Fanfic:  O destino de Melissa. | Tema: Ela tinha sido comprada e depois chantageada...

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_entao?_ perguntou mel a enfermeira assim que esta terminou de medir sua pressao. aquele `exame" ja fazia parte da rotina de mell, ja faziam mais de tres meses que helena estava morando em sabatini e mell aprendera a gostar daquela que ja tinha como amiga.

_sua saude esta perfeita, as vezes chego a me perguntar o que estou fazendo aqui senhora sabatini._ brincou helena satisfeitissima. mell ja havia dito que podiam se tratar pelo primeiro nome, mas helena assim como os outros empregados da casa era proissional demais para isto.

helena sempre vinha pela manha fazer suas obrigacoes e enfermeira e a tarde sempre acompanhava mell em seus passeios pelo jardim. o que permitia a ambas se conhecerem melhor. mell por exemplo descobriu que helena nao se tratava de uma" senhorita" mas sim de uma "senhora," viuva. tambem descobriu que a mulher nao tinha filhos, porque nao podia os ter, e desde de que descobriu tal fatalidade sobre o seu corpo, especializou-se em cuidar de gestantes, ela havia lhe dito que se sentia um pouco mae ao fazer isto. mell tambem notara que alem de educada, helena era uma pessoa bastante reservada, pois, mell sabia que ela achava estranho os patroes nao partilharem o mesmo quarto, pois duarte havia se mudado para o quarto de hospedes ao lado do seu, e que tambem passava varias noites fora, na verdade, ele mal parava em casa , passava mais dias em suas viajens de negocios ou no escritorio que em casa. porem a enfermeira nunca perguntava nada a respeito.

_acredite, mesmo que eu estivesse com disposicao para correr uma maratona todos os dias,voce nao iria embora ate esta crianca nascer.

_ sabe, eu acho linda essa dedicacao do senhor sabatini para com a senhora e seu bebe.

mel franziu o cenho, era a primeira vez que helena falava algo sobre a vida pessoal dela e duarte, e dava para ver que se sentia desconfortavel.

_ dedicacao?_ perguntou mell surpresa, alias, duarte mal parava em casa, as vezes vinha para o almoco, ou jantar, mas depois voltava para o banco, ou entao somente se trancava em seu escritorio, e ficava la ate mell ir se deitar, e bem mais tarde, quase de madrugada, mell o ouvia se mover dentro do ao lado do seu. as vezes durando as raras visitas que ele fazia a mansao, perguntava se ela estava bem. mas a impressao que dava e que so perguava isso por causa do bebe. mell num fio de voz respondia que sim. e ali se encerrava a dialogo dos dois. outras vezes ele comunicava que teria de viajar a negocios, o que era a quase toda semana, dizia que qualquer coisa era so ligar e tals... mas aqueles dialogos de cinco segundos sempre eram os piores para mell, pois mesmo ele estando falando com ela, era para dizer que iria se ausentar por dias, e ela sofria, porque a ausencia dele lhe mortificava, e quando o via sentia como se estivesse voltando a vida novamente.

_sim, quero dizer, ele com certeza e um homem muito ocupado, com todas essas viajens e todos esses bancos. entao ele me contratou para cuidar de voce.... sabe, e incrivel como ele friza antes de suas viajens que tenho que lhe ligar todos os dias e..

_o que?_mell a interrompe quase se engasgando com o suco de laranja que estava tomando._ele.. voce liga para ele todos os dias?

_sim. nao sabia?_perguntou helena surpresa.

_na.. nao. nao sabia.

_pois bem, eu o ligo, sempre as onze da noite antes de me deitar, ele quem estripulou o horario. ele quer saber tudo, o que comeu, o que fez naquele dia, se se sentiu enjoada, se sentiu-se bem.. se a gravidez nao a estar aborrecendo,as vezes me pede ate para falar sobre o que conversamos, essas coisas. _pausa._ acho que tem sorte em te-lo como marido. da para ver que estar sendo uma tortura para ele ficar longe da senhora.

_voce acha?

_oh sim, todas essas viajens de dias fora e..._e de repente a enfermeira cora.

-helena?_mell a encoraja.

_ estar dormindo em quartos separados por causa da gravidez..

_oh..._mel solta um gemido de surpresa e vergonha.

_oh, nao, nao se explique, acredite isso e mais comum do que pensa, eu ja vi varios casos iguais a este, onde o homem tem medo de machucar o bebe, e por a gravidez ser de risco.. nossa, eles ficam loucos nao e verdade?

