Fanfic:  O destino de Melissa. | Tema: Ela tinha sido comprada e depois chantageada...

.....................................................................................

as paredes eram brancas, a luz muito forte ofuscava sua visao. o silencio era perturbador. mesmo sem saber onde se encontrava, mel continuou a caminhar pelo enorme corredor que parecia nao ter fim. de repente ouviu um grito... outro grito. assustada caminhou em direcao onde ouvia-se agora vozes... reconheceu uma. duarte! um sorriso brotou nos seus labios palidos, era duarte... reconheceria aquela voz onde quer que fosse. de repente parou frente a porta espelhada, e como se tivesse levado um choque olhou sua propria imagem refletida naquela porta que parecia ser a unica coisa que a separava de se encontrar com ele. alisou a camisola de hospital que usava e que por sinal estava toda suja e sangue e percebeu que nao usava nada mais. encontrava-se palida e descabelada, os labios rosados estavam sem cor, os olhos estavam inchados como se houvesse chorado muito. e o sangue... de onde vinha aquele sangue todo? por que estava em um hospital? entao tocou a macaneta, duarte poderia lhe explicar...entao abriu com ansia a porta... mas antes nao tivesse feito.o que voi a chocou, la estava duarte, de joelhos no chao, ele parecia exausto e abracava o proprio tronco, estava de cabeca baixa e solucava denunciando assim que estivera chorando, fora entao que parecendo perceber a presenca dela levemente comecou a levantar a cabeca , e quando a encarou seus olhos inchados pelo choro estavam repletos de odio, sofrimento e de acusacoes... e como se quisesse mostrar-lhe a causa de tanto sofrimento , descrusou vagarosamente os bracos que tinha em torno de seu proprio tronco, mel sentia-se incapaz de desviar seus olhos interrogativos dos dele, mas o fez, entao percebia que ele nao abracava o proprio corpo, mas sim um manto... e a cada movimento que ele fazia para se mostrar mais ereto, o manto ou o que tinha enrolado nele se revelava, fora entao que mel conseguiu visualizar o pequenino corpo que estava enrolado no pedaco de pano.

_nao.. nao..._sussurrou mel em choque, involuntariamente pos a mao em seu ventre enquanto recuava a passos lentos. a sensacao era exatamente como se o chao lhe tivesse sumido. agora ela entendia o porque de estar toda ensanguentada... agora entendia o que tinha acontecido. a dor era lacinante, excruciante.

duarte emitiu mais um grito, um grito de dor que doeu nela cortando-lhe o coracao e as entranhas. entao os gritos que ouvia eram dele. e a acusacao que ele fazia em seu olhar era para ela.

_mel? mel...

alguem a chamava, talvez madelaine, a voz vinha chamando-a por suas costas, mas mel era incapaz de desviar seus olhos da imagem de seu marido com o corpo do filho deles em seus bracos.

_oh, meu Deus, acorde....

mel acordou no mesmo instante em que desmaiou no pesadelo. tinha madelaine debrucada sobre ela.

_mel.. mel querida, o que houve?

_madelaiene._sussurrou ofegante muito assustada.

_oh querida, o que houve? voce... voce esta tremendo, esta gelada. esta passando mal?

_nao..._ suspira mel._quer dizer... foi... foi um pesadelo. um pesadelo horrivel. _mel ainda encontrava-se desnorteada. a dor que sentiu naquele sonho, superou toda a dor que ja sentiu em toda a sua vida, nunca se sentiu tao miseravel e infeliz era uma dor que aflingia, que atormentava, que a torturava, e que persistia mesmo agora, depois de acordada.

_oh, minha menina!_entao madelaiene a abraca como se ela fosse uma menininha. e era como mel se sentia. _esta tudo bem... esta tudo bem._madelaiene tentava conforta-la em seu abraco protetor.

_eu sei.. _diz mel desvencilhando-se do abraco. _ estou bem. e so que... _e da de ombros por falta de palavras.

_ o que sonhou? deve ter sido algo horrivel. eu nunca a vi assim... voce gritava..."nao.. nao..." eu a estava sacudindo ah alguns segundos e nada de voce acordar.

_foi um pesadelo... foi... _ mel respira fundo. era capaz de pensar no que sonhou, alias, a imagem de duarte com o filho deles morto em seus bracos nao lhe saia da mente, mas falar, nao, mel nao era capaz, julgava nao existir palavra que servisse para descrever toda a dor e sofrimento que sentiu. _ nao quero falar sobre isso madelaneie.. por favor...

_oh claro, claro.._disse a mulher sem se sentir ofendida._ e melhor mesmo, seja la o que voce sonhou, nao e bom relembrar e sim esquecer.

