Fanfics Brasil - jantar&cia. O destino de Melissa.

Fanfic:  O destino de Melissa. | Tema: Ela tinha sido comprada e depois chantageada...


Capítulo: jantar&cia.

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Cap:


No dia seguinte mel acordou bem tarde, bastante descansada, mas não sentiu a mínima vontade de  sair da cama, pediu  para que  madelaine mandassem servir o seu  almoço na varanda de seu quarto, assim não precisaria  trocar de roupa para encarar a vida,   só queria ficar sozinha, isolada, tal como se sentia.


Logo após o almoço em que mal tocara, tomou um banho e estava pronta para enfiar-se novamente  embaixo das cobertas quando  a porta se abriu, era seu avô,  e mel percebeu logo de imediato o quanto o homem idoso porém ainda atraente  estava abatido, também muito magro  e parecia exausto.  Seu avô mesmo tendo oitenta e oito anos,  ainda possuía traços  do jovem atraente  e forte que fora em sua juventude, mas agora ele parecia já ter uns cem anos, parecia muito infeliz o que despertou uma angustia e compaixão no peito de mel.


_posso entrar?_perguntou o velho esboçando um sorriso tímido  e infeliz.


_ não precisa perguntar isso vovô, sabe que sempre será bem vindo. _e mel estende os braços para o avô._venha.


Logo um abraço foi compartilhado.


_sinto muito por nossos últimos desentendimentos minha querida.


_não sinta, não quero vê-lo  abatido nunca, o senhor me parece exausto! Sente-se bem?_e mel conduziu o velho para  um sofá e sentou-se ao seu lado segurando-lhe as mãos enrugadas.


_sim.  E você? não desceu para me acompanhar no almoço._reclamou o velho.  Era a primeira vez em anos que o avô dizia que sentia muito em uma de suas brigas, Armand nunca fora muito gentil com ela, adorava  comandar sua vida assim como Duarte, mas agora.. a briga de ambos pareciam realmente atingir o velho, talvez por que o assunto desta briga fora algo mais sério que  uma briga por  ela insistir em ir a uma escola como as outras crianças, assuntos das brigas de outrora.  Ou somente  pela velhice...


_desculpe, é que não me sinto muito disposta hoje.


_pensei que fosse para me evitar, pensei que estivesse zangada comigo.


E estava!


_ não consigo ficar zangada com você por mais de doze horas._ mel sorri com doçura para o avô.


_sinto muito por estar fazendo você passar por isso mel.


_sente mesmo vovô? Então porque insisti nisso?


_por que não posso correr o risco de deixá-la  só com toda essa fortuna sem nenhuma experiência e tão pouca idade.


_mas eu tenho o senhor.. por que não me ensina tudo o que preciso  aprender para   dirigir as empresas? não pode desistir de mim sem nem ao menos  me deixar tentar.


_ hoje eu sei o quanto errei em não fazer isto antes.  Mas agora devo dizer que é tarde demais meu anjo.  A única coisa que posso fazer agora  é garantir a sua segurança, só assim  eu.._e as palavras morrem na garganta do velho homem.


_só assim o quê? _mel o incentiva a terminar, mas Armand nada disse.


_nada.  Aceite o seu destino em paz minha menina.


_vovô por favor..._implorou mel, mas Armand nada disse apenas levantou-se.


_isso tudo fora culpa minha, espero que um dia você possa me perdoar.


_ o que Duarte fez com o senhor? É obvio que não quer me forçar a me casar. O que aquele monstro lhe fez vovô?


_ ele fez demais... há se não fosse por ele, não faço idéia do que seria de mim ou de você. _com um olhar triste Armand  sai do quarto._volte  a descansar minha preciosa.


Mel não conseguiu relaxar de imediato,  aquilo estava muito confuso,  todas aquelas palavras e comportamentos suspeitos, tinha que ter haver com as empresas bancárias, só podia!


Mel viu a noite cair... e o por do sol  lhe deu sono, logo se viu pegar no sono novamente, um sono sereno.. tranqüilo..


         Assim que mel voltou a acordar, fora de fome, mal tocará no almoço e já devia ter passado da hora do jantar, seu quarto estava escuro, só a luz da lua que penetrava pela porta de vidro da varanda de seu quarto   era que iluminava o quarto, e mel nem tinha idéia de como a pouca luz a tornara tão linda, vestia uma camisola branca  quase transparente, seus cabelos  estavam espalhados  pelos travesseiros parecia mais um anjo que uma humana.


