Fanfic:  O destino de Melissa. | Tema: Ela tinha sido comprada e depois chantageada...

_era  madelaine? O que houve?

_seu avô._respondeu Duarte agarrando seu braço  enquanto a guiava para o veículo._entre e ponha o cinto._ordenou ele  fazendo o mesmo, sem demora mel obedeceu.

_o que houve Duarte?

_seu avô... preciso que seja forte mel._fora tudo o que ele disse para desespero de mel, que estupefata  não conseguiu pronunciar nem mais uma palavra. Não muito demorou e ambos  já estavam em frente a mansão leopardi, e mel saiu correndo ao ver  Armand ser carregado  por enfermeiros para uma ambulância.

_vovô?.. vovô?.. o que houve?_perguntava mel desesperada enquanto adentrava a ambulância que sem demora partiu rumo ao hospital.  Ao seu lado  estava  madelaine que não parava de chorar, e mel sabia que Duarte os seguia com seu carro.

_o que houve madelaine? O que ele tem?

_  o câncer.. ele não agüentou mais e...

_câncer? Que câncer? Do que você está falando?

_o seu avo ele.. ele tem um..._a mulher n’ao conseguiu terminar, estava muito abalada.

_Você está louca, meu avô não tem câncer.. não existe homem mais saudável que Armand ouviu? Não existe!_ descontrolada, mel gritava quase agredindo a  pode senhora que cabisbaixa chorava  a soluçar.

_mel..._fora tudo o que a mulher  que soluçava conseguiu falar, e mel logo começou a imitá-la.

_acalme-se senhoras._pediu um enfermeiro, enquanto  tentava dar conforto a Armand.

_ não pode ser... porque ele nunca me disse nada?_e mel agarra a mão do avô com desespero._ por favor vovô, acorde, não deixe-me sozinha. Acorde..

Assim que chegaram ao hospital, armando fora levado a UTI . mel, madelaine e Armand tiveram que esperar noticias na sala de espera do luxuoso hospital.

_eu não entendo._disse mel um tempo depois a Duarte que não saia de seu lado. Madelaine por vez, estava rezando na capelinha do hospital. _ como nunca soubemos de nada? Quer dizer... esse tipo de doença é muito grave e com certeza  deixa  evidencias sobre o estado do paciente e..._as palavras morrem em sua garganta.

_mel.._ Duarte gemeu seu nome lamentando   a dor dela, como também o estado em que o melhor amigo encontrava-se, sem mencionar o arrependimento por ter compactuado para a ignorância em que mel  se encontrava.

Vendo o silencio  que Duarte encontrava-se, e no arrependimento mal ocultado,  mel  afasta-se, rezando para estar a imaginar coisas.

_Duarte... diga que não pelo amor de Deus.

_mel..._Duarte tentou aproximar-se novamente, porém mel cambaleia ao recuar novamente.

_não..._e mel desaba em choro novamente._ como pode?  Porque não me contou? porquê? Você não tinha o direito de esconder isso de mim. Ele é o meu avô.

_eu sei quem ele é.  Acha que compactuar das vontades de Armand  fora  vontade minha? _ele parecia irritado agora, porem, mais consigo mesmo que com ela.

_se não era vontade sua, por que escondeu?

_ Armand me fez prometer.

_ha claro!_ironiza mel._ e você como o seu cão fiel  logo foi acatando as suas ordens!

_você está nervosa mel, não faz idéia do que está falando.

_ai é que você  se engana! Eu sei exatamente o que falo, e o que eu falo é que por culpa sua o meu avô agora está morrendo._mel se alterou ao acusá-lo, e Duarte ficou ainda mais pálido ao ouvir a acusação.

_não sei porque eu ainda me surpreendo em ouvi-la me acusar, aliás, não é isso que você vem fazendo esses anos todos?  Me culpa por ser presa demais, me culpa por sua própria irresponsabilidade, me culpa  pela vida que tem, me culpa até por desejá-la.. agora quer me culpar pela morte de Armand.  O que acha que eu fiz? Que  eu mesmo coloquei um tumor dentro do seu avô?

_não! Mas se você tivesse me dito logo quando ele lhe contou, teríamos  procurado especialistas e.. e... _e mais uma vez mel desaba em choro  prolongado,  e mesmo no limite de sua fragilidade não aceitou quando mesmo contrariado, Duarte lhe ofereceu o ombro.

