Fanfic: Crazy (Laliter) | Tema: Laliter

Ela me deixava totalmente confuso! Uma hora ela saia à noite e só voltava de manhã, outra ela vinha e me beijava, me provocava e ia embora. Um dia desses perguntei a ela se ela saia com outros caras quando estava fora e ela respondeu simplesmente: “não, eu saio com minhas amigas. nós dançamos, bebemos, e depois vamos para a casa de Euge. De manhã ela tem que trabalhar aqui perto então me larga em casa”. Eu acreditei. O problema é que quando ela me olha com aqueles olhos cor de âmbar, me dá seu sorriso tão lindo, eu não posso fazer outra coisa além de sorrir e concordar com o que ela me fala.

Estava na empresa, agora não havia nenhum compromisso para mim, eu girava em minha cadeira, pensando nela e em toda esta confusão que ela fez a minha vida se tornar. Meu telefone toca. Gastón.

---- Hey viado! Pode me fazer um favor? Busque Lali no curso e traga para cá, é que eu estou meio han... Ocupado me entende?

---- Sim tudo bem Gás.

---- Valeu cara, você é demais!

Eu sei muito bem as ocupações de Gastón, ele esta escolhendo as modelos para a coleção.

Pego o carro no estacionamento.dirijo em direção ao curso de Lali. Olho no relógio e vejo que sai cedo demais da empresa. Lali só solta daqui a meia hora. Pego um livro no porta- luvas do carro e começo a ler.

Passou-se um tempo quando escuto vozes saindo do prédio onde Lali faz o curso. Não demora a ela sair de lá com alguns amigos em volta. Ela se despede de todos, menos de um. Ele era bem alto, quero dizer, perto dela. Ele a prensou numa parede e sorrindo ele a beijou.

Meu sangue congelou e meu coração parou. Meus olhos ardiam de presenciar tal visão.

Suas mãos, as pequenas mãos que eu tanto adorava estavam nos ombros dele. Ele segurava a cintura dela como eu fazia. Provavelmente porque ele sentia o mesmo desejo que eu ao tocar meus lábios nos dela. O desejo do mais. De te-la mais perto de fundi-la junto a você até se tornar um.

Reprimi a vontade de gritar como um animal e sair correndo na direção dele. Bater nele e dizer que ela era minha. Mas o problema era: ela não era minha. E pelo visto nem de ninguém. Resolvi agir normalmente e buzinei. Os dois se separaram e ela olhou para a esquerda rapidamente, como se para garantir algo, então olhou na minha direção. Ela pareceu realmente surpresa ao ver-me, mas não demorou a sua feição voltar ao normal. Ela se virou para o rapaz que antes beijava e disse algo. Provavelmente “minha carona chegou” ou algo assim. Ela o deu um selinho rápido e correu em direção ao carro.

Quando ela entrou estava corada e realmente envergonhada. Acho que ela não queria que eu visse a cena, ela queria continuar me fazendo de bobo, me fazendo criar ilusões. Acho que entendi o motivo dela escolher a música Crazy do Aerosmith para tocar na nossa dança. Porque aquela música fala dela. Ela que faz joguinhos perversos, que pensa em outro quando esta comigo.

---- Porque veio? ---- Pergunta tentando agir naturalmente.

---- Porque, esta surpresa? ----- Pergunto sem conseguir controlar minha raiva.

---- Peter, eu já deixei claro que... ---- Ela tenta me explicar parecendo realmente nervosa, mas eu a interrompo.

----- É eu sei, eu sei. Você e eu não temos nada. Você disse a mesma coisa para ele? ---- Pergunto com um certo tom de ironia em minha voz. Ela demora o que para mim parece uma eternidade e então sibila um “não”.

----- Então ele é seu namorado? ---- Pergunto apertando com tanta força a direção que os nós de meus dedos chegam a ficar brancos.

---- Quase. ---- Sussurra. Ela parecia triste.

Não falei mais nada depois disso. A levei em direção a empresa e ao estacionar o carro, bati com força a porta. Ela deu um pequeno gritinho de susto. Pareceu ficar irritada também e bateu a porta com mais força que eu. Ela foi andando furiosamente até o elevador que tinha do lado do estacionamento. Corri para alcança-la e entrei junto no elevador.

---- Você é tão infantil! ---- Ela comentou.

---- Eu sou infantil? Você é que não consegue manter um relacionamento serio com alguém!

---- Eu deixei bem claro para você que o que nós tínhamos não passava de diversão Peter! ---- Agora nós dois gritávamos.

---- Diversão só para você não é Lali? Porque em casa você é minha no curso você é daquele cara que eu nem sei o nome e na rua é aonde? Ou não tem ninguém específico, você vai com o primeiro que aparece? ---- Esbravejo e ela me da um tapa na cara.

---- Não ouse falar comigo desta forma Peter Lanzani! Você não sabe nem da metade da minha vida para me julgar!

---- Você me bate porque sabe que estou certo não é? Que você realmente faz isso. Você usa sua beleza para persuadir os homens!

---- Ah, não seja ridículo Peter! Agora eu sou culpada por querer aproveitar a vida?

---- Ridícula é você porq... ---- Paramos de discutir, pois as portas do elevador se abriram e várias pessoas nos olhavam de olhos arregalados. Saímos do elevador já que já chegamos no nosso andar. Chego na mesa de Paula e falo: ---- Pode levar a senhorita Espósito até a sala onde Gastón esta escolhendo as modelos? ---- Olho para Lali, ela esta com os braços cruzados, a uns dez passos de mim com os olhos marejados. Quando ia dar as costas acrescento: ---- Bata na porta antes.

Entro em minha sala e ligo o som no máximo com a música In Bloom do Nirvana. Jogo tudo de cima da minha mesa no chão e grito, me descabelo, quebro tudo. Por ultimo eu choro como um garotinho perdendo o primeiro amor. Sim, amor.

Ooi, daqui a pouco eu posto na outra ta?! agr eu tenho q fazer um trabalho :S COMENTEM