Fora então que mel notou uma presença sentada  na poltrona ao lado de sua cama, e soltou uma exclamação de surpresa ao perceber que era Duarte, e ele já deveria estar ali por muito tempo julgando o modo à-vontade como se encontrava, sentado, com uma das pernas  dobrada sobre a outra  apoiando o tornozelo, os cotovelos  apoiados  em cada braço da poltrona e as mãos cruzadas apoiando o queixo  marcante.


_co.. como entrou aqui?


_ola dorminhoca. _e para a surpresa de mel ele lhe sorriu, um sorriso curto, mas suficiente para fazer  o coração de mel disparar ainda mais.


_o que está fazendo aqui?_mel repetiu a pergunta,  ignorado a provocação dele.


_eu disse que viria vê-la, minha noiva. _disse ele levantando-se e sentando a beira da cama, logo seus olhos  pousando em cada curva do corpo  esbelto de mel, fazendo-a corar.


_não imaginei que fosse tão cedo. E não sou sua noiva.


_vestes brancas..-começou  Duarte a sussurrar como que para consigo mesmo._ só podia ser.. vestes virginais. _e seus olhos verdes, mas agora negros  encontraram os  azuis escurecidos  pelo desejo e medo de mel.


Encabulada, mel puxa o lençol de seda, também de cor  branca para cobrir o corpo  revelado pela camisola minúscula e  meio transparente.  Era incrível como  desejo e medo sempre estavam perto dela  quando encontrava-se  frente a frente com Duarte.


_não  tema a mim, minha misteriosa mel.  Não vou violentá-la.. pelo menos não se deixar de ser tão negativa quanto a idéia de ser minha esposa. _o sorriso torto  extremamente sexy  revelava a ameaça contida nas palavras.


_ se veio me visitar que mandasse  madelaine acordar-me enquanto me aguardava  no salão principal onde se aguarda as visitas, que é exatamente isso que você é. Ou já se acha dono da casa?_ mel queria colocá-lo em seu lugar. Ou somente mudar de assunto.


_ bem, digamos que sim, que eu sou dono da casa. _a resposta pegou mel de surpresa.


_é?... que  mentira é esta? Essa.. essa casa e da minha família, é dos leopardi.


Mel mal terminou de falar e uma  mão  estava pousada sobre sua garganta, e Duarte falou entre os dentes, fazendo ali uma leve pressão, enquanto mel arregalava os olhos.


_nunca mais ouse  me chamar de mentiroso!_ ele falou calmo e pausadamente, e mel pode ver em seus olhos, mesmo com a pouca iluminação que ele controlava-se para não esganá-la. Foi então que ele deu um sorrisinho forçado  e se afastou enfiando as mãos no bolso como que para  se convencer  a ficarem longe dela.


_então pare de dizer que esta casa lhe pertence..


_ha, que vá para o diabo esse assunto!_ ele a interrompeu bruscamente._ pense no que quiser, não estou interessado em mais uma discussão  com você,  enquanto a  eu mesmo vim acordá-la,     nem Armand nem madelaine  acharam má idéia, agora que é a minha noiva... _ele deu de ombros, enquanto caminhava pelo quarto reparando em tudo, e deteve-se em uma caixinha de música com uma linda bailarina. _ e eu  convivo nesta casa  a muito mais tempo que você,  eu já tinha total liberdade para entrar e sair desta casa muito antes de você nascer. _continuou._e não é a primeira vez que eu entro aqui para observar seu sono, fazer isso sempre me deu prazer..  você parece um anjo,  algo de outro mundo, linda demais para  pertencer a esta civilização.. tão calada e ingênua.. tão virginal..


As palavras   pronunciadas calmamente e com  emoção pegou mel de surpresa,  mas o fato da revelação dele já ter visto-a  dormir antes superou  tudo.


_ja..já  me viu dormir antes? Aqui?


_muitas vezes..  é o único jeito de vê-la calada, é a única forma de estar perto de você sem que você pareça me odiar, ou  de não estarmos brigando.


_isso é loucura!_mel sussurrou mais para si. _vovô nunca reclamou.. ele.. ele nunca o impediu? Quer dizer eu..


_você é virgem. Sim eu sei. _completou Duarte pondo a caixinha para tocar enquanto a bailarina dançava._e sim, seu avô sabe que eu venho aqui, e nunca tentou impedir-me.. as vezes até me acompanhava..  saiba que muitos planos sobre você foram tratados  na sua presença, enquanto você dormia, não pelas costas como você  pensa.


_mas.. eu estava dormindo, o que dá no mesmo!


_ você tem um sono profundo mel... o sono mais quieto e puro que qualquer outra pessoa possui, um sono  de bebê. Sem preocupações.. um sono muito bem protegido. _falou Duarte com orgulho.  E mel corou ao imaginá-lo ali.. observando-a protegendo seu sono, como ele mesmo dissera,  vendo-a dormir..


