Fanfic: Aún Hay Algo ⋆ REBELDE | Tema: RBD - D/C, A/P, M/C

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BAILA COMIGO

― Foi incrível! ― Lupita disse nos bastidores, abraçando Giovanni. ― Nunca fizemos um show tão bom antes.

― Concordo plenamente. ― Giovanni disse. ― Acho que poderíamos manter a formação, não?

― Não! ― Os outros quatro disseram ao mesmo tempo.

― Ok, foi só uma sugestão. ― Ele ergueu as mãos, em redenção.

― O que acharam do repertório? ― Miguel questionou, ainda animado.

― Miguel, meu amor, ficou ótimo. ― Roberta apertou as bochechas dele, sem perceber a expressão de Mia diante da brincadeira dela. ― Agora, se me permitem, eu vou lá na pista de dança me divertir. E aconselho que vocês façam o mesmo.

Nenhuma voz se ergueu em protesto, de modo que todos seguiram Roberta. As pessoas o seguiam com o olhar, às vezes se aproximavam para dizer o quanto haviam gostado do show, e isso se tornava extremamente gratificante à eles. Quando alcançaram a pista de dança, exatamente o centro dela, começaram a dançar juntos e aquilo se mostrou ainda mais divertido do que eles poderiam imaginar. Eram sim, capazes de ficarem num mesmo lugar sem discutirem, apreciando a presença um do outro.

― Que tal irmos buscar algo pra bebermos? ― Giovanni sugeriu.

― Ai, eu não posso beber nada. ― Mia encolheu os ombros. ― Meu pai me mataria se soubesse.

― Você por acaso está vendo ele por aqui? ― Roberta revirou os olhos, rindo. ― Mia, não permitem a entrada de idosos na boate. Divirta-se, ou vão te colocar pra fora, te confundindo com um.

Mia mal abrira a boca para retribuir a ofensa, quando percebeu que Miguel defenderia Roberta. Era a vez dele provocar, irritar, demonstrar desdém. Depois da proximidade no palco, ele havia percebido que aquele jogo era divertido e era cansativo ser apenas o alvo.

― Aceita uma bebida, senhorita? ― Ele estendeu o braço à Roberta, que prontamente o pegou, sorrindo. ― Voltamos logo.

― Provavelmente bêbados! ― Ela disse antes de distanciar-se com ele.

― Espero que a Roberta não esteja falando sério sobre voltar bêbada. ― Lupita sussurrou preocupada.

― Ela é muito mais forte do que nós todos juntos, não se preocupe. ― Giovanni riu, abraçando-a a começando a dançar.

Vendo que haviam sobrado ali, Mia resmungou que iria ao banheiro retocar a maquiagem e Diego decidiu que era hora de se divertir também. Percorrendo os olhos pela boate, logo avistou uma garota bonita que se encontrava sozinha, dançando com uma taça de bebida na mão. Ele se aproximou, o sorriso de canto no rosto, e o olhar que ela lhe deu já foi o suficiente para saber que era bem-vindo a fazer-lhe companhia.

Ao vê-la livrar-se da taça, ele a puxou pra si e começaram a dançar juntos. A música definitivamente não era para aquele tipo de aproximação, mas ele não se importou e ela muito menos. Fazia parte da conquista, da sedução em jogo, e ele se divertiu com isso. Olhou-a diretamente nos olhos por um tempo que pareceu sufocantemente longo, até que ela suplicasse baixinho pra que ele a beijasse. E ele o fez, num beijo repleto de desejo de saciar-se.

Quando Roberta bebeu a terceira dose do que quer que ela e Miguel estivessem tomando, sentiu a cabeça rodar e sorriu com isso. Agora sentia-se pronta para divertir-se de verdade, com muito mais coragem e uma sensação adorável de liberdade ao redor do corpo. Miguel, porém, parecia ter ficado mais sério e desanimado com a bebida, o que fez Roberta fitá-lo com curiosidade.

Ele estava de cabeça baixa, pensativo, apoiado no balcão. O barman servia o que seria a quarta dose dele e de Roberta, mas ele não estava se divertindo com aquilo como planejava. Na verdade, estava pensando em Mia. Pensava na razão dela ser tão ignorante com ele, no por quê dela chorar durante a tarde e no que significara a cena no palco. Diversos pensamentos pra uma única mente.

Porém, os pensamentos todos se afastaram quando Roberta o abraçou. Ele precisava daquele tipo de apoio, de alguém que mostrasse se preocupar com ele, e tê-lo lhe deu a coragem que precisava. Ele sorriu à ela, quando se afastaram brevemente, e as outras doses que se seguiram foram o suficiente pra que ambos resolvessem voltar à pista de dança.

Mia passara um longo tempo na área aberta da boate, fitando o céu. Já não estava mais tão magoada com o pai, que se mostrara severo e indiferente, porque considerara que era bobagem entristecer-se por alguém que não lhe dava o devido valor. E, ao considerar a palavra ‘valor’, Miguel logo lhe viera à mente. Ele se mostrara de valor ao permanecer ao lado dela naquele momento, sem julgamentos ou perguntas, apenas apoio.

― Não, Mia. ― Ela balançou a cabeça negativamente, falando sozinha. ― Ele continua sendo o caipira.

Mas aquilo não a convenceu, de fato. Talvez Miguel fosse um cara legal, não idiota como Giovanni ou um cafajeste como Diego. Talvez ele também não fosse indiferente, como Franco. De todo modo, ela só saberia se tentasse e, por tal motivo, dirigiu-se outra vez à pista de dança.

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NOTA: O que estão achando? Por enquanto, apenas as farpas entre eles, mas logo vão acabar se acertando! Se gostaram, deixem um comentário. E, se pudem, dêem uma olhada nas minhas outras duas fanfics: Amando Ucker em 1O Passos e People Change.