_se parasse de olhar um pouco para o próprio umbigo  teria conhecimento de que quando seu avô põe uma coisa na cabeça, ninguém  consegue  mudar sua opinião.  Mesmo que eu tivesse lhe contado acha mesmo que ele iria querer se tratar?  Quantas  discussões acha que  eu tive com Armand ao tentar convencê-lo a procurar um tratamento? 

E com olhos de um animalzinho ferido  mel o olha.

__ eu só queria ter ficado sabendo. Eu o amo Duarte.. ele é tudo o que me resta, a minha única família, como acha que eu me sinto por ele ter preferido esconder isso logo de mim?

-ele também a ama, muito mais do que você imagina mel, e foi exatamente por amá-la demais que Armand preferiu que você nunca ficasse sabendo de sua doença.

_que amor é esse que prefere me deixar na ignorância?

_ do que adiantaria  você saber se nada poderia fazer?   Isso apenas abalaria com o seu humor, e seus sorrisos sempre foi o que iluminou aquela casa esse anos,  que iluminou a vida de seu avô. E foi por você que ele  não quis  procurar tratamento para o seu câncer, porque quando ele descobriu o tumor  já estava em estado muito avançado, e ele preferiu passar o resto da sua vida  cuidando de você, estando mais próximo de você, planejando o seu futuro. Armand se lamentava por ter perdido toda a sua adolescência por sempre estar enfiado  nos escritórios, se não isso, por ai, bebendo  a morte de  Sophia  sua avó e Antony, o seu pai. Ele também  se lamentava por suas reclamações de estar muito presa,  aliás,  você é jovem.. linda, cheia de vida e encantadora, você merece conhecer o mundo e o mundo todo adoraria conhecer você mel, mas a sua exposição   tiraria a sua paz e a de seu avô._ e com as mãos enfiadas no bolso Duarte caminha  até uma janela, ficando de costas para mel._ Você   não saberia se defender desse mundo,  logo seria alvo de inimigos e interesseiros, homens que desfrutariam de sua beleza e juventude  interessados apenas em seu dinheiro,  e você é ingênua demais para distinguir estes tipos, é frágil e sensível demais para sofrer grandes abalos._Duarte parecia distante ao pronunciar aquelas palavras,  como se aquela opinião não fosse de Armand, e sim dele, mas isso não importava agora, aliás,  mel tinha plena consciência que ambos pensavam do mesmo jeito. Então  voltando a encará-la  Duarte continua._ Sem falar nos riscos que uma pessoa  conhecida  e rica sofre, e neste ramo bancário, o que não falta para Armand são inimigos.

_eu sei me defender..._disse mel  sem acreditar em sua palavras, na verdade sempre estava mais preocupada  em reclamar ao avô a vida  presa que vivia  a se interessar pelos motivos que o fazia  aprisioná-la tanto. Sempre achou que era por causa só do suposto casamento indesejado, mas..  Duarte parecia falar a verdade. E teve que admitir que no ultimo ano, em especial, armand tinha estado mais caseiro, Ou seja, mais presente na vida de mel._ eu sempre pensei que ele não me deixava sair porque... porque tinha medo que eu namorasse.. você sabe,  se eu me casar perderei o meu nome leopardi.

_esse era o menor medo do seu avô. E  enquanto a mim? Se seu avô tem medo que você perca o nome  leopardi, então porque ele  aceitaria o nosso casamento?

_sei lá.. porque ele devia pensar que me casar seria inevitável, e para que eu não caísse em mãos erradas,   já que eu ia me casar de qualquer jeito, que fosse com você, o neto que ele sempre desejou ter. _mel falou timidamente sem esconder o ciúmes que sentia da relação avô e neto de Armand e Duarte.

Duarte sorriu e aproximou-se de mel.

_mel, mel..  você é realmente um enigma minha doce mel. Tem uma imaginação muito fértil._ e volta a manter distancia entre ambos. _ há muito tempo  Armand deixou de se preocupar  com relação  a isto,  na verdade quem sempre se importou  com o seu futuro interesse em homens fui eu. Armand sempre soube que eu a pediria em casamento, nunca escondi dele que eu a desejava. Tanto é que seu avô  a educou muito bem, pois  você foi criada especialmente para mim, para ser a minha esposa, a anfitriã perfeita.

_a esposa sob encomenda. _falou mel com amargura._  criada especialmente para suprir a neceidade de um homem rico.  Agora eu entendo melhor  por que faz tanta questão que eu seja a sua esposa, aliás,  que outra donzela da alta sociedade aceitaria  um casamento de aparência não é mesmo?_ ironizou mel.

Mel pode ver os olhos de duarte soltarem faisca.