_ bem, agora que já me viu..  pode se retirar... eu já acordei como pode ver.


_sim, eu irei me retirar, mas é para  esperar você se aprontar para irmos jantar.


_o quê?.. quer dizer.. não, eu não quero sair com você, não sinto fome. _ acabando de falar e mel arrependeu-se pois seu estômago rosnou alto.


_acho que sente sim.  aliás,  madelaine me disse que você não tocou em sua refeição de hoje, não quero vê-la doente mel. _ele realmente parecia preocupado, como fingia bem! Pensou mel.


Mel  não estava convencida, na verdade preferia  comer algo em casa mesmo, e depois retornar a evitar o mundo  refugiando-se em seu quarto.


_ora, vamos.. você mesmo  vive a reclamar que mal sai. Vamos, a levarei em um restaurante novo..para experimentar novos sabores.. ver gente diferente, vai lhe fazer bem, então o que acha?_insistiu ele.


Mel agora sentia-se tentada a ir com ele.  Estava mesmo com fome, e sempre gostou de sair, saia muito pouco da mansão e as poucas vezes era sempre pros mesmo lugares.


_ok.   Estarei pronta dentro de meia hora. _disse timidamente.


_perfeito!._disse Duarte dando um  leve sorriso, e indo em direção a ela  depositando um beijo em sua testa carinhosamente, depois saindo do quarto.


 Mel não sabia o por quê, mas encontrava-se nervosa, como se realmente fosse a um encontro com um pretendente ou coisa assim,  então colocou  um vestido  branco revestido com um fino tecido em cinza transparente com brilhos branco e rosa. fazendo uma cor misturar a outra  dependendo de seus movimentos, as cores  variavam de branco, cinza e um leve rosa, como se ela fosse um camaleão se inovando a cada movimento.   vestindo apenas um dos ombro com uma fina alcinha, e deixando o outro exposto, o  vestido moldava as suas formas perfeitas  colando como uma segunda pele até a cintura curvilínea.   A saia um pouco mais  solta, tinha um mínimo comprimento que ai um pouco  mais  acima do joelho, e a discreta, mas perceptível , abertura contida no vestido  revelava  ainda mais  da coxa torneada. O vetido era etilo grego, muitissimo elegante. Depois de olhar-se pronta no espelho, mel percebeu que estava parecendo mais uma deusa romana. Colocou sandálias de salto prateada  para realçar com o  leve cinza do vestido e com as jóias em pedras preciosas de safiras, que se consistiam em  um colar com várias pedrinhas minúsculas, brincos e uma pulseirinha.  Aquele era o conjunto de jóias favoritos de sua mãe, segundo madelaine.


Deixou os longos cabelos soltos como de costume  deixando alguns fios da franja  caindo sobre o rosto, o vestido e as jóias realçaram muito seus olhos, e mel os destacou ainda mais  com um pouco de   rímel para o cilios,  nos lábios  apenas um brilhozinho e a cor naturalmente bronzeada  lhe deixou dispensar mais artifícios.  Muito satisfeita com a própria aparência, mel sabia que estava muito sexy, sabia que qualquer homem estaria sendo invejado em estar ao seu lado.  Pegou a pequena bolsa  de mão com detalhes em  prata e foi ao encontro de Duarte.


 Toda a sua confirmação sobre  seu loock fora confirmado na expressão admiradora e faminta  de Duarte ao  vê-la.  Ele também estava elegantérrimo como sempre,  vestindo calça preta combinando com os sapatos também de cor preta  e uma camisa azul marinho, alguns botões estavam abertos revelando um pouco do peitoral  musculoso e peludo.  Usava um relógio caro, e os cabelos estavam  naturalmente sedosos e brilhosos, alguns fios caindo-lhe aos olhos de cílios espessos.  Ele era um espetáculo a parte! Constatou mel sem fôlego.


_está maravilhosa!_disse ele indo ao seu encontro.


_ você também está nada mal. _ disse tentando manter frieza. Tentando ficar indiferente a tanta masculinidade e sensualidade. _he.. eu vou só avisar a vovô ou a madelaine que...


_não é necessário, já   comuniquei a ambos,  que foram dormir.


_mais já?


_sim, seu avô não estava muito disposto.


_não?.. então acho melhor eu ir ver se está tudo bem com ele. _sim, mel estava preocupada e Duarte também parecia preocupado com Armand, mas ela  também queria respirar longe daquele homem.. retomar fôlego.


_ ele já deve estar dormindo. Vamos, venha.. qualquer coisa eu mandei madelaine ligar-me, meu celular está a disposição. _sem esperar mais algum protesto, Duarte a pega pelo cotovelo e a conduz para fora da mansão, e lá fora um conversível preto os esperava.


