Quando a ligação acabou eu não conseguia pensar em nada. Acredito que se eu parace para pensar podia ser tarde. Agora era o momento onde eu deixaria de ser o Peter controlador e certinho. A vida da Lali estava em risco. Voei em direção do elevador e a ultima coisa que escutei Paula falar foi: - Mas e a sua reun... - Depois as portas de ferro se fecharam.
Quando enfim cheguei ao estacionamento, um frio me subiu a espinha. Ele estava vazio. Levei o carro com cautela até uma vaga e quando estava quase saindo do carro meu telefone toca. Nem penso duas vezes em atender.
- O que vocês querem? - Pergunto afoito.
- Ei é assim que você atende o telefone para os amigos agora? - Pergunta Gastón com um tom divertido na voz. - Escuta, você sabe onde a Lali esta? Faz tipo, umas duas horas que eu acordei e ela ainda não chegou, sera que ela dormiu no Guilherm...
- O Guilherme esta morto Gastón e a Lali também vai estar se você não me ajudar. - Falo o mais claro que posso. Escuto Gastón respirar proofundamene do outro lado da linha e sei que ele esta quase chorando. - Guilherme morreu ontem a noite e parece que o responsável sequestrou a Lali esta manhã. Eu estou aqui onde eles me mandaram vir. Não chama a polícia, ta muito tarde pra isso. Só quero que você tente se lembrar se a Lali não tinha nenhum inimigo antes. - Ele suspira para acalmar os soluços que escutei enquanto falava. Na verdade nem eu sei porque não estou chorando.
- Não sei, Lali me contou que quando nós fomos embora ela ficou popular então talvez tivesse inimigas, mas nada que passasse de invejinha de adolescente. - Falou meio soluçante ainda.
- Vamos Gastón, tem que ter alguém! - Grito desesperado e sinto as lagrimas escorrerem. O tempo estava passando e não tinhamos nenhuma pista de onde ela podia estar. E ainda por cima aqueles desgraçados não apareciam.
- Tudo bem. Mamãe falou que Lali se metia com gente barra pesada um tempo. Ela namorou uns caras assim mas nunca foi nada de mais de uma semana. - Suspiro.
- Isso não ajudou muito mas tudo bem. Me ligue quando pensar em algo a mais.
- Peter é melhor eu te... - Desliguei. Se era para me arriscar eraa melhor que fizesse sozinho.
Antes que eu pudesse piscar uma van preta entra no estacionamento e estaciona ao meu lado. Dois homens encapusados me seguram, enquanto tento me soltar eles botam um saco na minha cabeça e começam a me socar. Sinto tudo dentro de mim ser esmagado junto com a esperança de ver Lali novamente.
Acordo deitado num piso humido e gelado. O lugar esta um verdadeiro breu e a unica luz que sai são de pequenos buracos no teto. Aos poucos percebo que minhas mãos e pés estão amarrados. e mesmo que eu tente me mexer, tudo em mim dói muito. A porta se abre, e pela minha visão embaçada e meu pessimo angulo de visão, só consigo ver botas negras vindo em minha direção.
- Ola princesa, dormiu bem? - Pergunta a mesma voz do telefone com irônia.
- O que você quer seu idiota? - Tento me mexer para ve-lo melhor, mas o movimento brusco me faz sentir meus orgãos sendo esmagados dentro de mim. Solto um gemido alto de dor. O outro gargalha.
- Cuidado para não se machucar Romeu. Parece que eles te deram uma bela de uma surra não é? - Pergunta se abaixando na minha direção. Seus olhos verdes me olham de um jeito presunçoso. - Ela vale tanto a pena? - Não respondo. Ele só queria me enrolar. Ele levanta e se afasta de mim. - Eu sei que vale. O problema é que ela so usa você. Ela espera você estar perdidamente apaixonado para te deixar, porque você não é mais util.
- Parece que alguém teve o coração partido. - Digo irônico. Grito de dor, ele chuta minha perna.
