Fanfic: Amor Proibido.
Cheguei em casa indo diretamente para o meu quarto, peguei o meu celular e joguei a minha bolsa em cima da cama e decidi caminhar pela minha rua pela última vez já que me mudaria daquele tão belo local, as ruas eram tão silenciosas quanto as noites do deserto, estava fazendo bastante frio o que era estranho pois estávamos no verão ainda.
– Droga, esqueci-me de pegar o meu casaco. – Murmurei, em uma tentativa falha tentei me aquecer com meus braços.
Continuei andando vagarosamente pelas ruas escuras, olhei para o céu, as estrelas estavam tão brilhantes hoje, sorri para elas. Senti meu celular vibrar e o abri tinha uma mensagem da Clarie.
“ Amanhã você vai se mudar né? Parece que eu também terei que me mudar com minha mãe por causa da escola, moraremos perto uma da outra, não é bom? Você não vai mais se sentir sozinha. Beijos. “
Sorri com a mensagem, guardei meu celular no bolso e coloquei minhas mãos no mesmo, de fato não me sentirei mais sozinha quanto pensava o que era bom claro. Imagina você se mudar para um lugar que nem conhece, com várias pessoas estranhas sendo seus vizinhos? Sem falar que é muito cansativo ter uma “vida nova” por assim dizer.
As ruas daqui são tão cheias de vida, senti um movimento atrás de mim, como se alguém estivesse me seguindo, entrei em pânico e fiz de tudo para não perceberem o que eu estava sentindo, olhei para trás de relance e não vi nada, parei e fechei meus olhos, soltei um suspiro e abri meus olhos, na mesma hora tomei um susto sem querer bati levemente em um garoto, ele estava todo encapuzado, não conseguia ver o rosto dele, nem nada.
– Me desculpe, não fiz por mal, eu estava distraída e...
– Esqueça, está tudo bem.
A voz dele... Passou-me uma sensação tão boa... Era tão máscula, firme... Forte que acabei ficando inebriada com o mesmo.
– Mas...
Ele nem esperou que eu terminasse, se esbarrou em mim e seguiu seu caminho cabisbaixo como se não quisesse que olhassem para seu rosto. Talvez fosse ele que estava atrás de mim, não... Acho que é muito pouco provável já que quando abri os meus olhos ele estava em minha frente, a pessoa que estava atrás de mim provavelmente já deveria ter ido ao seu local de destino.
Fiquei tão assustada com o bilhete de hoje que isso estava afetando tudo o que eu pensava, eu deveria estar ficando louca, qualquer barulho eu penso que é alguém que mandou esse bilhete, vi que tinha uma lojinha que vendia alimentos aberta, entrei lá era um pouco rústica chegar dava medo, as luzes começaram a piscar o que era realmente assustador, tentei não entrar em pânico e ficar calma o que era muito difícil.
Me imaginei em um filme de terror, aqueles que tem o famoso serial killer que invadia as lojas atrás de pessoas para matar, tentei afastar esses pensamentos bobos –dei uma risada nervosa – sim, pensamentos bobos, pois era isso que eles eram. Peguei uns salgadinhos, um biscoito e um refrigerante, levei para o caixa, aparentemente não tinha ninguém.
Olhei ao redor e vi uma coisa bastante esbelta, uma pedra reluzente, continha algo escrito, me aproximei para ver, mas, eu não conseguia ler parecia que estava em latim, ao lado tinha outras coisas interessantes que eu não conseguia identificar.
– Invasor, invasor. – Ouvi isso logo ao meu lado e tomei um susto, era apenas um papagaio suspirei aliviada.
– Não, eu não sou um invasor, eu vim comprar umas coisas. – Mas o quê? Que diabos eu estava fazendo falando com um papagaio? Eu realmente devo estar ficando louca! Estava ficando bastante frio dentro daquela loja, voltei para o caixa, mas não tinha ninguém novamente.
– Olá? Tem alguém aqui? – Gritei, mas em vão não ouve nenhuma resposta nem sequer um barulho, comecei a ficar assustada naquele local tão sombrio.
Virei para trás em busca de qualquer coisa que pudesse indicar que tinha realmente alguém aqui. Voltei-me para o caixa e sem querer soltei um grito.
– Me perdoe! Não vi você aqui, por isso tomei um susto. – Falei arfante.
Um velho apareceu no caixa sem que eu visse, ele aparentava ter uns 70 anos, ele era muito assustador, tinha uma verruga no canto esquerdo da boca, o cabelo branco só tinha alguns fios e os olhos quase não tinham... Cor. Ele vestia uma roupa estranha, o senhor começou a passar silenciosamente as coisas.
–Tudo custa 15,90 reais. – O velho senhor embrulhou tudo dentro do saco e me entregou.