_sem Paul?_perguntou mel  entrando em pânico por  ter que sentar sozinha naquele carro com Duarte.


_sim, eu o dei folga. _Duarte cavalheiro, abriu a porta do carro para mel, que meio tensa deslizou com graça  para o seu assento. 


_vamos, tente relaxar._ ele parecia meio rude em sua expressão notou  mel, mas logo percebeu que a rouquidão na voz dele não era dureza e sim excitação.. que estava bem notável, percebeu ela quando ele sentou-se ao seu lado.  Engolindo em seco, mel subiu o olhar para encontrar o dele.. que a devorava com os olhos.


_surpresa pelo meu estado?_perguntou ele cinicamente._pois não fique. E também não pense que sou algum tarado, jamais fiquei sem controle sobre o meu próprio corpo na presença de outra mulher por mais que eu a desejasse.. é que você.. é que.. eu nunca desejei tanto uma mulher na minha vida como eu a desejo mel... é uma tortura para mim olhá-la e não poder tocá-la e saciar o meu desejo._confessou ele, e mel já arfava.. novamente excitada de desejo e medrosa. _ mas não te preocupes, eu tentarei me controlar.. não  tocarei em você sem que me permita tal prazer. Pelo menos não hoje. _ dizendo isso ele dá partida no carro para alivio de mel.. e logo ambos pegam estrada.  Mel ficou  a pensar  sobre a ameaça continha na voz de Duarte quando fez questão de frisar no “pelo menos não hoje.”  O que pretendia aquele homem meu Deus?  Então para afastar aqueles pensamentos, mel começou a observar tudo,raras foram as vezes que saiu a noite da mansão..  o jeito como a luz da lua iluminava o jardim e abutres... o lago.. tudo parecia mágico.


 


_no que está pensando?_perguntou Duarte um bom tempo depois quebrando o silêncio.


_ nada, eu só.. só estou admirando...  vovô nunca me deixou sair a noite da mansão, e isso sempre me deixava irritada a ponto de não querer ir para a varanda do meu quarto observar a propriedade a noite, então agora.. vendo-a.. e daqui de baixo.. parece mágica!


Duarte riu da expressão genuína.


_mágica!._repetiu ele avaliando._assim que voltarmos se não estiver tão cansada, talvez eu a leve para dar uma voltinha  pelo lago...


_  vovô não acharia uma má idéia?.. quer dizer..  já são oito.. daqui que chegamos na cidade e jantarmos... voltaremos muito tarde.


_garanto que ele nem madelaine reclamarão!


Mel revirou os olhos ante a sua ingenuidade.


_claro que não!  Até madelaine resolveu  ficar do seu lado._e mel dá de ombros com indignação, e Duarte sorrir em resposta, totalmente satisfeito com o comentário.


_só falta você agora, parar de bobagem e   aceitar logo esse pedido de casamento.


_pedido ou intimação?  Pelo que eu percebi não faz nenhuma diferença se eu aceitar ou não esse pedido, você parece  resolvido a me levar para o altar nem que seja arrastada pelos cabelos.


Duarte mais uma vez sorrir,  desta vez  deu uma gargalhada.


_ então porque  resistir tanto minha gatinha selvagem, se sabe que de qualquer forma subirá ao altar comigo?


_eu não vou desistir sem lutar Duarte, sou uma leopardi lembra?_ela tentou ser irônica, mas  seu tom estava mais para o divertido à irônico.


_e eu aqui pensando que você simplesmente gostava de me contrariar, mas não, olhe só... você tem um orgulho em forma de espírito competitivo, ou seria simplesmente  um  humor mal apurado?_ironizou Duarte.


_chame como quiser, mas aviso logo que tentarei de todas as formas possíveis e até impossíveis   fazê-lo desistir de mim.


_não há formas neste mundo ou sobrenaturais que me farão desistir de você._terminando de dizer isso, mel  percebe que ele estacionou o carro em frente a um hotel.  Com bastante cavalheirismo  Duarte saiu do carro e abriu a porta para ela, que ainda encantada com o luxuoso  lugar   mal percebeu quando Duarte  entrelaçou seus braços em modo de possessão.


_que lugar magnífico!_disse mel a ele enquanto encaminhavam-se para o restaurante do hotel.


_sim, é o lugar mais requintado da cidade,   é muito bem freqüentado e recomendado, você vai adorar a comida  e a agitação deste lugar.


_confesso que não esperava  você me trazer em um lugar assim, sempre fez tanta questão de me esconder do mundo.. e  aqui tem tanta gente..