- VOCÊ vai ter a perna partida se não calar a boca! - Diz agressivo. - Mandem chamar a garota antes que eu perca a paciências! - Grita abrindo a porta.
Não demora para dois homens sairem da porta, um com uma cadeira e corda na mão e outro com Lali. Ele a arrastava pelo caminho. Ela parecia tão fraca que doia.
Eles a colocaram sentada na cadeira e a amarraram. O psicopata andou na direção dela com um sorriso amargo nos lábios. Mesmo sem dizer uma palavra, eu e Lali mantinhamos o olhar firme um no outro, porque um era tudo o que o outro precisava ver para estar bem e saber que ela esta viva me deu mais esperanças.
- Vejam se não é a estrela da história! - Exclama com o mesmo tom de irônia que usou comigo. - Eu devo te agradecer aliás,Mariana por me dar a chance de conhecer... Pitt, não é assim que você o chama? Ele é um rapaz realmente muito simpático, Um pouco mal educado é claro mas isso vem de casa. - Lali sorri de um jeito feliz que me deixou espantado e pelo visto ao homem também.
- Ele é lindo não é? - Diz sincera. Fico vermelho mesmo sabendo que nenhum dos dois esta me olhando. Eles estão com os olhos fixos um no outro, como uma batalha de quem é o mais forte.
- Lindo como os outros. - Diz serio antes de virar de costas para ela. O sorriso de Lali some e ela me olha assustada.-Mas essa sua história de querer fugir vindo para NY foi realmente desnecessaria Lali. Apenas atrasou um encontro inevitável. - Ele continuava de costas para ela mas tinha um sorriso presunçoso no rosto. Lali sorriu daquele mesmo jeito de antes.
- Vai dizer que você nã adorou brincar de caça ao tesouro comigo,Benjamin? - Em um piscar de olhos ele para na frente dela com o rosto a centimetros do dela, o que me faz me remexer desonfortavel.
- Você é patética! - Lali levanta o queixo e fixa seus olhos nos dele.
- E você me ama. - Sussurra sem precisar perguntar. Ele abaixa a cabeça sem conseguir manter o contato visual.
- Verdade. - Fala alto o bastante para que eu escute. Suspiro.
- Será que pode me falar o que você quer? Eu estou tipo, a uma hora amarrado aqui e ainda não sei porque disso tudo. Mal consigo me mexer de tanto que vocês me bateram.
- Não se subestime Juan, eu não te subestimei. - Diz apontando para as cordas. - Mas bom, respondendo a sua pergunta. Você esta aqui para finalmente saber a verdade. Ela tem escondido muitas coisas de você. Mas foi tudo para sua proteção. Você devia ter agradecido ela e deixado ela em paz quando ela pediu.
- Como assim escondendo coisas de mim? - Pergunto tentando me sentar.
- Mariana saiu de casa por minha causa. E ela veio aqui apenas para escapar...
- Não é verdade. - Ela o interrompeu. - Eu vim para cá também... - Ela parou e respirou fundo. - Porque eu acho que nunca consegui superar realmente o que eu sentia por ele. Peter foi o unico homem que eu amei e não me amou de volta. - Em um passo Benjamin já estava ao lado dela novamente.
- Então você resolveu arranjar mais uma vitima só porque ele não te quis? - Pergunta com certa raiva na voz.
- Está tomando as dores dele Benja? - Pergunta franzindo o cenho em falsa surpresa
- Não. Estou só comprovando que você é uma tremenda vadia. - Conclui sorrindo.
- CALA BOCA IDIOTA! - Grito.
- Não sou eu o idiota aqui meu caro! - Fala ele com o tom de voz um pouco mais baixo que o meu. Ele me olhou um tempo antes de andar na minha direção e desamarrar minhas cordas, fazendo o mesmo com Lali. Ele sabia que estavamos muito fracos para tentar qualquer coisa. - Agora eu quero que você - Aponta para Lali - conte toda a verdade para ele. AGORA! - Grita o final.
- Não sei exatamente o que você quer que eu conte. - Sussurra com lagrimas caindo em seu rosto.