Peguei meu dinheiro no bolso e o entreguei, sorri.
– Obrigada.
– Não deveria me agradecer. – Ele começou a gargalhar diabolicamente para mim, fiquei assustada e sai dali correndo, quase deixando as compras caírem no chão, como assim não deveria agradecer?
Mandei uma mensagem para Maia, Dylan e Clarie falando que passei por uma experiência traumática dentro de uma loja terrivelmente assustadora. As ruas estavam bastante escuras, quase eu não conseguia enxergar nada, comecei a andar mais rápido para chegar logo em casa, quase tropecei em uma pedra que surgiu em minha frente misteriosamente.
Faltavam apenas algumas casas para eu chegar, minha mãe não sabia que eu tinha saído por tanto eu não poderia entrar pela porta da frente, eu tinha sorte de ter uma árvore bem na frente da janela do meu quarto, subi apressada nela tentei abrir a janela, lembrei que ela estava trancada, esmurrei a janela para ela quebrar e entrei.
Joguei os sacos da compra em baixo da cama e deitei rapidamente na mesma, ouvi os passos se aproximando da minha porta, fechei meus olhos e fingi que estava dormindo.
– O que foi isso Taylor?
Sentei-me na cama fingindo estar sonolenta e cocei meus olhos, a encarei como se não estivesse entendendo nada.
– O que foi isso o quê mãe?
– Eu ouvi um barulho de janela quebrando lá em baixo. – Ela olhou para mim depois para minha janela que estava totalmente quebrada, segui o olhar dela e fingi que não sabia o que tinha acontecido ali.
– O que diabos aconteceu aqui enquanto eu estava dormindo? – Levantei fingindo estar indignada. – Não foi eu mãe, juro. – Cruzei meus dedos.
– Amanhã vemos o que foi isso, agora vai dormir, já que logo mais será um dia cheio. – Ela saiu do meu quarto e fechou a porta, consegui enganar ela, mas não me senti bem por isso.
Percebi que ela entrou em seu quarto, levantei e tranquei minha porta, me agachei e peguei os sacos da compra joguei-os sem dó em cima da cama, peguei meu celular e tinha três mensagens dos meus amigos perguntando que experiência foi essa, contei-os tudo o que aconteceu.
Comecei a comer o que eu comprei,estava tão bom! Lembrei que amanhã iremos enfim nos mudar, não achava isso legal, não mesmo, como eu já tinha dito eu amava esse lugar, principalmente pelas minhas lembranças daqui.
– Oh vida, o que eu fiz para merecer isso? – Falei com a voz meio sonolenta.
Peguei meu caderno de desenho e comecei a desenhar a loja que eu tinha ido hoje, cada minúsculo detalhe, quando terminei percebi o quão tenebroso meu desenho ficou, não por eu ter desenhado e sim pelo próprio lugar ser tão tenebroso quanto. Tentei parar de pensar nos acontecimentos aterrorizantes que eu tive hoje afinal se eu continuasse pensando nessas coisas ficaria maluca, oh sim.
Entrei no computador em busca de algo para fazer, fui no Google e cliquei na opção “ estou com sorte”. Algo que eu acho que não deveria ter aberto, pelo simples fato de ter coisas assustadoras nele, as imagens que apareciam não era legal, com certeza não, nessas imagens tinham pessoas mortas, sangue caindo dentro dos cálices, e os sites eram todos sobre feitiços, mas tinha um ali que realmente me hipnotizou.
Eu já ia abri-lo quando ventou bastante e a minha janela abriu sozinha, me assustei, fechei a internet e desliguei o computador na mesma hora, me aproximei da janela para fecha-la e caminhei de volta para cama, meu celular vibrou novamente era uma mensagem do Dylan.
“Amanhã, eu a Clarie e a Maia iremos te visitar na sua nova casa o.k? É só para você não se sentir solitária em um ambiente novo.”
Respondi dizendo que estava tudo bem eles irem, e que quando eu chegasse lá diria onde era o local, ele me mandou outra mensagem.
“Rara, não preciso eu já sei onde é a minha mãe me contou onde fica, posso te ligar?”
Mandei uma mensagem dizendo que estava tudo bem, logo depois ele me ligou.
– Oi Dylan. – Falei sorridente.
– Oi Tay, como você está? Quase não consegui falar com você hoje.
– Rara, verdade, estou indo e você?
– Estou bem, a Clarie te contou?
– Sobre o quê?
– Eu, a Clarie e a Maia iremos morar perto de você graças a influência de sua mãe.
Senti uma felicidade enorme me preenchendo naquele instante.
–Sério? Não brinca.
– Estou falando sério. – Ele começou a rir do outro lado da linha.
– Ah, estou tão feliz!