__o fato de tê-la trazido para cá,  nada tem haver com o meu gosto, eu ainda prefiro mante-la longe dos olhares de outros homens, ainda prefiro  ter você guardada só para o meu deleite, mas hoje aqui está toda a alta sociedade e quero que todos vejam  que você é minha noiva, amanhã seremos noticia em todos os jornais, revistas e sites mundiais, e depois que todos verem que você me pertence.. não precisarei mais colocar tantos pretendentes para correr... nenhum aqui teria coragem de tentar tomar o que é meu. _o jeito obsessivo como ele falava ofendeu um pouco  mel,  mas ela não duvidava de uma só palavra.. sabia que ninguém teria coragem de ir contra aquele homem tão dominador.. todos ali os olhavam com admiração e curiosidade,  eram o centro das atenções enquanto caminhavam entre os convidados.. via os olhares invejosos das outras mulheres... com certeza  muitas daquelas mulheres exuberantes  tentaram fisgar Duarte Sabatini, o arrasador de corações como as revistas de fofocas o descrevia... e uma onda de ciúmes  se apossou de mel quando tentou imaginar quantas daquelas beldades  Duarte já levou para cama. E quantas eles já disse adeus... ou ainda dirá.


_triste?_a voz suave dele em seu ouvido a despertou de seus devaneios.


_não. Só avaliando  o quanto você é  hostil._disse ríspida, e embora Duarte sorrisse,  seus olhos mostrava toda a frieza com que recebeu o comentário dela.  Mas nada disse, e um garçom aproximou-se.


_  o levarei até sua mesa reservada senhor Sabatini._disse o garçom  com gentileza, e logo mel e Duarte estavam sentados em uma ótima mesa, bebendo um ótimo champanhe francês.


_champanhe.. para comemorar o noivado._disse ele , enquanto tirava uma caixinha do bolso.


_ quanta precipitação!.. não há o que comemorar Duarte.. não há noivado algum.


_há sim, e acho melhor você colocar logo isto em seu dedo antes que eu o coloque a força._ disse Duarte   em voz macia, mas ameaçadora.


Mel deu um suspiro  de surpresa ao ver  o  magnífico anel a sua frente, era um belo anel de noivado, com vários diamantes pequeninos moldando a safira solitária  em forma de coração, o anel era esplendoroso, a jóia mais linda e talvez a mais cara que mel já ganhara.


_Duarte... é lindo!_foi tudo o que conseguiu dizer.  _mas... eu não posso..


_mel, coloque por bem.. ou por mal._ ele ameaçou mais uma vez, mas para quem os observava e via os  cantinhos de suas bocas curvados em um sorriso. ambos estavam falando apenas de coisas boas.. amorosas, mas só ambos sabiam o assunto e os sentimentos envolvidos naquela conversa.


Então mel estende a sua mão e o deixa colocar o anel delicadamente.  Aquilo era tão estranho...  estar ali, com duarte... ele colocando um anel de noivado em seu dedo. Nunca que podia imaginar tal cena! Mel dando uma rapida olhada ao redor percebeu que várias pessoas  os olhavam pelo canto do olho, sim... eles seriam o assunto dos tabloides de fofoca  no dia seguinte. 


E a joia... ela era linda, combinou perfeitamente com  os brincos e colar que usava.


_boa garota!. Combina com suas outras jóias... assim  como seus olhos...__disse ele  dando a entender que comprou pensando nos olhos dela, porém com um tom zombeteiro.


Só então quando Duarte  guardava a caixinha vazia no bolso do palito, fora que mel percebeu que ele também já estava de aliança. Deus, ele tinha planejado tudo!


Logo os primeiros pratos  foram servidos,  Duarte sugeriu seu prato , dizendo   que tais sugestões  contém ingredientes que ela amava, e mel surpreendeu-se ao  saber que ele simplesmente dominava todo o seu paladar, sabendo exatamente suas preferências gastronômicas.


_o que foi?_perguntou ele um tempo depois, ao perceber a inquietude interior dela.


_ não sei.. é que... tem muita gente nos olhando.


_e não era isso o que sempre quis?  Sempre reclamou ao seu avô e a mim que nunca saia para lugares agitados...  não me diga que está decepcionada?-_mel sabia que ele estava sendo cínico, simplesmente   punindo-a por ela sempre reclamar que nunca saia e ia a lugares badalados.


_não exatamente... é que nunca me imaginei  sendo o centro das atenções...


_ você sempre foi. Já deveria estar acostumada,  sempre chamou a atenção onde quer que vá. Sempre se destacou entre as outras mulheres.


_sim, mas as atenções   duravam só uns dez minutos, até as pessoas me vasculharem inteira querendo ler até a minha alma, mas aqui... faz tempo que chegamos.. e.. todos continuam  nos olhando como quando chegamos.


