Fanfic:  O destino de Melissa. | Tema: Ela tinha sido comprada e depois chantageada...

Provocante. Com certeza não existia  vestido mais provocante  que o que escolherá aquela noite.  Era um modelo curto e justo que colava as suas curvas perfeitas como uma segunda pele, o vestido era prata e todo brilhoso o seu  decote  que chegava  quase até o umbigo, pois  uma espécie de cadaços  também em cor prata  vinha fazendo um zig-zag   do umbigo até os seios, onde  o lacinho dava fim ao decote.  O vestido também não exigia sutiã, o que o deixava ainda mais sexy, revelando um pouco dos seios firmes e redondos.   Uma boa parte de suas pernas também ficavam a mostra, pois o vestido terminava o seu cumprimento   bem acima do joelho, e mel optou por uma calcinha de renda bem minúscula para não marcar. Os cabelos deixou  soltos deixando a cascata cair pelos ombros e costas, e na maquiagem optou por esfumar os olhos em em azul marinho e por uma corzinha neutra com um glos rozinha nos lábios.   As sandálias de salto também eram prata, e as jóias optou por  discretos  diamantes.

Logo estava pronta, nunca se imaginou vestida daquela forma, estava muito provocante.   A roupa mais revelava que escondia,  e a maquiagem a deixou com um ar mais  sensual, assim sendo, mais velha, passaria por vinte a vinte e dois anos facilmente.

_não mel. Você já está abusando demais. _ madelaine  retrucou.

_madelaine,   irei me divertir sim.  Queira você, ou não.

_mas minha filha... se Duarte vir vê-la hoje? O que direi?

_diga que sai com Amélia para me divertir. Aliás, Amélia já está a minha espera. _e sem dar mais satisfações de coisa alguma, mel se dirige para o carro de Amélia que já a esperava impaciente.

_uauuu arrasou ein gata!

MEL  adentra o automóvel  e ficou aliviada quando percebeu que Amélia também tinha ousado bastante no figurino. Vestindo um oncinha bem colado e curto.

_desculpe o atraso,  madelaine ficou tentando me barrar.

_pensei que isso tinha acabado com a morte do seu avô.

O comentário insensível de Amélia fez com que mel se sentisse culpada,  mal enterrara o avô  e já estava saindo para se divertir.

_oh, me desculpe mel, eu fui completamente insensível em meu comentário.

_oh não.  Tudo bem. Mas por favor vamos logo antes que eu desista.

_opa,é pra já.

Amélia parecia bem animada,  o que contagiava um pouco mel, que estava muito aflita.  Sabia que o que estava fazendo era loucura, mas tinha que arriscar, mostrar a Duarte que  se ele não a respeitava, ela também não o faria.

_parece que vai chover. _observou mel, ventava muito aquela noite, e o céu estava completamente nublado.

_ oh não, isso  quer dizer que o verão já está acabando.  Odeio inverno!.

 A tagarelice de Amélia  durou mais uns vinte minutos, o suficiente para ambas chegarem em uma casa noturna. Logo que entraram, ambas começaram a ser o centro das atenções, e ao contrário da tímida mel, Amélia  parecia conhecer a todos, principalmente os carinhas que vinham lhe cumprimentar  com abraços calorosos.

_e quem é a sua amiga?_ perguntou um amigo de Amélia que ela chamava de Nick.  Mel o analisou discretamente ,  loiro e atraente, mas era um pouco mais baixo eu Duarte e não possuía toda aquela sensualidade em forma de arrogância.oh não, lá estava ela fazendo comparações  do rapaz com Duarte, por que não conseguia tira-lo nem um segundo da mente? _essa é mel, uma amiga minha. 

_ola._mel limitou-se a dizer, não estava gostando do jeito como o  homem parecia devorá-la com o olhar. Mas como culpar o coitado se ela mesmo se vestirá pedindo aquilo?  Porém, mel já sentia-se arrependida  em ter vestido aquela roupa, em estar naquele lugar.  Se fosse a dois meses atrás,  estaria amando, sempre  queria freqüentar lugares  agitados como boates cheias de gente bonita e interessante, mas agora,  aquilo não a atraia mais, pelo contrário, até chegava a lhe causava repulsa ao ver aquele bando de jovens  flertar  e se embebedar  até cair.  Estava se sentindo um peixe fora d’água.