- Tudo basicamente.
- Por onde você quer que eu comece? - Pergunta olhando para ele irritada.
- Comece como quando nos conhecemos. - Sinto um aperto em pensar nela com outro, mesmo ja tendo visto isso. Pensar nela com esse psicopata me dava enjoo.
- Conheci Benjamin numa festa para maiores que umas amigas minhas conseguiram entrar. Nós dois ficamos conversándo um tempo até que eu disse que não tinha dezoito anos e que ainda estava no ensino medio. Ele pediu o nome da escola para poder me visitar um dia e eu dei. As semanas foram se passando e todo o dia ele me buscava na escola e me levava para sair. Então começamos a namorar e eu vi que ele não tinha um trabalho comum. - Benjamin deu um riso fraco que Lali ignorou. Ela falava tudo olhando atentamente para mim, sem parar de chorar. - Ele era um traficante, muito rico aliás. Era tipo uma máfia russa que passava pelas gerações. Na hora eu não me importei porque isso não influênciava nosso relacionamento, mas uma amiga minha descobriu e contou para os meus pais, que nos proíbiram de namorar.
- Então ele era o namorado que Gastón falou que sua mãe disse que era barra pesada mas que não durou uma semana? - Pergunto começando a ligar os pontos.
- Sim. Foi isso que eles achavam, continuamos a nos encontrar as escondidas.
- O que só tornava tudo mais divertido. - Disse ele com malicia na voz. Mais uma vez Lali ignorou.
- O problema foi quando ele começou a se tornar conpulsivo, obcecado. Passava dias longe e mandava pessoas me vigiarem sem eu saber. Quando eu vi fotos minhas no meu cotidiano na casa dele decidi terminar. - Benjamin deu um riso sem humor.
- Eu não era obcecado. A culpa não era minha se você dava pra qualquer um! - Ele grita com ela.
- Isso é o que você achava. - Ela falou normal sem olhar para ele. - Na semana que eu ia terminar, - Continua. - eu tive um atraso, fiz o teste e descobri que estava gravida. - Fala com a voz rouca e solta um soluço antes de cair no choro outra vez. Benjamin abaixa a cabeça, incapaz de olhar para ela. Sinto um nó na garganta. Lali... gravida? - Eu não podia ter um filho, não com o Benjamin e não aos 17 anos.
- Você matou nosso filho. - Diz ele com amargura.
- Ele não era nosso filho ok? Ele era apenas um caroço na minha barriga! - Diz quase gritando. Ele ruge¹de raiva e olho para Lali com medo. - Eu fiz aborto. As vezes fico pensando como seria se não o tivesse feito, mas na hora não pensei, não havia outra opção. Então aproveitei que benjamin tinha saido da cidade e o fiz. Mas o problema...
- O problema, - Benjamin a interrompeu. Andando em sua direção. - foi que eu descobri, não é Lali? - Ele queria que ela sofresse. Ele queria que ela relembrasse cada lembrança ruim, por isso a fez contar tudo.
- Exato. E eu simplesmente não podia mais guardar isso só para mim. Tive que contar para os meus pais. Mas quando cheguei lá eles tinham descoberto por verem um papel no meu quarto do lugar do aborto, então eu vim para cá.
- Eu não contei, eles descobriram. - Admitiu. Rimos. - Mas a verdade é que não sei se conseguiria esconder algo tão importante deles. Mesmo que isso me fizesse sentir nojo de mim mesma. Não podia esconder.
- Não aguento mais isso. - Disse Benjamin andando até a porta. - Quando eu voltar, espero que ele ja saiba de tudo me entendeu? - Perguntou apontando para Lali antes de sair.
- Por isso não queria que ligassemos para seus pais? Para que não contassem tudo? - Pergunto tentando entender assim que Benjamin sai.
- Sim
- Mas de quem você disse para eles que era o filho?