_é por que está comigo.  Eu sempre venho a este lugar,  mas nunca acompanhado de uma mulher... sempre em jantares de negócios... e quando  encontro aqui uma companhia feminina não estava usando isto._e Duarte   mostra a aliança. _agora estou com uma linda mulher.. a mais linda de todas, e com uma aliança. Todos devem estar querendo saber quem é a loira misteriosa que fisgou meu coração...  obvio que todos tem lá suas suspeitas, mas tudo se confirmará amanhã ao lerem as infernais revistas de fofocas. _ mel percebeu que pela voz dele Duarte odiava ter sua vida particular exposta  nos tablóides  de revistas e sites.   Mas o que a chamou a atenção mesmo fora o fato dele ter lhe   descrito como  a “mulher que lhe fisgou o coração”.. mel sabia que ele apenas citou  o provável pensamento das pessoas, mas só de se ver naquela posição. Borboletas lhe assaltaram o estômago.  Era impressionante como Duarte tinha o poder de mexer com suas emoções.


_ e essas pessoas não sabem quem sou?


_desconfiam, mas o fato de  seu avô também nunca deixá-la livremente por ai, fora justamente este,  nenhum fotógrafo ou jornalista jamais  teria permissão para entrar  nas propriedades de nossas famílias, assim não teriam chances de  fotografá-la,   assim você não sofreria com todas essas mentiras que esse povo mesquinho  cria sobre  pessoas    socialmente importantes.


_hum.. _mel entendia muito bem isso, e sabia que realmente preferia ter ficado no anonimato   a ser sempre alvo daquelas revistas de fofocas._ mas acha que eu sou uma pessoa socialmente importante para  eles quererem saber sobre mim?


_mas é claro! Você é uma leopardi.. e agora é noiva de um Sabatini...  saiba desde já que a partir de agora para onde for, será reconhecida.. pessoas  viram falar com você mesmo sem você nunca te-las visto antes.. a maioria é curiosa, mesquinha e interesseira, outra parte são repórteres  loucos para tirar conclusões sobre você no pouco que você revelar, então aconselho, que trate todos com educação  sorrindo, peça  licença  e saia de perto.  Mas eu cuidarei para protegê-la deste assédio todo!.


Mel jamais duvidaria disto!


_no aquerdito! Duarte monteiro Sabatini! É você mesmo querrido?_mel  examina bem a ruiva que se  aproximou de ambos, era  uma bela mulher,  alta, magra com traços  delicados e clássicos.. e pelo sotaque carregado, era francesa.


_Charlotte!_ e Duarte levantou-se para saudar a mulher sorridente. _ que surpresa vê-la aqui!


_ oh sim, estou de férrias. _e virando-se para mel pergunta._e quem ser está jovem belíssima ?


_está é mellissa  leopardi, minha noiva.


_no me diga!_a mulher realmente parecia chocada._ Jesus mar como ser possível? _mais logo em seguida  a francesa abre um sorriso e estende as mãos para mel, que  simpatizada  também estende as suas. _ é um prazer parra mim conhecer a murrer  que conceguiu fisgar esse homem.  Eu mesma tentei  por varrios anos, mas desistir... ele parecia não possuir corração.


_e ainda continua assim._ murmurou mel para consigo.


_o quer disse cherie?_ mel mais uma vez percebeu que pensou alto demais, e ao encarar a frieza estampada no rosto de Duarte  tenta concertar o que disse.


_eu disse que é um prazer conhecê-la. _e mel sorriu amavelmente.


_ mais você deve  mesmo possuir uma personalidade muito marcante para  amarrar este homem...  diga-me cherie, qual é o segredo?


_ jamais revelarei, não gosto de concorrência!


_mar que diabinha!_a francesa explodiu em gargalhadas, juntamente com Duarte que encarava mel satisfeitíssimo com a resposta,  que por sinal, mel deu por não saber responder  com sinceridade a mulher, pois não fazia idéia do que Duarte  via de tão atraente nela, uma  garota inexperiente de dezenove anos, tendo mulheres como evelin e aquela francesa  e  tantas outras como amantes _ estar  certíssima querrida,   adorrei você.. linda e esperta!_e virando-se para Duarte  continuou._  fez uma ótima escolha querrido, ela é linda e é exatamente o tipo de mulher que imaginei que o fisgarria, me parrece  ter muita personalidade e esperteza.


_obrigado Charlotte. Mas vejo que também está de aliança. _ comentou Duarte ao ver um anel de noivado na mulher.


