Fanfic: Aún Hay Algo ⋆ REBELDE | Tema: RBD - D/C, A/P, M/C

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A BOATE

Quando a noite chegou, Mia já estava muito mais disposta, assim como os outros. A adrenalina de um show daquele tipo - algo que eles nunca tinham feito até então - parecia estar contagiando-os conforme os minutos iam passando devagar. Ninguém, além deles mesmos, sabia o que estaria por acontecer naquela noite e haviam decidido que seria melhor assim. Nas poucas vezes em que os colegas haviam presenciado suas apresentações, sempre acontecia algo de errado, então ali seriam apenas eles.

Na bolsa das garotas, disfarçadamente, estavam todas as roupas e maquiagens que seriam usadas no show. Os instrumentos já deveriam está lá, devidamente prontos, apenas esperando por eles. Para que ninguém suspeitasse do que estava a acontecer, ainda que apenas Josy e Tomás soubessem da banda, optaram por fingir que sairiam em casais, assim não apareceriam colegas querendo acompanhá-los.

― Miguelzinho, seu lindo. ― Roberta disse, apertando as bochechas dele enquanto passavam por Pascoal, o diretor.

Não era difícil crer que eles fossem um casal, visto que eram naturalmente tão próximos. Uma amizade forte como aquela, facilmente poderia ser interpretada como amor, ainda que não o fosse. Assim, Pascoal sorriu para eles com o seu jeito cômico e desconfiado, visto que se tratava de Roberta Pardo.

― Jovens, jovens… ― Ele se intrometeu entre eles, separando-os. ― Divirtam-se, mas afastados.

― Ahm, claro, senhor Gandía. ― Miguel falou um tanto assustado, ainda que quisesse rir por dentro. ― Não se preocupe, eu respeito muito a Roberta.

Então Pascoal pôde ver Diego e Mia chegando em uma situação não muito diferente. Também não era um casal que o surpreendia, visto que todos no Elite Way comentavam o modo como os dois eram parecidos e, aparentemente, ‘perfeitos’ um para o outro. O diretor deu o mesmo sorriso à eles, mas nada disse. Temia severamente o senhor Bustamante, de modo que pouco intrometia-se com o garoto.

― Mas o que é isso? ― Perguntou Pascoal, notando que Giovanni e Lupita aproximavam-se também abraçados.

O diretor não saberia, é claro, mas era visível aos amigos que Lupita estava muito envegonhada por ter de fingir ser namorada de Giovanni, ainda que ele estivesse aproveitando aquilo muito bem, como já era de se esperar.

― Um encontro de casais, bobinho! ― Mia disse, sorrindo.

― Cada um com o seu, certo? ― Ele perguntou um tanto envergonhado, recebendo um olhar assustado de Mia.

― Não, nós pretendemos trocar mais tarde. ― Roberta falou séria. ― Estou louca pra dar uns beijos no Dieguinho e no Giovanni.

― Senhorita Pardo! ― Pascoal gritou.

― Acalme-se, senhor Gandía. ― Lupe apressadamente se intrometeu na conversa. ― A Roberta está apenas brincando.

― Andem logo, jovens. ― Ele murmurou à contragosto. ― E sejam prudentes.

Ao se verem fora do colégio, todos suspiraram aliviados e se separaram. Roberta gargalhava com Miguel, sobre a história da “troca de casais”, e Mia dizia à Diego que aquela noite seria incrível, uma oportunidade perfeita para a banda. Atrás deles, sem que ninguém percebesse até então, Giovanni e Lupita caminhavam ainda abraçados.

― Sabe gatinha, você é uma ótima namorada de mentira. ― Giovanni disse, com seu jeito galanteador. ― O que acha de mentirmos pelo resto da noite?

― Giovanni! ― Ela bateu no ombro dele, fazendo Roberta virar a cabeça para olhá-los.

― Ei, tudo bem que era pra fingirem ser namorados, mas precisam fingir tão bem, até com as brigas de casal? ― Comentou ela, rindo.

― Roberta! ― Lupita gritou envergonhada, observando o carro que chegava para buscá-los.

Sem dizer mais nada sobre o ocorrido, todos trataram de se acomodar no carro. Haviam apenas os lugares traseiros, considerando que já haviam outras duas pessoas ocupando o veículo, amigos de Alma que estavam dando carona à eles. Assim, outra vez começaram as brigas, visto que tiveram de sentar-se um no colo do outro.

― Vem Lupe. ― Giovanni disse, se sentando no banco e batendo as mãos nas coxas, em sinal pra que ela se sentasse ali.

― Jamais! ― Ela bateu no ombro dele outra vez, ouvindo-o reclamar. Então tirou-o dali e sentou-se no banco, fazendo com que ele, contrariado, é que se sentasse no colo dela.

― Dieguinho, se você vier com graça pro meu lado, eu juro que mando o meu pai acabar com você. ― Mia falou, olhando-o com certa seriedade e sentando-se no colo dele.

― Nossa, como vocês são lerdos! ― Roberta reclamou, sentada no colo de Miguel. ― Já estamos aqui há tempos esperando vocês decidirem o que fariam da vida.

― Eu não tenho culpa se você sai sentando no colo dos outros de bom grado, Roberta. ― Mia retorquiu quando o carro começou a andar.

― Escute aqui, Mia. ― Rebateu Roberta. ― Eu não preciso ficar com frescura, visto que o Miguel me respeita, ok? Azar o seu se o bonequinho de plástico não é confiável, Barbie.

― O que a Barbie te fez pra você ofender ela desse jeito, chamando-a de Mia? ― Miguel se pronunciou, tomando partido.

― Eu sou muito confiável, ta legal? ― Diego revirou os olhos.

― PAAAAREM! ― Giovanni gritou. ― Eu acho que vocês foram no colo das pessoas erradas, porque isso só pode ser amor.

Os quatro estavam prontos para rebaterem o comentário estúpido de Giovanni, mas a fachada da boate surgiu pela janela e, de repente, todo o resto deixou de ser importante.