- De um garoto da escola, não falei o nome para não procurarem alguém e descobrissem a verdade. Depois que eu vim para cá comecei a receber sinais de que Benjamin estava me seguindo. Primeiro veio uma foto nossa naquele bar, assim que voltamos para casa. Junto com ela tinha uma ameça dizendo que eu pertencia a ele e que era melhor eu acabar logo com isso. - Parou para limpar as lagrimas.
- Por isso disse que não se lembrava de quando fomos para o Central Park, para mim não me envolver.
- Lali. - A chamo após um tempo enquanto ela lavava a louça. Esperei ela me responder um “hã” para prosseguir. - Precisamos conversar. - Repeti as mesmas palavra que havia dito a alguns dias atrás. Algo me dizia que não seria a ultima vez que a diria, enfim.
- Ai Peter, de novo isso. Qual o motivo desta vez? - Perguntou com um prato molhado na mão enquanto se virava na minha direção.
- Como o que é dessa vez? - Disse parecendo realmente irritado. - Lali, e o que aconteceu ontem?
- É disso que você quer conversar Peter? O que houve de tão incrível ontem que você queira tão desesperadamente conversar?
- O problema foi que eu me envolvi. - Disse sem me olhar nos olhos. Ela deu um sorriso triste. - Então eu comecei a sair com outros garotos, cada um em uma semana para despistar a atenção de Benjamin de você. Então ele começou a me ligar.
- Lali? Escute bem, não pense que fugindo para outra cidade ou mudando de telefone você vai poder fugir de mim. Você sabe muito bem que não pode. Eu sei o que você anda fazendo, é melhor você parar ou sabe o que pode acontecer! - Disse do outro lado da linha uma voz grossa e irritada.
- Ei babaca, quem é você e porque esta ameaçando Lali? - Perguntei bravo.
- Quem é VOCÊ? Mais um dos namorados dela? Cuide-se meu caro, tanto com ela quanto comigo.- E desligou.
- Então aquele dia no telefone eu tinha falado com o Benjamin? - Pergunto mais para mim mesmo. Lali franzi o cenho mas assenti.
- E mesmo que eu tentasse, eu não conseguia me afastar de você. Benjamin viu isso e foi me procurar no curso dizendo que ficar com o Pablo não mudava o fato... - Ela engasga e para de falar. Me arrasto para perto dela e a incentivo.
- O fato...? - Ela suspirou e me olhou com os olhos marejados.
- O fato de eu estar apaixonada por você e de que ele te odiava por isso.
- Apaixonada? - Pergunto com certeza com um sorriso bobo nos lábios.
- Desde sempre, só não quis adimitir. - Disse também sorrindo.
- Mas eu não posso acreditar Lali, esse pirado foi atras de você e você não chamou a polícia?
Apareço no curso de Lali, ela não estava na entrada como eu havia solicitado. Já disse que odeio quando as coisas não acontecem como quero?
Entro dentro do prédio e logo de cara já esbarro em alguém, um homem alto e forte. Peço desculpas e sigo andando pelo corredor até ouvir soluços de uma das salas, entro e encontro Lali, com as bochechas úmidas e o nariz vermelho. Ela olha para mim surpresa e trata de secar as lagrimas que caiam pelo rosto.
- Provavelmente você passou por ele e nem notou. Benja estava sempre em todos os lugares, mas ninguém nunca acha ele, a não ser que ele queira ser achado.
- E os machucados no seu corpo?
- Capangas. - Disse sorrindo triste.
- Não posso acreditar, como ele pode dizer que te ama se faz isso com você? Como...como ALGUÉM tem coragem de fazer isso com você Lali? - Pergunto incredulo me esforçando para chegar perto dela, mesmo com as dores.
- Benjamin não me ama a muito tempo. O que ele tem é obceção, paixão por vingança. Por isso estamos aqui. E além do mais ele provavelmente não sabe que os idiotas bateram em mim.
Ela sai do banco onde estava sentada, e vejo uma careta passar por seu rosto antes de ela sentar ao meu lado e acariciar meu rosto.
- Mas me sinto feliz por não ter mais que fingir o que sinto por você Peter. Por não ter que me controlar cada vez que tocar em você. - Disse com o rosto proximo ao meu.
