu também não. _disse Duarte para espanto de mel._ cuide em mantela ocupada com as coisas de casa, e deixe os admiradores comigo, eu tratarei de afastá-los.  jamais permitirei que algum homem a tenha.


_excerto você. _ mel teve a impressão  que a voz do avô ficou perversa.


_sim, excerto eu. _respondeu Duarte, e mel começou a sentir náuseas.


_posso mesmo contar com você Duarte?_perguntou o avô como que aliviado._ prefiro vê-la morta a se casar com outro homem.


_compartilhamos do mesmo pensamento. E  quando chegar a hora certa.. eu mesmo me encarregarei  de fazê-la perceber que jamais poderá deixar  essa casa, essa vida e cuidarei para que o nome leopardi, assim como o Sabatini viva para sempre!


_sim, depois que eu me for, deixarei você encarregado da minha princesa. Você é o filho.. o neto que eu não tive Duarte.


_não se preocupe, assim que  mel completar maioridade eu mesmo me encarregarei  de lhe contar quais são nossos planos. Eu a pedirei em...


.............fim de flasc Bach


O fim daquela   frase era ... casamento. A palavra que ela n’ao ouviu, que n’ao ficou para ouvir era casamento!


_meu Deus._ e mel cai novamente em uma cadeira, sentia-se tonta.


_mel..


Mas mel não deixou que ele a tocasse.


_não me toque! Como pode aceitar tal coisa?... o que vocês pensam que sou? Uma mercadoria ? uma.. que horror!_mel tinha dificuldades para formular  qualquer frase tamanho era a sua indignidade.


_sei como deve estar se sentindo, mas..


_não. Você não sabe!


_Armand só queria seu bem.


_me usando como pagamento de divida? Me dando como se eu fosse uma mercadoria, uma boneca ?


_você não entende? Foi a única forma que ele viu de salva-la. O seu avô não suportava a idéia  de tirar você desse conforto, ele achava que devia isto a seu pai, ele não queria fracassar com você, e passando-a  para mim  foi o único meio  dele garantir o seu futuro. Pois ele sabia que mesmo depois de sua morte, você estaria garantida comigo.  Que eu jamais iria deixar-te sozinha nem desamparada.


_mas eu ainda tendo a herança da minha mãe.


_que você não receberia   antes de completar seus dezoito anos, e naquela época você só tinha dezesseis,  e o que  os sustentaria esses dois anos?


_não sei, eu.. se ele tivesse me contado, teríamos dado um jeito, eu tinha trabalhado, sei lá.


_e quem empregaria  uma adolescente  sem experiência alguma? E você acha mesmo que o seu avô a criou no luxo como uma boneca de porcelana para vê-la trabalhar de garçonete?  E  como ficaria a mídia depois de saber que uma leopardi estava trabalhando  em um  boteco qualquer?sim, porque  se eles vissem ou ouvissem qualquer  hipótese se quer sobre uma suposta falência, iria  investigar a até achar  a raiz do problema._Duarte parecia irritado, como se tais hipóteses também o desagradassem, como se o fato dela querer trabalhar o irritasse._  Esse foi o maior medo de seu avô, foi por isso que ele nunca permitiu que você soubesse,  para que não fizesse nenhuma besteira tentando ajudá-lo.   Ele jamais ousou permitir que esse assunto fosse se quer pronunciado dentro desta casa, por que não queria que você se preocupasse com nada.


_eu só acho que teríamos dado um jeito, pelo menos até eu receber a herança.


_até lá as suas vidas já estariam  desgraçadas.  Eu  não poderia fazer muito para ajudar, lógico que não deixaria lhes faltar nada, mas eu não poderia protegê-los por muito tempo da mídia.


_a questão e que esse bendito nome era muito mais importante para vovô que qualquer coisa,  sempre foi e sempre será.  Se ele não se importasse tanto  com esse sobrenome, e não tivesse me poupado tanto,  teríamos segurado a onda  até que eu pudesse receber a herança de mamãe.


_a herança já era outra preocupação para seu avô.


_como assim?


_ mel.. você não tem experiência com esta vida, só arrumaria  interesseiros com toda essa fortuna sem saber administrá-la.  E.. e há outra questão sobre esta fortuna.


_que questão?


Aquele poço de revelações sinistras nunca acabaria?


_o seu avô sempre  administrou este dinheiro..