_oh.. é verdade, não pude esperrar por você minha vida toda né? _ a francesa jogou charme lançando uma piscadela a Duarte._Conheci um amerricano.. riquissimo e lindo, ele virou  o homem da minha vida.


Mel não conseguia parar de rir com  o comentário.


_agorra deixe-me ir querridos._e a francesa toma uma mão  de ambos e as pressiona juntas._ desejo toda a ferricidade desse mundo, mas pelo que vi nem preciso desejar isso não é mesmo? vejo o quanto se amam e sei que serão felizes.  Querrida mellisa..


_mel, pode me chamar de mel.


_ok, mel...  que nome ótimo..   doce, ótimo parra fisgar  homens ricos porque   com tanta beleza e doçurra por fora  ninguém saber a  tigresa esperta que existe por dento!


_ fica a dica! _brincou mel._ também desejo toda sorte e felicidade do mundo para você e seu casamento Charlotte.


_obrigada querrida.  E esperro receber o convite.. pois farrei questão de te-los em minha cerimônia.


_ pode ficar certa que receberá._prometeu Duarte.


Assim que a francesa se foi, mel comentou sentando-se novamente.


_que figura!


_ Charlotte é uma comédia aparte! Sinto-me  muito feliz por ela lhe ter aprovado.


_e de mais quantas aprovações  de ex amantes suas eu preciso ter ainda?_perguntou mel ríspida, de repente enciumada.


_de mais nenhuma. Não nego que eu e ela já fomos intimos, mas  com o passar dos anos Charlotte se tornou de amante a amiga,  ela tem um  sexto sentido muito bom, o que lhe permite  só gostar  das pessoas certas.


_também gostei dela._comentou mel desanimada, o que diabos estava acontecendo com ela para estar sentindo ciúmes de Duarte?  Só  de imaginá-lo   com Charlotte aquela linda francesa compartilhando de risadas  intimas fez seus nervos tremerem,  e mel mais uma vez observa aquele homem.. lógico que Duarte tinha várias amantes, ele era lindo demais e era capaz de fazer o coração de qualquer mulher derreter-se  frente a sua imagem máscula e sensual. Ele amanava um apelo sexual  que era impossível de não corresponder.. ela mesmo não conseguia evitar corresponder  a tanta virilidade, era como se seu corpo tivesse vida própria,  ele a fazia tremer de desejo como  nenhum outro homem conseguia.


_gosta do que vê?


A pergunta  fez mel voltar  ao momento, e sente sua face pegar fogo e ela  instintivamente abaixa o olhar.


_ mel, mel... minha misteriosa mel._Duarte sussurrava.. e de repente  era como se tudo sumisse a sua volta.. como se as pessoas não mais existissem, como se a música  tivesse cessado.. tudo o que mel conseguia ver e ouvir era aquela voz  suave e grave sussurrar seu nome,  embriagando-a com seu hálito quente e refrescante..  aqueles olhos acinzentados    penetrados nos seus, como que assaltando sua alma._case-se comigo mel._pediu ele._ eu a quero, a desejo como nunca desejei outra mulher...  diga sim porque eu não irei agüentar esperar por muito mais tempo.


 Mel se viu tentada a aceitar,  talvez o champanhe tivesse ajudado a sua mente  a formular todo aquele cenário mágico,  também deve ter ajudado  o  seu coração a saltitar dentro do seu peito, e a sua respiração a ofegar...  sim, ela queria aceitar, não sabia por que, aliás, aquele homem era dominador, arrogante e até perverso com ela, mas também  era sedutor,  elegante, sensual... e a fazia arfar de desejo  só com um olhar... e a fazia gemer com um toque. Passar o resto da vida compartilhando de intimidade com Duarte não seria nenhum sacrifício, admitiu mel  corada.  Daí quem sabe um dia.. todo aquele desejo e tempo de convivência  tornasse aquelas emoções em sentimentos  puros e essenciais para mel, como.. o amor.  Mas mel sabia ser impossível Duarte amá-la..   tudo o que ele demonstrava  até agora era apenas, desejo..   e com certeza  um desejo que ele também já sentiu por Charlotte, talvez menos intenso como ele mesmo disse, mas.. não passava de desejo,  e quem garantia  que quando esse desejo perdesse sua intensidade, ou somente, evaporasse  ele não a deixaria de lado como fez com Charlotte e com certeza com tantas outras? Não, ela não podia aceitar um casamento sem amor.. onde só o desejo carnal e financeiro estavam em jogo, ainda mais correndo o risco de amar aquele homem tão facilmente.


_mas terá que esperar. Eu.. eu não posso me casar com você. Casamento de conveniência  nunca fez parte dos meus planos Duarte.


_eu não tenho em mente um casamento de conveniência.