_e._respondeu mell em automatico, entao ela tinha tirado suas propria conclusoes sobre o comportamento distante de duarte, porem preoculpado a ponto de faze-la lhe ligar todos os dias para dizer a rotina da esposa. bem, que pensasse assim entao. so assim mell nao precisaria dar explicacoes caso um dia a enfermeira lhe perguntando sobre os habitos comportamentais de seu patrao e patroa.

porem somente mell sabia como desejava com todo o coracao que aquele fosse mesmos o motivo para que duarte nao a quisesse mais em sua cama, so de lembrar a forma como ele se desvencilhou do seu toque ainda naquela noite da discussao, como se a desprezasse, como se sentisse nojo dela..

_bom, eu vou ver como vai o almoco, pedi para que madelaine mandasse preparar suco de manga com gengibre, sei que voce adora e ira lhes fazer muito bem. _sorriu com gentileza helena.

_obrigado helena.

sozinha, mell continuou a pensar no que helena tinha dito, nao pode abafar a esperanca que sentiu de que talvez ele se importasse ainda com ela, que de alguma forma ela ainda o atingia, mas nao... logo aquela ideia lhe pareceu ridicula, era obvio que ele so queria saber do bebe, se realmente se importasse com ela nao seria a helena a quem perguntaria aquelas coisas. provavelmente fazia aquelas perguntas a enfermeira porque o desprezo que sentia por ela era tanto que lhe desagradava ate ouvir a voz.

_bobagem! estou exagerando._ disse a si mesma, mas como nao pensar em tal atitude quando era evidente que duarte estava se esforcando o maximo para manter distancia? POR QUE OUTRO MOTIVO ELE estaria viajando tanto e passando mais tempo no trabalho, para nao dizer, todo o tempo, que se nao para evita-la?

de repende um arrepiu lhe subiu pela espinha, sempre temeu saber como ficaria quando o desejo de duarte por ela terminasse, sempre soube que isso partiria o seu coracao, mas jamais imaginou que a dor e a solidao pudesse ser tao excruciante. porem sempre tivera um plano para quando este dia chegasse, planejava ir embora, talvez tentar juntar os cacos em outro pais, longe dele, mas isso fora antes de ficar gravida, agora com este bebe em seu ventre, como poderia ir embora quando duarte faria de tudo para manter seu herdeiro junto a ele? teria que viver sob o mesmo teto que ele, suportar a humilhacao de nao ser desejada ali, de ve-lo se encantar por outra mulher, tudo para nao ficar longe de seu filho? oh Deus, que tipo de solidao a esperava?

mell almocou mais uma vez sozinha na varanda, nao gostava de se sentar na enorme mesa sozinha, sem duarte, sem ninguem para lhe fazer companhia alem dos empregados. era incrivel como sentia falta dele, ja fazia mais de uma semana que ele viajara para os estados unidos,e ate agora nao dera sequer uma ligacao, era injusto saber que ele sabia tudo o que acontecia com ela atravez de helena, e ela nao tinha como saber nada sobre ele alem do que os jornais contavam muito mal. mell mal podia esperar para ler os jornais pela manha, nao podia esconder a aflicao que sentia cada vez que abria o jornal, esperava a cada nova materia ve-lo na companhia de alguma bela mulher indo a algum evento, ou visto em algum restaurante, mas nao, ele sempre aparecia nas manchetes sozinho, na verdade estavam o descrevendo como " mal-humorado demais para quem vai ser papai" e mell notara o quao abatido ele aparece nas fotos, cada ve mais palido, com olheiras, a cada mes parecia pior, as vezes ela ate se espantava com a aparencia dele quando ele chegava de uma viajem ou ate mesmo do trabalho. as vezes chegava com cheiro de bebida.

_oh meu amor, onde sera que o papai esta? _perguntou mel alisando sua bariga de quase sete meses.

_oh, esta tao linda. tao linda..._ disse madelaiene entrando no terraco.

_mel sorriu, tinha que concordar com madelaine, a gravidez a estava lhe caindo muito bem, estava com uma aparencia otima por fora, a barriga redonda, a pele acetinada e corada pelos passeios que dava durante a tarde com helena. por onde passava chamava a tencao de todos, todos a elogiando, fora descrita em uma importante revista como "a gravida da decada." sempre que ia ao museu todos a admiravam, mais por sua beleza que por sua bariga. e mel estava sabendo acertar nas roupas.

_tem certeza que nao quer ir fazer a ultrassom?