_não me diga que ele  gastou este dinheiro também?_perguntou mel preste a desabar de vez se  Duarte confirmasse.


_não. Eu não deixaria  se ele pudesse  gasta-lo, mas ele não pode, pois este dinheiro fora destinado somente  a você, para que recebesse quando tivesse maioridade._mel respira aliviada, menos mal. _ ele apenas poderia  fazer alterações  em como você faria para recebê-lo, já que seu avô era o seu tutor, e você, menor de idade.  Além que este dinheiro na época, seria o suficiente para que ele  quitasse as suas dividas, mas ele nem  ousou  tentar mexer neste dinheiro, esse dinheiro não o pertencia.


_nem o seu, mesmo assim ele mexeu.


_sinal que o Armand gostava muito mais de você que de mim,  contrariando tudo o que você  sempre acreditou pensar. –ironizou mais uma vez Duarte. _  mas...  antes de morrer,  seu avô  impôs  uma condição para que recebesse a sua herança.


_impôs? Mas o dinheiro é meu.


_sim, é seu.  Mas você até agora não o recebeu , recebeu?  Não acha estranho que mesmo depois de semanas  de ter completado seus dezoito, advogado algum  a tenha procurado para que recebesse tal herança?


Analisando direito.. sim era verdade, sempre soube que receberia a herança assim que completasse maioridade, mas isto já aconteceu há semanas , e até agora nenhuma carta judicial tinha chegado até ela.


_e... se o meu avô não mexeu neste dinheiro, porque eu ainda não o recebi?


_porque  você só poderá receber essa herança  depois que se casar mel.


_o quê?


_isto mesmo.  E tem que ser com dezoito anos. Pois de não se casar até  seu próximo aniversário, todo o seu dinheiro será doado a uma instituição de caridade.


Mel  julgará não estar ouvindo direito.  Seu avô a tinha colocado em uma enrascada entanto! Estava em um beco sem saída. Como Armand poderia pensar que estava fazendo o seu bem  a dando como pagamento e ainda a obrigando a casar-se com Duarte?


_não posso fazer isso!_ ela indagou irritada. _ como Armand pode fazer isso comigo?


_essa foi a única forma  que ele  pensou em garantir o meu pagamento na divida.


_ isso é um absurdo!


_mel, ele só queria..


_ta, ok, já sei. Ele só queria o meu bem!_ mel o interrompe  indignada._ mas e o que eu queria? Acha mesmo que eu quero um casamento de conveniência  ou que eu queira ver as jóias da minha mãe serem leiloadas, sendo que  isso é a única coisa que me resta dela?_indaga mel deixando as lágrimas rolarem por sua face livremente, mas  o seu estado pareceu não alterar o de Duarte. .


_case-se comigo e não precisará ver as jóias de sua mãe serem leiloadas.


Então mel o encara com ira.


_e eu tenho escolha?


_tem. _Duarte deu de ombros. _ver as jóias  da sua mãe serem leiloadas e o nome leopardi afundar de vez  ou..


_servir de Barbie para você, _completou mel sarcástica, completamente infeliz.


Duarte nada disse.  Continuou encostado a uma mesa,  submerso, com os braços cruzados sobre o peito. 


Precisando respirar,  digerir tudo aquilo,  sair do campo de visão daquele homem  dominador. Mel levanta-se.


_só mais uma pergunta.   Essa casa... tudo é seu?_que pergunta mais idiota! Ele já vinha lhe dizendo isso a anos, deixando escapar  entre uma discussão ou outra , só ela não conseguia enxergar.  Agora  via o quanto estava sendo ridícula quando  indagava cheia de orgulho que a mansão a pertencia, enquanto nem as roupas e jóias que usava  eram suas. Nem ela mesma  se pertencia._ Se por acaso eu recusar-me a me casar.. ficarei na miséria?


_sim._respondeu Duarte friamente._  Mas lógico que eu não a deixarei passar fome. _ e Duarte curvou a boca em um sorriso cínico._ se recusar-se, eu deixo você continuar morando aqui comigo, mas  terá que pagar por sua estadia... e você sabe como. _mas uma vez aquele olhar negro percorre o seu corpo.


_nunca! Eu prefiro morrer que   continuar a ser sustentada por você.