_e, voce tem razao. _entao pra afastar os pensamentos, mel olha ao redor, encontrava-se em seu quarto, mas nao se recordava de como foi parar ali, foi entao que a noite anterior lhe veio a mente. logo um rubor invadiu-lhe as faces. fez amor com duarte novamente. _duarte...

_ hoje e segunda feira, foi trabalhar,saiu bem cedinho, disse para deixa-la descansar bastante. _confidenciou madelaiene com um sorrisinho, com certeza ciente do que aconteceu durante a madrugada. porem tratou de nao tocar no assunto para nao parecer indiscreta e embaracar ainda mais mel. _ mas vim acorda-la assim que ouvi seus gritos enquanto estava passando pelo corredor.

_obrigado por me acordar.

_ agora venha.. vou ajuda-la a se levantar e vou lhe praparar um belo banquete, voce precisa de alimentar bem minha menina. e..._ entao madelaiene pausa, ao afastar as cobertas para ajudar mel a levantar-se, estava sobre os lencoes brancos de seda, uma mancha de sangue.

_o que foi madelaine?_ pergunta mel seguindo o olhar aterrorizado de madelaiene. _meu Deus.. meu Deus madelaiene...isso veio de mim? _se desespera mel ao constatar que o sangramento era seu. era como se toda a melancolia e os sentimentos atormentadores voltassem a envadi-la novamente. _eu.. eu perdi.. eu...estou perdendo meu bebe madelaiene, estou..

_calma.. calma mel, _madelaiene pegou o rosto atormentado em lagrimas de mel entre suas enrugadas maos._ diga-me o que sente. sente dor sente...

_nao... nao sinto nada... nada... talvez um desconforto , dor nas costas, o de sempre.. nao sei.... _e desaba em lagrimas._ meu bebe madelaiene... nao posso perder.

_venha, vamos para um hospital.

mel se deixa ir para o banheiro como em automatico, rapidamente se limpa e com ajuda de madelaiene veste um vestidinho solto e sapatinhas. em nenhum momento parou de chorar. logo estavam tendo aucilio de mais uma empregada chamada judith.

_ja avisei a jonatahn, ele esta as esperando senhora. ah mais alguma coisa que eu possa fazer?_perguntou a servical penalizada com o choro de mel.

_sim, ligue para o senhor sabatini imediatamente e conte que ..

_nao. _mel guase se excedeu ._nao. por favor madelaiene... nao, nao conte a duarte, por favor..._empora mel, nervosa.

_mas minha menina...

_nao. nao por favor. ele vai pensar que foi culpa minha.... por favor madelaiene, por favor. _ suplicava mel, a imagem de duarte a olhando de modo acusador, a culpando pela morte do filho deles nao lhe saia da cabeca.

_ok. mas so porque voce esta neste estado. eu nunca fui a favor de voce esconder esta gravidez...

_gravida? a senhora esta gravida?_ perguntou judith perplexa.

_ora, isso nao lhe diz respeito. _a repreendeu madelaiene._ e eu a proibo de comentar isso com alguem, entendido?

_sim senhora. me desculpe. _desculpou-se a empregada.

_agora vamos, ja estamos perdedo tempo demais. _ disse madelaine amparando mel.

_a lista... a lista telefonica, pegue-a._mandou mel e assim madelaiene fez.

_por que a lista?

_ o meu medico.. eu tinha marcado uma consuta para amanha, mas devido as circunstancias acho que poderam me atender hoje.

jonatahn tambem as ajudou a entrar no carro, e dentro deste madelaiene logo tratou de ligar para a clinica e explicar a situacao e logico que mel seria atendida assim que adentrasse o hospital.

e fora justamente o que aconteceu, assim que mel entrou fora colocada em uma maca e levada para uma sala onde seria examinada por uma competente equipe medica.

o tempo inteiro, enquanto esteve sendo examinada pelos medicos, nao saia de sua cabeca nenhum so minuto as imagens daquele pesadelo, que agora estava perto de se tornar realidade. sentia-se angustiada, alem de nao estar sentindo dor fisica alguma, a dor no peito que sentia, a culpa que pesava por nao ter procurado um medico antes, a destruia.

ja fazia mais de uma hora que mel estava sozinha com madelaiene naquele quarto. a angustia so crescia a cada minuto. perguntou mil vezes aos medicos se de fato havia perdido o bebe, mas nenhum deles estava seguro de lhe dar uma resposta. fora entao que um medico entrou no quarto, ja tinha meia idade, e no jaleco estava escrito, dr. james.

_ como esta se sentindo senhora sabatini?

_o meu bebe.. eu perdi nao foi?_pergunta mel aos prantos.

_nao, acalme-se... voce nao o perdeu.

como se tivesse tido uma parada cardio respiratoria e logo em seguida ter voltado a vida, fora assim que mel recebeu aquela noticia.