_ e o que espera de um casamento sem amor?


As palavras de mel o deixaram pálido, e mel não pode entender o porque de tanto abatimento só com uma simples ,mas poderosa pergunta.  Aliás,  era a verdade... não era?


_você não consegue nem ao menos me suportar?


Mel não sabia o que responder, a pergunta   era  mais para ser feita por ela que por ele.


Fora então que com impaciência  e arrogância Duarte levanta-se da mesa  e sobre  esta deposita  uma quantia que julgou ser necessária para pagar o caro e delicioso jantar, em seguida com brutalidade sem se importar com os olhares curioso, agarra o braço de mel  e ambos saem a passos largos daquele lugar. Já no estacionamento mel consegue se soltar.


_o que há de errado com você?


  Mas a sua indignação nada dura quando Duarte a encara de volta,  ele  estava  desfigurado pelo ódio, não havia  nem sombra do homem sorridente e cavalheiro que estava jantando com ela há dois minutos.


_ quer saber o que há de errado comigo mel? O errado aqui é que eu   ainda tento  fazer as coisas do modo leve com você, é que eu ainda tento te poupar da verdade para não ter que vê-la sofrer.  Quando será que eu irei aprender  que  o modo grosseiro é sempre o caminho mais fácil para chegar até você ?


Mel não entendia, não fazia idéia do que ele falava e  estava com medo de perguntar, Duarte parecia transtornado. Mas sua curiosidade  ia além de seu medo.


_e do que você está me poupando afinal?  O que há entre você e vovô e agora madelaine também? O que tanto vocês  escondem de mim?  Que verdade é essa tão dolorosa?


 Ele parecia arrependido, percebeu mel.


_ entre no carro melissa, já está muito tarde.


_não.   Diga-me primeiro o que  você , madelaine e vovô estão querendo dizer-me a dias. _mas Duarte nada dizia. _ vamos Duarte.. responda-me!_mel quase gritava.


_entre no carro mel._ pediu ele.


_mas..


_entre já neste carro._ a voz autoritária e alterada, fez com que mel recebesse a ordem como uma bofetada,  e encolhendo os ombros deslizou para o interior do veículo, muda.


 Duarte fez o mesmo,  permaneceu mudo, longe com seus pensamentos, tendo uma expressão não só distante como também dura e atormentada.



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Autor(a): luanna

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Cap.8. Concentrando-se no caminho, mel percebeu  que eles não estavam entrando nas propriedades dos  leopardi, e sim nas dos Sabatini. _não._mel abafou um grito  captando toda a atenção de Duarte._ você prometeu Duarte, prometeu que não encostaria em mim. Você.. _ e irei cumprir. Agora pare& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 173



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  • marilene8 Postado em 02/04/2022 - 06:11:00

    Tá aí uma história que me prendeu desde o começo, passei um dia inteiro é uma noite virada lendo a história e já peço a continuação por favor, ela é linda demais e o final deve ser melhor ainda, os personagens tão cheios de vida, de fogo, tantas intrigas, dava uma verdadeira novela mexicana de sucesso!

  • andrea_campos_ Postado em 27/11/2021 - 20:51:47

    Por favor, onde encontro a continuação deste.

  • soniagurgel Postado em 11/12/2020 - 18:21:36

    Puxa!!! Onde está o restante da história? Achei ótima. Adoraria conhecer o final.

  • Maysa Postado em 23/09/2016 - 16:58:55

    necessito da continuação, não desista por favor

  • Julie_ Postado em 10/06/2015 - 21:43:55

    Por favor, Você precisa continuar essa Historia, eu me apaixonei por ela... Cnt por favor

  • Quesia Levyrroni Postado em 01/05/2015 - 11:28:28

    pô luana aparece por favor ja no fim não desista tá porfavor continua

  • nina_petrova Postado em 16/12/2014 - 10:11:10

    Nossa faz muuuito tempo que você não posta, estou suuper triste :(, há séculos que acompanho sua fic, mas só criei coragem pra fazer um cadastro e poder comentar agora rsrs poste logo, estou ansiosa, todos os dias venho olhar se você postou e nada. Não abandone hein? Ainda quero saber o final desta história!!!

  • julia_dumeoli_ Postado em 14/12/2014 - 14:08:57

    Leitora nova ' Continua pelo amor de DEUS . Sua fanfic é um máximo, além de ser bem escrita tem uma historia viciante <3

  • july_vondy Postado em 08/11/2014 - 17:22:56

    CCoonnttiinnuuaahh llooggoohhh ppoorr ffaavoorr....

  • rbd_maniaca Postado em 06/11/2014 - 12:28:15

    Leitora Nova *-* eu estou ansiosa então continua por favor


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