– Imagino que esteja mesmo, mas nós não nos mudaremos amanhã, só talvez daqui a 2, 3 a 4 dias, pelo menos eu.
– Poxa, mas pelo menos você irá morar lá e é isso que importa.
– Verdade.
– Isso é tão bom, pensei que ia ficar sozinha lá com vizinhos estranhos.
– Sei como é isso, mas bem, Tay vou ter que desligar, estou morrendo de sono e tenho coisas a resolver amanhã, boa mudança e até mais.
– Até.
Ele desligou o celular e eu o guardei em cima da cômoda, me cobri e fiquei imaginando que tipo de lugar era o qual eu passaria a morar, será que era calmo? Assustador? Como será que era? Eu só pensava nisso, e a minha nova escola? Será que eu consigo ser a primeira em tudo lá também? Ou existem alunos mais inteligentes que eu? Tudo bem que isso deveria ser normal certo?
Eu só esperava que nenhum menino ficasse em primeiro, se alguém tivesse que me derrotar nas provas eu preferia que fosse uma menina, já que somos melhores que eles certo? Nenhum garoto conseguiu me passar na minha escola antiga –sorri- E não seria nessa que conseguiriam certo?
Mas e se... ? Não, não. Vamos parar com esse pensamento bobo! Taylor Mongerst, você com certeza é a melhor! Não se desanime com esses pensamento o.k? Você definitivamente será a melhor, se você se esforçar com certeza será a melhor, como sempre. Mas quem eu estou tentando enganar? Nem sempre vai ser assim –suspirei-.
Levantei e fui novamente a janela, olhei para a lua, ela estava bastante clara ao ponto de conseguir iluminar a rua toda, ventava bastante essa noite, as folhas se debatiam por conta disso, essas noites frias para mim eram as melhores, eram mais digamos assim aconchegantes.
Gostava de ver como a lua era tão solitária, mas mesmo assim conseguia brilhar na imensidão daquele céu azul escuro, o que era incrível em minha opinião, será que eu conseguiria ser uma lua também? Isso era algo que eu não sabia, principalmente quando esse mundo está cheio de pessoas mais fantásticas que eu.
Peguei meu Ipod e comecei a ouvir minha playlist favorita eu a nomeei de Noites no Deserto, não sabia bem o porquê, mas eu achava que combinava com as músicas que tinha nela, ficava feliz escutando minhas músicas, principalmente quando eu estava vendo uma visão tão maravilhosa, será que eu terei essa mesma visão na nova casa que eu estarei? Espero que sim.
Mudei minha visão para as ruas, vi alguém escondido entre as sombras que eram causadas pela luz da lua, esse alguém estava me observando, como não percebi isso antes? Quanto a pessoa notou que eu a tinha visto, saiu andando pela rua.
–Ei! Quem é você?
Percebi que era um homem pelo corpo e pelo tamanho, ele parou e olhou para mim, vi o rosto dele brilhar e ele começou a andar novamente ignorando o que eu tinha dito, fiquei meio receosa de ir atrás – sim, se eu quisesse podia muito bem pular essa maldita janela e ir atrás dele – mas algo não deixava eu me mexer, como se estivessem me segurando para ficar parada na janela, eu não conseguia me mover, me impediam de sair atrás dele.
Eu realmente queria segui-lo para saber quem ele era, e porque estava a essa hora da noite em frente a minha casa me observando, quer dizer não sei bem se estava me observando porque claro ele podia estar olhando para outro lugar, mas o que eu realmente queria saber era se foi ele que me mandou aquele maldito bilhete que até agora estava me assombrando.
A escrita de quem o tinha feito era muito bela, bela até demais, sem nenhum erro, a caligrafia era espetacular, algo que eu levei um tempo para conseguir o mesmo, mas mesmo assim ainda não ficava totalmente perfeita, fiquei com inveja disso, com certeza essa pessoa era inteligente a meu ver.
Mas por que me mandariam um bilhete daquele tipo me ameaçando? Isso não era legal, era horroroso, nunca fiz nada de mau a ninguém, o que se torna totalmente revoltante para mim, guardei meu Ipod e deitei na cama, lembrei de tudo que aconteceu hoje novamente, tentando imaginar o que causou a origem do bilhete.
Me cobri e passei a mão em minha cabeça, só sei que meu instinto gritava dentro de mim que nada disso era algo bom, logo dormi.
Autor(a): Teylla
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
– Onde eu estou? Olhei em volta, eu não estava no meu quarto naquele momento, por isso estranhei o ambiente, estava totalmente coberto de neblina, quase não conseguia enxergar nada,tinha várias árvores, e entre elas tinha um homem, ele era familiar... Comecei a andar até ele, mas ele começou a sumir e aparecer em outros locais ...
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