- Agora sera que conseguiremos ser felizes? - Pergunto roçando meu nariz em sua bochecha.
- Sinto te dizer que é provavel que não saiamos vivos daqui.
- Não pense assim Lali. Façamos o seguinte, se sobrevivermos, e VAMOS. - Afirmo quando vejo que ela vai me contradizer. - Eu levo você para um encontro, e um de VERDADE dessa vez.
- Dançaremos? - Pergunta sorrindo, e sinto minha garganta se fechar. Imaginar se essa fosse a ultima vez que eu visse o sorriso da Lali...
- Todas as músicas que você quiser. - Afirmo vendo as lágrimas que eu segurava rolaarem pelo rosto de Lali.
- E veremos o por-do-sol?
- Todos os dias. Se sairmos daqui vivos, eu nunca mais vou deixar você fugir pequena.
E ela se aproximou mais de mim. Roçando seus lábios nos meus. E então nos beijamos, como se fosse a primeira vez, pela ultima vez. Aquele formiamento na ponta dos meus dedos que vai ate meu coração, o sorriso de ambôs enquanto dos abraçavamos, sem ligar para os machucados. Apenas aproveitando o momento em que as coisas em fim se acertaram e que agora, enfim, um pertence ao outro.
A porta se abre num rompante e nos separamos. Nosso ultimo beijo interrompido por um psicopata, que legal.
- Basta disso, é so dar um tempo para vocês dois ficarem sozinhos que ja começam a se agarrar, que ridículo. - Diz Benjamin já entrando extressado.
- Ridículo? Olha quem fala. - Digo provocando-o. Ele me puxa pelo braço e me joga do outro lado da sala, perto da janela.
- Fique calado idiota. - Diz andando na direção da Lali e fazendo o mesmo com ela, mas com menos agressividade. Ele a poe sentada na cadeira novamente. Ela olha para mim com certo desespero. Nenhuma promessa valia agora, que estava chegando nossa hora. Benjamin foi respeitoso no fato de, pelo ao menos, me deixar saber o motivo de minha morte. Mas um infâme por matar a mim e a Lali pelo simples fato de seu amor não ser correspondido.
Benjamin atravessa a sala, e vejo que ele tem uma arma nas mãos. Ele esta botando as balas. Escuto barulho de pneus vindo do lado de fora, mas sou o unico por estar perto da janela. Olho entre as frestas das madeiras e vejo três viaturas da polícia cerca de cinco andares abaixo de nós. Mesmo que eles viessem, não daria tempo. Benjamin ja terminou de por as balas e esta vindo na minha direção. Ele para na minha frente com as pernas abertas e os braços esticados, o cano da arma quase batendo na minha testa.
- Adeus Romeu. - Sussurra.
Olho para tras, como que para que Lali seja a ultima coisa que eu veja, e me surpreendo ao perceber que ela esta levatada, tentando pegar a cadeira entre as mãos, talvez dê tempo.
Dou um soco no meio das pernas de Benjamin com o que resta de força e ele solta a arma, cambaleando para tras. Lali enfim consegue segurar a cadeira e a quebra na cabeça dele o fazendo cair desmaiado. Me jogo no chão cansado demais para me sustentar. Ouço passos vindos proximos a porta e sei que os policias entraram. Eles vão poder cuidar da Lali.
Abro os olhos e sou quase cegado pela luminosidade do lugar. A primeira coisa que percebo é que estou num hospital. A segunda é que Gastón esta do meu lado, com uma cara nada boa.
- Quem diria que eu ia ter que salvar sua vida ein? - Disse sem nem um pingo de humor na voz.
- Porque estou num hospital? - Pergunto tentando me lembrar.
- Porque os capangas do ex-namorado da Lali simplesmente quebraram a sua cara, sendo que eu é que deveria fazer isso. Mas agora que você esta numa cama de hospital todo enfaixado eu não consegurei. - Diz simplesmente. Olhando nos meus olhos e então sei do que ele esta falando.
