Fanfic: Escrava do amor | Tema: Vondy

— Belinda está aí? — ele indagou. — O quê? Já? Ela não demorou muito para se recuperar, não? — A resposta de Anahí o fez ficar carrancudo. — Está resolvido, Anahí. Mais do que resolvido.

Olhou para Dulce, que ergueu o queixo e encarou-o desafiadoramente. Como resposta, ele apenas sorriu.

— Como está se sentindo? perguntou, fazendo RDulce lembrar-se de que Anahí ainda estava se recuperando da cirurgia. — Acho que deve saber que estamos perto de uma crise, e que precisamos conversar.

Anahí disse algo que o deixou bravo.

— Não! — Christopher negou. — Não só Belinda, mas você e eu também. Posso ir aí daqui a meia hora?

Anahí devia ter concordado, porque Christopher moveu a cabeça afirmativamente, colocou o telefone no gancho e voltou sua atenção para Dulce.

— Onde está Poncho? — indagou.

— Saiu. Escondeu-se de você.

— Ah, é? Ele adora me provocar!

— Como pode... — Dulce começou a protestar.

Christopher não a deixou terminar apossando-se de sua boca com um beijo sedutor.

— Eu precisava disso — sussurrou. — Onde está seu casaco?

Dulce encarou-o, confusa.

— Onde está seu casaco? — ele repetiu, olhando em volta com impaciência. — Vá pegá-lo. Você vai comigo.

— Não vou a lugar nenhum! Estou trabalhando!

— Sou seu patrão, lembra-se? Pegue seu casaco! Temos coisas a resolver e decidi resolvê-las agora.

— Coisas, tipo... Christopher! Não quero ir à casa de Anahí! E não vejo por que quer que eu vá!

— Não vê? Foi você quem começou tudo, Dulce. Sou eu quem não entende por que não quer me ajudar a terminar!

— Terminar o quê? Não pode me contar o que pretende fazer?

Ele negou, movendo a cabeça.

— Vai descobrir em breve — respondeu. — Vamos logo.

Dulce tirou o casaco do armário e jogou-o nos ombros.

Christopher abriu a porta do escritório e saiu, parando na mesa de Mitzy.

— Se sabe onde meu irmão está, avise-o de que seqüestrei sua assistente pessoal — ordenou. — Diga-lhe para ir à casa de Anahí. E que chegue lá o mais rápido possível.

— Isso é loucura — Roberta protestou, quando já estavam no carro. — Deve ter ficado louco, se acha que pode me tratar assim!

Ignorando-a, Christopher colocou o Lotus em movimento.

Anahí ainda morava na mesma casa onde vivera durante o casamento. Era uma vasta propriedade, com portão eletrônico, que se abriu, quando Christopher acionou o controle remoto.

Entraram, e ele estacionou o carro, desceu, deu a volta e abriu a porta para Dulce. Quando ela não fez menção de sair, puxou-a para fora.

— Não quero entrar lá! — Dulce falou.

— Mas vai entrar, queira, ou não.

Um homem alto, de cabelos grisalhos, foi ao encontro deles, assim que Christopher abriu a porta da casa e os dois entraram no vestíbulo.

— Na sala íntima, senhor — informou.

Christopher atravessou o vestíbulo, puxando Dulce. Percorrendo um corredor largo, chegaram a uma sala acolhedora onde Anahí encontrava-se deitada num sofá, de olhos fechados. O rosto pálido contrastava dramaticamente com os cabelos castanhos claros no travesseiro.

— Como você está Anahí? — indagou Christopher.

— Um pouco melhor, apesar das dores — ela respondeu sem se incomodar em abrir os olhos. — Por que decidiu falar comigo agora? Aquela mulherzinha à toa fez mais alguma coisa à pobre Belinda?

— Pergunte a ela mesma, já que a “mulherzinha à toa” está bem aqui do meu lado.

Obviamente atônita, Anahí abriu os olhos, fixando-os em Dulce.

— Com relação à “pobre Belinda”, eu e você criamos um grande problema, Anahí, e já está mais do que na hora de resolvê-lo — declarou Christopher.

— Problema? Que tipo de problema? — a ex-esposa quis saber.

— Você se casaria comigo, Anahí? — ele perguntou, surpreendendo as duas mulheres.

— Deve estar brincando! Não casaria com você de novo nem que fosse o último homem do mundo!

— Ótimo, pois a última coisa que eu faria seria casar-me com você outra vez. Sendo assim, suponho que não fará nenhum escândalo quando meu casamento com Dulce for anunciado. Estou certo?