_sim. eu prefiro surpresa._e isso era verdade, para o bebe comprou tudo branco, com a ajuda do decorador acertou na decoracao do quarto do bebe, onde todos ficavam encantados ao entrar. alem dos moveis tambem comprara allgumas pecas de roupas tambem em branco, o suficente para depois que o bebe estiver com alguns meses ir novamente as compras para usar mais cores conforme o seu sexo.

_acabo de vir do museu._dise madelaiene entando-se a mesa com ela.

_ae? como estao as coisas la?

_indo de vento em poupa! cheio de turistas, e tambem ja estao chegando algumas pecas da nova exposicao.

_que bom, me sinto tao impotente em nao estar na frente desta exposicao.

_nao se sinta, mauricio esta fazendo um otimo trabalho, o rapaz e muito competente.

_eu sei, eu sei. ele e otimo!_confirmou mell sobre o jovem rapaz que contratou para administrar tudo em seu lugar durante a sua gestacao. porem sabia que a competencia do rapaz lhe garantiria um emprego permanente.

_acabou?_perguntou madelaiene para chamar a empregada para retirar os pratos.

_sim. agora como sempre, vou descansar para depois passear no jardim depois comer de novo, depois descansar de novo... ah!_falou mell um pouco irritada, estava cansada de nao fazer nada alem das mesmas coisas de todos os dias. porem sabia que sua irritacao era devido a ausencia prolongada de duarte. quando sera que voltaria?

_bem, hoje nao sera assim. tenho novidades, duarte ligou e disse que estara aqui para o jantar.

_o que, serio?_perguntou mel mal contendo-se de felicidade.

_sim, ligou e disse que esta chegando hoje a noite,_ disse madelaiene contagiada com a alegria de mell. _ agora va descansar, depois de seu passeio com helena, vou ajuda-la a ficar ainda mais linda para receber seu marido de volta.

sorrindo mell beija a bochecha de madelaiene e entra na casa cantarolando. mal podia esperar para ve-lo outra vez, decidiu que queria ficar especialmente linda esta noite. seu coracao estava descompassado com a expectativa de que ia jantar na companhia dele aquela noite.

como de costume, aquela tarde passeou com helena, que notara a sua alegria. mas para nao parecer embaracada mell disse que apenas estava feliz. madelaiene as acompanhou aquela tarde, feliz por mell nao compartilhar com helena o motivo real de sua felicidade, ela gostava de ainda ser a confidente leal de mell. madelaiene aprendera a suportar helena e helena a ela, apesar dos ciumes, madelaiene havia entendido que mesmo sentindo muito amor por mell, helena era enfermeira e de certa forma nao podia fazer por mell o que helena fazia.

os horas pareciam se arrastar ate que chegasse a hora de se arrumar para o jantar, e como prometera, madelaiene a ajudou a se arumar, e mell ficou bastante encantada com o resultado final.

_linda! tenho certeza que duarte nao vai conseguir tirar os olhos de voce esta noite. _disse madelaiene entusiasmada.

mas mell ja nao se sentia tao confiante, o nervosismo entre outros sentimentos a estava deixando inquieta.

_sera?...

_ora, nao seja boba, eu tenho certeza! nao sei como duarte consegue ficar longe de voce._confessou a senhora balancando a cabeca._sei que ele e duro as vezes, mas tenho certeza que a quer,e muito, bem como a crianca que voce carrega, naturalmente.

mel sorriu apenas, queria acreditar, queria a confianca que ja tivera em si mesma, em sua beleza, queria o otimismo de madelaiene, mas  nao podia  deixar de se sentir insegura, de estar em duvidas. de alguma forma sentia que  aquela noite seria definitiva para  acabar com suas duvidas.  para saber se ainda tinha algum efeito sobre duarte.

ja eram sete horas, o jantar seria servido as oito, pois mell queria o esperar, e com certeza ele ja teria chegado ate as sete e meia.

desceu as escadas e foi ate a cozinha conferir se suas ordens sobre o jantar tinham sido seguidas, e tinham mesmo, tudo estava perfeito, a comida, a mesa posta... inquieta voltou para a sala, se nao estivesse gravida arriscaria beber alguma coisa forte para ver se acalmava seus nervos. mas nao lamentando seu estado, alisou a barriga e sorriu. fora quando a campanhia tocou, mel se sobresaltou. viu judith ir atender a porta, mas se adiantou dizendo

_nao. eu atendo. pode ir la pra dentro judith, qualquer coisa eu a chamo._disse gentilmente mell, tentando controlar o tremor em sua voz, esperou a empregada desaparecer pelos fundos para dirigir-se a porta. a campanhia soou mais uma vez, ele odiava esperar, sempre fora impaciente!

meninas comentem por favor!