_bem, eu vou cumprimentar alguns amigos que vi ali,  por enquanto faça companhia a minha amiga Nick, ela não conhece ninguém aqui._e dando uma piscadela para mel Amélia se afasta, logo sumindo entre os dançantes.

_mel ? que nome... literalmente doce. _brincou o rapaz  arrancando um sorriso de mel._ é apelido?

_é, o meu nome mesmo é mellissa .

_um belo nome, assim como a dona dele.

O garoto de aparentemente vinte e cinco anos, parecia legal, tinha um sorriso estonteante .

_que tal uma dança mel? Ou você prefere  sentar e beber alguma coisa?

_eu aceito uma dança, por favor._não queria começar a beber logo.

E logo ambos estavam dançando ao som de um jaz o que  deixou mel um pouco encabulada por Nick fazer questão de mantê-la bem próxima a ele.

_você é muito linda. Mas acho que já está cansada de ouvir isso.

_obrigado.

_é amiga de Amélia a muito tempo?

_um pouco.

_ eu nunca a vi com ela.

_é.. que eu, sou mais caseira.

_que pena, eu adoraria esbarrar com você mais vezes.

Mel abaixa o olhar corada.

_acho que nunca fui tão invejado na vida._comentou Nick já ao seu ouvido.

_invejado Por quê?

_acho que porque eu estou com a garota mais linda da boate.

Depois da dança, Nick não mais a largou, fora convidada para dançar por outros rapazes, mas  Nick   já tinha sobre ela um poder de posse que afastava os outros homens, mas mel não conseguia sentir-se bem ao lado dele,  ainda mais porque depois de algumas conversas vazias, Nick começou  a beber uma dose atrás da outra.

_ah lembrei. Você é a tal garota... aquela lá que vai casar com um bancário.

_Nick.. já é tarde,e eu.. eu  preciso ir. _disse mel levantando-se, o bafo de bebida dele já estava a incomodando, sem falar que ele parecia não conseguir desgrudar uma mão sobre a cintura dela, e essa mão parecia descer  a cada segundo.  E mesmo mel tentando se afastar, Nick parecia não se tocar em sua recusa.  Amélia nem se quer a dava atenção, e as poucas vezes que olhava ela não percebia a aflição de mel, apenas a dava algumas piscadelas, como se estivesse pensando que ela e Nick estavam se dando bem.

_mas já gatinha? Não vai não. Qualé..

_Amélia?_ mel se adiantou em chamar a amiga.que sorridente veio ao seu encontro.

_iai pombinhos?

_Amélia, eu já vou indo.

_mas já? Agora que chegamos!

Mel percebeu que Amélia também já estava bêbada.

_na verdade já faz cinco horas que estamos aqui.

_idaí? Nick você desrespeitou a donzela?

Mel não gostou do comentário da amiga, mas nada adiantaria  discutir com ela, se Amélia bebesse mais alguns goles,  mel duvidaria que ela se agüentasse em pé.

_claro que não. Eu estou curtindo muito a sua amiga aqui cheio de  boas intenções. _falou o garoto,  sem convencer nem a ele mesmo!

_então qual é o problema mel?

_já está muito tarde. Já passa das duas.

_nossa como o tempo passa rápido. Mas a noite é uma criança mel.. vamos beba um pouco.

_exatamente gata, a noite é uma criança._concorda Nick.

_eu.. eu ainda prefiro ir.. e acho que você deveria me acompanhar Amélia, já bebeu o suficiente.

_nem vem dá uma de  doutor Armand para cima de mim mel. _ caçua a amiga, e o comentário fora a gota d’agua para mel.

_ok, então fique ai, eu estou indo. _ porém antes que mel começasse  a se dirigir para a saída, Nick a  agarra pelo braço.

_faremos assim,  Amélia não quer ir agora certo? Então deixe-me levá-la em casa, já está tarde e você vai  penar até  encontrar um taxi.

_isso aê Nick. _concordou Amélia as gargalhadas._ que cavalheiro eim mel._e Amélia a  abraça e sussurra em seu ouvido._aproveite.. Duarte ficará  louco quando souber que chegou em casa  com um homem.