_muitas, muitas se matariam por esse papel  se você deseja saber. _retrucou ele.  E mel sentiu-se tola, mas era obvio... era só   lembrar de como as  mulheres  a olhavam com inveja  e a duarte com cobiça para  saber  quantas  daquela queriam ser esposa de um  homem  rico e charmoso  como ele. Um dos homens mais ricos do mundo.

_não nego que  ter uma  esposa tão bela e educada como você , seja  uma otima escolha de companheira para um homem da minha   pose social, aliás, eu realmente preciso de uma boa anfitriã, dou e vou a  vários jantares,  preciso sempre de uma bela mulher ao meu lado,  só  assim me verei livre das golpista, e  das revistas de fofocas que me inventam romances que muitas vezes nunca  vivi, sem contar que ter uma familia sempre e bom para fechar negócios, família trás credibilidade._falou como o eXecutivo que era, fazendo mel perguntar-se e ele possuia sentimentos. Pois tudo parecia n’ao passar de negócios para ele._ E tenho aboluta certeza que você com  sua beleza  e doçura  eXecutara seu papel perfeitamente, não há quem não consiga adorá-la.  porém não foi só por sua classe e beleza que eu a escolhi para ser minha,  saiba que há muitas filhas de empresários belas e qualificadas por ai._nesse momento, sentindo uma pontada de ciúmes, mel afasta o olhar para que duarte não percebesse sua inquietude. _  mas eu não desejo nenhuma como eu a desejo.  N’ao  penso na hipótese de ter outra  mulher.  

Meu corou ante a revelação. Não que ela não soubesse disso, ouvira  uma conversa há três anos em que ambos , duarte e armand,conversavam sobre o futuro dela, e Duarte citou em alto e bom som, que cuidaria em afastar os admiradores dela, mas na época, mel pensara que ele a queria só  por causa das empresas, pois assim ele ficaria  com o poder tanto de sua parte, como a parte de Armand que ela herdaria. Mas agora, Duarte revelou mais  pelo olhar que em palavras, que sempre a desejou.. como mulher.

_o que seu avô mais temia, era perder você._continuou Duarte talvez percebendo o embaraço dela,  voltando ao assunto central, fazendo mel agradecê-lo mentalmente. _ quando você sugeriu que queria aprender a dirigir, nunca vi Armand tão irritado em toda a minha vida. Seu avô   era um homem traumatizado por suas perdas..  ele perdeu o filho e a nora  em um acidente de carro, e tinha medo de perdê-la pelos mesmos meios. Assim como o fato de sempre mantida sobre forte proteção e fora da mídia foi por medo que você tivesse o mesmo  destino de Sophia ... _a voz de Duarte morreu como se ele também compartilhasse de tal medo.

_em um seqüestro certo? Eu não seu bem como vovó morreu, vovô proibiu falar  sobre esse assunto  na mansão.

_ a sua vó morreu após ser seqüestrada, estuprada  e esquartejada por inimigos de seu avô, mel.

A revelação chocou mel, que  sente o sangue lhe sumir. Sim, ela sabia que a avó fora seqüestrada  logo após a  chegada de seu pai ao mundo,  e que por  pura maldade  a mataram, mesmo depois de terem recebido o resgate. Mas também soube   que os criminosos foram pegos e presos.

_eu não sabia!_ diz  estupefata cobrindo a boca com uma das mãos . _não que fora esquartejada e estuprada... mas prenderam os criminosos certo? vovô disse que sim.

_ele disse isso?_riu Duarte sem humor._ pois não foi bem isso o que aconteceu.  Seu avô descobriu ao capturar e torturá-los para que antes que morressem  dissessem  quem eram seus mandantes... e tratou de lhes dar o mesmo destino que deram a Sophia.

_ oh.._mel estava horrorizada. _ ele fez isso?

_sim, e foi o certo a se fazer. _disse Duarte com ar de desdém, como se estivesse falando de mais um investimento.

_ concordo que o que fizeram com vovó fora horrível, mas.. a prisão não seria o suficiente? Quer dizer.. Deus se encarregaria de fazer com que pagassem por seus crimes.  Agindo desta forma, vovô se igualou a eles.. e...tornou-se um criminoso também.

_ele vingou a mulher que amava mel. Seu avô não conseguiria nunca mais dormir sossegado sabendo que quem matou Sophia estava vivo, mesmo preso, mas vivo.   E eu acho que ele fez o certo, eu também teria os matado.