- Você soube.
- Ficou tudo muito claro depois que você me ligou. O fato de Benjamin ser um ciúmento e de ele querer se encontrar apenas com você. Isso queria dizer que você e Lali tinham algo, mas mesmo assim quando ela me contou eu fiquei surpreso.
- Porque ele mandou o Peter lá e não eu Mariana? - Pergunta Gastón alterado.
- Porque ele tinha ciúmes do Peter. - Respondeu normal desviando os olhos dos de Gastón.
- Ele tinha motivos para isso?
- Talvez. - Disse dando passos para tras. Ele andou na direção dela.
- Olhe nos meus olhos Mariana, - Disse puxando o queixo dela e ela o fez. - Você estava fodendo com o desgraçado do Lanzani? - Pergunta com a voz baixa mais amedrontadora, poucas vezes Lali o viu assim.
Ela não respondeu. Ele chutou uma cadeira ao seu lado com raiva.
- Desgraçado! - Exclamou virado de costas para Lali. - Aquele filho da puta olhou nos meus olhos e disse que não estava trepando com você. - Ele se virou para Lali. - Mas deve ser esse negócio que você faz que você não consegue olhar para UM CARA SEM QUERER TREPAR COM ELE! - Gritou o final com o rosto proximo do dela. - Por quanto tempo vocês iam me enganar? Se pegando no quarto ao lado. Você ficava com ele enquanto namorava o Guilherme?
- Não. - Ela respondeu como se aquilo fosse absurdo.
- Pelo ao menos isso não é? Não morreu corno! - Lali começou a chorar e Gastón tentou se acalmar. Havia tocado na ferida dela. - Meu melhor amigo transando com a minhaa irmã, tudo bem. - Disse tentando entender de maneira mais racional possível. - Vocês pelo ao menos se gostam?
- Sim, claro. Não tentariamos se não gostassemos. Você já ia ficar sabendo Gastón, mas tudo ficou tão confuso que...
- Tudo bem, vamos ver o filho da puta no hospital.
- E aqui estou. - Disse Gastón após a explicação.
- De verdade você me chamou de filho da Puta? - Pergunta Peter.
- Na hora eu não pensei na sua mãe, sinto muito, ela não é puta. - Disse como se se redimisse de alguém que nem estava presente. - Lali quer te ver, e de verdade eu ainda não estou preparado para ver vocês dois juntos então, Tchau. - Disse se levantando da cadeira onde estava e saindo.
Não demorou muito para Lali entrar. Com o lábio cortado e alguns roxos nos braços, ela ainda sim parecia bem, provávelmente melhor do que eu. Ela, ao contrario de Gastón, senta-se na cama, ao meu lado. - Até porque ia ser meio estranho Gastón sentando-se tão proximo a mim, sendo que estava a ponto de matar-me.
- Você dorme ein? - Disse sorrindo. Essa era uma otima forma de cumprimentar alguém que esta no hospital, sem sombra de duvida.
- Por quanto tempo dormi?
- Uns três dias. - Disse se inclinando e me dando um selinho.
- E essas olheiras debaixo dos seus olhos quer dizer que você ficou todo esse tempo no hospital esperando eu acordar? - Pergunto sussurrando por nossa proximidade. Ela arregala os olhos com falso desespero.
- Elas estão tão obvias assim? Vou tentar caprichar mais na maquiagem na proxima vez! - Demos risada e ela me beijou outra vez.
- Então, porque você esta aqui?
- Porque seu médico disse que você teria alta assim que acordasse, e além do mais, você fez uma promessa. - Ela sorriu para mim e nos beijamos de novo, e de novo.
- Então eu não estou tão ruim assim? - Pergunto finalmente.
- Ah você está péssimo! - Diz cínica outra vez. - Só estou te beijando por pena, por que você está a beira da morte. - Me deu outro selinho. - Pobre. - Outro. - Vou te esperar la fora ok?
- Ok. - Digo recebendo mais um beijo e vendo ela saindo.