_Amélia.. eu não gostei dele._sussurra mel de volta.

_bobagem.. ele é legal.. e gostoso!_ Amélia cai em gargalhada, bêbada demais para perceber a aflição na voz de mel.

_opa, o que as gatas sussurram ai ?_pergunta Nick, perto demais, quase beijando mel.

_ que mel  aceita com prazer a sua carona. _ se adiantou Amélia, para em seguida  sumir  outra vez entre os  dançantes.

Vendo que não seria fácil escapar, mel se deixa  conduzir por  Nick até o estacionamento.

-Nick, não me leve a mal,mas eu preferia mesmo ir de taxi.  Agradeço muito a sua   gentileza em querer me dá essa carona,mas..

_que é gatinha.._ e Nick a empresa com o seu corpo contra o carro, e mel vira o rosto para não ser beijada e tanta empurrá-lo com as mãos, mas ele era pesado demais e o corpo meio mole por causa da bebida parecia  o deixar ainda mais  pesado._ o que você pensa que ta fazendo? Me encorajou a noite toda e agora quer posar de virgenzinha pra mim é? Não pense que vai me deixar no zero a zero !_ e começa tentar subir o vestido de mel.

_não.._mel emite um gritinho._ eu não o encorajei Nick, me solte... me solta. _mel  tentava de todas as formas, mas ele continuava a lhe imprensar contra o carro e conseguiu subir o seu vestido.

_gostosinha... se você fosse menos selvagem eu te levaria pro motel,mas você vai me aliviar aqui mesmo.

 E para desespero de mel Nick começa a tentar abrir suas pernas.  Deus do céu, ela ia ser estuprada!  O estacionamento estava deserto,   e mesmo se gritasse, com aquela música quem viria a seu socorro? Mesmo assim em seu desespero mel começou a gritar, enquanto lutava conta  Nick.

       Foi então,  que meio segundo depois, quando mel já estava fraca  o suficiente  para se ver sendo violentada,  de repente Nick  é jogado  longe dela, e mesmo com os olhos nublados por conta das lágrimas, mel pode ver Duarte em cima do homem completamente fora de si.

_que isso cara, eu não ia  forçá-la a nada, ela é a minha namorada... pode perguntar a ela.. ela estava gostando._tentou argumentar  Nick, mas logo Duarte  iniciou uma seqüência de socos e só parou depois de muito ter desmaiado o rapaz.

       Mel estupefata continuou ali parada, as mãos envoltas do corpo lhe segurando o vestido  que Nick já tinha rasgado.

_chega chefe!_ e Paul aparece  para tirar Duarte de cima de Nick.

_miserável!_ gritou  Duarte cheio de ira.  E mel tinha certeza que se Paul não o tivesse contido, ele teria socado o rapaz até vê-lo morto.

_deixe por minha conta agora chefe. _assegurou Paul, ainda mantendo uma mão aberta sobre o peito de Duarte para conte-lo, Duarte parecia possuído, os punhos fechados, mandíbula travada e os olhos  cheios de ódio  pousados  em Nick que encontrava-se ensangüentado e desmaiado.

_se encarregue  dele._ordenou Duarte a Paul, e só enfim Duarte a encara.  De imediato  a expressão dele  mudou ao avaliá-la,  talvez compaixão.. mas logo depois a raiva pareceu se apoderar dele novamente, e  sem dizer uma só  palavra Duarte agarra o seu braço e começa a arrastá-la para o seu carro.

_Duarte.._ia começar mel, mas Duarte a interrompe rosnando:

_cale a boca!_rosnou ele empurrando-a para dentro do carro e colocando  o seu cinto.  Assim que terminou de colocar o sinto nela, a passos largos  logo estava  dentro do carro também. E como se precisasse descontar sua raiva, como se socar Nick até vê-lo desmaiado não fora o suficiente,  saiu cantando pneu.

Mel estava com muito medo,  o que Duarte faria com ela agora? Ele parecia tomado por um demônio,   e sua expressão não revelava boas intenções. Deus como ela se arrependia de ter ido na onda de  Amélia.