Parece que as palavras dela o atingira, enfim, pois,  mel viu seus olhos ficarem mais sombrios e ele empalidecer.  Mas do que adiantava  atingi-lo se ele estava com a faca e o queijo na mão? E  ela? Ela estava no zero a zero, completamente a mercê de Duarte. Agora tudo estava explicado, a liberdade e autoridade que ele sempre teve dentro daquela casa, e sobre o seu avô,  o jeito como ele sempre se comportou como se ela o pertencesse..  Deus, ele até já havia dito várias vezes que a casa o pertencia, como ela não se tocou antes? Como pode viver sob ignorância por tanto tempo?


 _ quanto é essa dívida afinal? Por quanto eu vali para você?_ mel estava pesando na amargura, mas Duarte parecia implacável e cruel em sua expressão.


 


_isso não vem ao caso.  Você não precisa ficar remoendo isto, apenas aceite o fato que você deve se casar comigo e ponto. _relutou ele com evidente desconforto. Quem via até pensava que ele estava querendo evitar que ela sofresse mais. Mas mel não acreditava naquele teatro todo.


_quanto Duarte? Por favor eu preciso saber. _se humilhou. Mas não se importou, queria saber.


_cinqüenta e sete bilhões de dólares. _disse sem o menor problema.


Mel sentiu suas pernas fraquejarem e gemeu baixinho como se estivesse levado um soco no estômago.


_e.. quanto eu receberei em herança  Duarte?


_alguns euros amais que isto!


Então erguendo a cabeça para parecer mais digna, mel dirigi-se a porta, porém, antes de fechá-la pergunta.


_ e você acha que eu valo tanto dinheiro?


_cada centavo._e os olhos de Duarte lhe percorre o corpo, e pela primeira vez mel sentiu nojo invés de prazer com o olhar._ nunca tive tanto prazer em pagar por algo.   E teria pago muito mais se preciso, teria dado toda a minha fortuna só para tê-la em minha cama.


Incapaz de ouvir mais alguma coisa, mel fecha a porta, e sai correndo para o seu quarto. 



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Autor(a): luanna

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............................................... Cap: Já em seu refúgio, mel desaba em lagrimas e soluços. Agora estava tudo devidamente explicado. Esse era o seu destino,  tudo o que seu avô planejou para ela estava  preste a se concretizar.  Vê-la casada com um Sabatini, assim evitando que  ela venha  a falir assim ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 173



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  • marilene8 Postado em 02/04/2022 - 06:11:00

    Tá aí uma história que me prendeu desde o começo, passei um dia inteiro é uma noite virada lendo a história e já peço a continuação por favor, ela é linda demais e o final deve ser melhor ainda, os personagens tão cheios de vida, de fogo, tantas intrigas, dava uma verdadeira novela mexicana de sucesso!

  • andrea_campos_ Postado em 27/11/2021 - 20:51:47

    Por favor, onde encontro a continuação deste.

  • soniagurgel Postado em 11/12/2020 - 18:21:36

    Puxa!!! Onde está o restante da história? Achei ótima. Adoraria conhecer o final.

  • Maysa Postado em 23/09/2016 - 16:58:55

    necessito da continuação, não desista por favor

  • Julie_ Postado em 10/06/2015 - 21:43:55

    Por favor, Você precisa continuar essa Historia, eu me apaixonei por ela... Cnt por favor

  • Quesia Levyrroni Postado em 01/05/2015 - 11:28:28

    pô luana aparece por favor ja no fim não desista tá porfavor continua

  • nina_petrova Postado em 16/12/2014 - 10:11:10

    Nossa faz muuuito tempo que você não posta, estou suuper triste :(, há séculos que acompanho sua fic, mas só criei coragem pra fazer um cadastro e poder comentar agora rsrs poste logo, estou ansiosa, todos os dias venho olhar se você postou e nada. Não abandone hein? Ainda quero saber o final desta história!!!

  • julia_dumeoli_ Postado em 14/12/2014 - 14:08:57

    Leitora nova ' Continua pelo amor de DEUS . Sua fanfic é um máximo, além de ser bem escrita tem uma historia viciante <3

  • july_vondy Postado em 08/11/2014 - 17:22:56

    CCoonnttiinnuuaahh llooggoohhh ppoorr ffaavoorr....

  • rbd_maniaca Postado em 06/11/2014 - 12:28:15

    Leitora Nova *-* eu estou ansiosa então continua por favor


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