Mel engole em seco pela expressão sombria de Duarte,  ela não duvidava que  ele realmente  teria coragem de matar alguém que destruísse seu grande amor. E resolvel mudar de assunto, não adiantava, ela e duarte não compartilhavam da mesma opinião. E insistisse seria uma batalha árdua e sem fim.  

_e eu digo isso, porque hoje eu sei que teria coragem de matar por muito menos...  tipo aquele Ian Williams,  não faz idéia de quantas vezes eu planejei sua morte, toda vez  que ele ousava desde a mão um centímetro abaixo de sua cintura naquele jantar. Ou quando ele a levou para almoçar.. e eu tive que me segurar para não matá-lo espancado naquele restaurante quando ele teve a audácia de  dizer que você se casaria com ele.

_você não teria coragem!

_ experimente esperançá-lo novamente, ai você verá do que eu sou capaz. Mas antes de matá-lo eu a esgano por ter encorajado-o.

Mel engoliu em seco frente a ameaça.

_você é um bruto!

_vá se acostumando, não costumo  ser sensível  quando cuido do que me pertence.

_mas eu não o pertenço! Odeio quando fala assim.. como se eu fosse mais uma propriedade sua.

Mal terminou de falar e Duarte  a agarra pelos ombros.

_não ouse voltar atrás com o   casamento.  Há um limite para se fazer um homem de trouxa mel, e você já estipulou este limite  há anos!

Antes que mel pudesse dizer algo, o médico entra na sala.

_senhorita  melissa leopardi?

_sim?_ mel aproximou-se do médico assim que as garras de Duarte a soltaram. Tinha que ficar longe daquele homem, o que houve com ela para aceitar aquele pedido de casamento?  Era uma fraca.. seu corpo  era um poço de luxuria isso sim, como escaparia de Duarte agora?  Bem,  teria de pensar nisso depois. E voltando ao médico concentrou-se.  seu avô era o foco agora._ como ele estar? Diga que estar bem por favor.

_diga doutor. _pediu madelaine que acabara de adentrar a sala.

_as noticias infelizmente não são nada boas.   O estado dele é... muito grave. Infelizmente não há mais nada que possamos fazer.

Se não fosse pelos braços de Duarte, mel com certeza teria desabado no chão.

_não... _emitiu um grito rouco. _vovô..

_sinto muito ter que lhes dar essa notícia. 

_mas.. ele já...?_perguntou Duarte com também lágrimas nos olhos.  Era a primeira vez que mel o via demonstrar fraqueza.

_não.  Ele pode ter alguns minutos... talvez. E a chamou já duas vezes senhorita, ele quer se despedir.

_eu vou. _disse mel tentando recompor-se.

Assim que fora guiada para o quarto onde Armand se encontrava, mel  pediu   privacidade. Armand encontrava-se deitado, já muito pálido, várias agulhas e tubos preenchiam seu corpo.

_vo..vovô?_ mel não conseguiu disfarçar nem conter a voz chorosa.  Com dificuldades Armand abriu os olhos.

_mel.._ele parecia feliz em vê-la. _minha preciosa.._ ele falava com dificuldades. E mel toma uma de suas mãos entre as suas e a beija.

_estou aqui vovô.  _ e logo ela começou a soluçar compulsivamente.

_não.. não chore._pediu ele, fazendo-a encará-lo._eu.. eu gosto do seu sorriso.

E mel tentou sorrir enquanto  passava seus dedos finos e trêmulos na testa do avô.

_não consigo sorrir vendo-o aqui.  Porque não me disse nada vovô? Tínhamos que ter lutado por você.. não percebe que eu não vou agüentar sem você?

_não... não diga isso. Você é mais forte que eu pensava._ Armand estava com muita dificuldade para formular cada palavra, sem forças, pausava  em cada silaba, como se só em abrir a boca tomasse todas as suas  poucas energias. _ me orgulho de você querida. .. me... me desculpe por tudo... eu fui.. um..péssimo avô.

_não.. não diga isso, você foi o melhor, o melhor de todos, eu é que não percebi isso...  me desculpe vovô.

_ eu... eu só queria o seu bem... só queria que.. que você ficasse bem...

_oh vovô, eu sei, agora entendo tudo. Por favor não fique com remorsos.. lhe sou tão grata por tudo.

_mel..._Armand já parecia incapaz de falar  algo mais.

_não!  não me deixe... por favor. Não me deixe sozinha.

_du.. Duarte. Ele cuidará de você.  Ele a... ele a...am.._ então, de repente  Armand  apaga, e sua  morte fora confirmada pela máquina que  insistiu no velho. Piiiiiiiiiii.....