Depois de me vestir e falar com o médico, sai do hospital e vi Lali com os cabelos presos e oculos escuros no rosto. Gastón estava dentro do carro com o rosto virado para o outro lado, ele ainda não era capaz de nos ver juntos.
- Você esta pronto? - Me pergunta estendendo a mão.
- Como jamais pensei estar. - Digo pegando a sua mão e apertando, pra nunca mais soltar.
E lá fui eu, viver minha vida com a mulher com quem eu queria ser surpreendido todos os dias, pela qual eu arriscaria minha vida, e mataria alguns pelo caminho também. Aquela pela qual eu sempre terei tempo de me embebedar junto. A mulher com a qual sou capaz de dançar até amanhecer, só para ver seu sorriso. Aquela que sentará comigo todo o fim de tarde para ver o por-do sol na grama do central Park. A que vai me deixar arrepiado ao sussurrar David Bowie no meu ouvido. A pessoa que me melhorou, me mudou, pra sempre. A que eu nunca vou esquecer.
Eu sai daquele hospital com a certeza que eu passaria o resto da minha vida com a mulher que me deixou maluco, who make`s me Crazy.
FIM.
Bom, como começar, são cinco e meia da manhã mais ou menos e eu fiquei uns 2o minutos olhando pra tela do computador sem acreditar que eu enfim terminei. Espero que eu não tenha decepcionado vocês com o final, eu não imaginei nenhuma forma melhor de terminar essa web como com um, vamos dizer, ponto de interrogação. Fica o mistério do futuro mas a certeza do presente, e é isso que importa.
Enfim, explicando alguns acontecimentos. O fato do Gas ter descoberto do Peter e da Lali tão em cima da hora, era que eu nunca consegui achar um momento pra ele descobrir, até que eu percebi "Puta que pariu é o ultimo capitulo e o Gastón ainda não sabe" daqui eu tive que dar essa felicidade ao pobrezinho.
O fato do Guilherme ter morrido não era planejado, eu achava que no inicio ele ia ser chutado que nem os outros, mas o fato é que Guilherme surgiu do cara que eu gosto, um FDP que me botou na friendzone pra sempre, então, quando ele começou a namorar uma vadia ae, eu matei ele.
O fato do Peter ter sofrido que nem o cão se resume nessa frase: "Be cruel to me, cause i am fool for you" Ou seja, seja má comigo, pois eu sou louco por você. É o amor gente, não se descute com isso.
O motivo da Lali ser tçao puta? Bom 1- Porque eu quis. 2- "Porque ela tem cara de quem só diz: Querido eu fui feito para partir seu coração." (As duas frases que estão entre aspas são da música Suck it and see - Arctic Monkeys, muito boa, vale a pena. Porque ela ta aqui? Porque eu to escutando agora :D)
Não sei quando vou voltar a escrever de novo, porque vai começar minhas aulas e como eu sou "muito responsavel" pra postar capitulos, eu resolvi não decepcionar vocês. Obrigada a todas (ou todos, pelo nomes de vocês não da pra saber o sexo, sorry) vocês me divertiram muito com os comentários de vocês e me deram muita motivação pra continuar postando. Serio galera, eu nunca escrevi na minha vida, sempre tive vergonha de mostrar pra alguém e ninguém gostar e o apoio de vocês foi muito importante pra mim.
Por ultimo, little bitches, se vocês escrevem alguma web, botem o link nos comentários pra mim ler okay? (obs sou fã de a culpa é das estrelas, se vocês tb já leram vão ver uma cena bem ACEDE ae nesse capitulo)
BJUUUUSSSSS MEU AMORES, AMO OCÊEZ, ATÉ A PROXIMAAAAA!!!
srta.lanzani
rcidinha
jucinairaespozani
lala
viilaliter
lary_laliter
sofiasouza
laliterminhapaixao
daniilanzani
mdani
yumitaniyama
carolpattinson
luh28
gabskrum
laliters23
lalievan
As leitoras fantasmas e a todas as pessoas que favoritaram e leram essa web, OBRIGADA! <3 <3