_na..nao perdi?_pergunta temerosa por nao ter ouvido direito.

_nao senhora sabatini, voce sofreu uma Ameaça de aborto silencioso, pelo menos 20% das grávidas têm algum sangramento no 1º trimestre, podendo ocorrer algum grau de sangramento da parede uterina acompanhada por cãibras e dores lombares. no seu caso voce disse que sofria de dores nas costas certo? deveria ter procurado um medico assim que comecou a sentir dores, dores nas costas durante a gestacao e ameaca de aborto espontaneo.

_oh meu Deus, gracas a Deus!_ fora madelaiene quem falou agora.

_ entao quer dizer que esta tudo bem com o meu filho?_perguntou mel esperancada, aliviada.

_ sim, e a permanencia de seu estado so depende da senhora e de quem esta ao seu redor. _ disse olhando para madelaine, buscando uma cumplice.

_como assim? _perguntou mel, ainda confusa.

_ infelizmente a senhora corre um grande risco de sofrer um aborto. na bateria de exames que foi feita, foi acusado grande grau de estresse, voce esta quase com disturbios emocionais, e tenho grandes suspeitas que esse fator foi o causador deste inicio de aborto. _entao o medico se aproximou ainda mais do leito de mel._ desculpe a pergunta senhora, mas sofreu algum tipo de trauma? algo que a senhora nao superou.. ou vem sofrendo algum tipo de agressao... pode ser verbal ou.. _vendo que mel ficou tensa, continua._ pergunto porque, se sofreu vou ter que encaminha-la para um psicologo ou..

_nao. trauma algum. _ se adiantou mel._ eu so.. andei passando por alguns problemas pessoais, mas nada grave, o museu tambem me oculpou muito, me estressou e..._sem mais palavras mel da de ombros. o medico pareceu achar as desculpas suficientes para o estado emocional dela.

_bom, sendo assim... o que tenho a lhe dizer e que nao podera em hipotese alguma, sofrer algm tipo de aborrecimento,_falou olhando diretamente para madelaiene, que afirmou a cabeca como sua aliada. _ e pode contratar gente para ficar no seu museu, pelo menos durante esta gestacao, pois, vou recomendar o maximo possivel de repouso, a sua gravidez e de risco e por ser de risco, nao poderei receitar remedios, e se toma algum, pare de tomar mediatamente. tambem peco que se alimente bem, e o principal, mantenha-se calma e descanse bastante.

mel apenas afirmou positivamente a cabeca.

_ acho que ja posso lhe dar alta, _disse o doutor fazendo algumas anotacoes no prontuario de mel._mas vou esperar so mais algumas horas, ate mesmo para que se recupere do susto que sofreu, esta bem?

_ como quiser. _respondeu docemente mel, ja bem mais calma._ e obrigada doutor.

o doutor sorriu como resposta, em seguida pediu licenca e se retirou.

_ gracas a Deus, esta tudo bem com voces. _disse madelaiene pondo a mao no ventre de mel.

_he.._confirmou mel, ja sentindo-se exausta, teve uma manha dificil, mas conseguiu sorrir ao alisar o proprio ventre. _ esta comecando a crescer.

_eh, esta. _ entao madelaiene beija a face da que tinha como filha._ mel... voce nao pode mais esconder isso de duarte.

_eu sei..._concordou mel abaixando o olhar.

_ ainda mais agora, com tanto repouso e com a bariga comecando a aparecer. oh minha menina..._a olhou madelaiene penalizada._ eu nem entendo porque voce escondeu que esta gravida por tanto tempo... e nao venha me dizer que foi por causa do museu.

_tive medo... medo dele nao me querer mais... nem ao bebe e...

_ como pode pensar isso? mas prometa mell, prometa que vai contar ok? e cuidado em como vai falar, acho que com o temperamento que duarte tem, pode ser ate impossivel ele nao se zangar, entao, por favor nao se altere tambem. antes de ver o seu lado, tente ver o lado dele, em como ele vai se sentir sabendo que voce escondeu que estava esperando um filho dele. e antes de tudo, pense nesse pedacinho de voces dois que cesce dentro de voce.

mel suspira, sabia que nao seria facil contar para duarte. mas reconheceu que madelaine estava certa, nao podia mais mentir, mais adiar o inevitavel. iria contar para duarte, aconcecesse o que acontecesse iria contar.

-ok, madelaine, eu prometo que vou contar e tentar ficar calma... pelo meu bebe.

............................

comentem meninas, o duarte vai ficar sabendo na gravidez.... ou.. ele ja sabe? como sera a reacao dele heim? e como sera que ele vai ficar sabendo... sera mesmo por uma conversa civilizada? hum.... num sei nao heim! kkkk