Fanfic: Escrava do amor | Tema: Vondy

— Está louca? — Christopher indagou, atônito. — Quando foi que eu disse que não a amava?

— Mas também nunca disse que me amava — Dulce pressionou.

— Quer dizer que ele nunca se declarou a você? — Belinda perguntou, perplexo.

— Belinda! — Christopher a repreendeu.

— Vou embora — Dulce anunciou, ansiosa por livrar-se daquele clima desagradável.

— Muito bem — Christopher concordou, ríspido. — Vou com você.

Virando-se para os outros, disse:

— Nos veremos na semana que vem, em meu apartamento, numa reunião com todos os Uckermann — anunciou, então olhou para Dulce e perguntou: — Seus pais ainda estão no país?

— Estão — ela respondeu, franzindo a testa, sem compreender onde Christopher queria chegar. — Mas...

— Sua tia Sadie? Seus dois tios solteirões?

— Também, mas...

— Então, faremos uma festa com todos os Uckermanns e os Saviñóns, para celebrar nosso noivado!

Com aquela declaração. Christopher saiu da sala, levando Dulce. sem lhe dar chance de protestar.

— Quer me soltar, por favor? — ela exigiu, tentando livrar-se dele, mas em vão.

— Só quando estiver segura, no carro — ele respondeu com seriedade, abrindo a porta da frente da bela e luxuosa casa.

Pouco depois, paravam junto ao carro.

— Entre — Christopher falou, abrindo a porta do passageiro.

— Não —  ela respondeu, cruzando os braços num gesto de teimosia. — Não quero me casar com você, Christopher! Pode fazer o que quiser, mas não vou mudar de idéia.

— Entre no carro. Dulce.

— Eu...

Christopher abraçou-a e beijou-a de modo avassalador. Quando a soltou, Dulce estava tão aturdida, que mal podia manter-se de pé.

— Não sou forte o suficiente, não é? — Christopher murmurou, acariciando-lhe os cabelos.

— Não estava me referindo a sua força física!

— A minha força sexual, então?

— Disso eu nunca duvidei.

— Então, duvidava da força do meu amor. Não duvide mais. Amo você, Dulce. Levei algum tempo para perceber, mas acabei descobrindo que não posso viver sem você. Sei que fui um idiota, Dulce. Mas só percebi que a amava tanto naquele dia em que cheguei ao apartamento e descobri que você me abandonara.

— Essa não é uma desculpa aceitável.

— Não, não é. — Christopher abanou a cabeça com desânimo, então encostou-se no carro. — Mas é a verdade. Quanto belinda... — Olhou para a casa e suspirou. — Eu amo minha filha. Magoá-la é como magoar a mim mesmo, mas descobri que fico mais magoado sem você. — Encarou Dulce. Fui egoísta, vendo você como minha propriedade, minha mulher — confessou. — Não percebia que você queria me ver como seu homem. Nunca mais deixarei que minha família interfira, se ficarmos juntos.

— Até quando? Até Belinda ou Anahí telefonarem, exigências e reclamações?

— Está se lembrando do que aconteceu em Zurique?

— É, estou! Você me usou naquela noite, Christopher! Me usou porque sabia que correria para sua família ao primeiro chamado, sem se importar com o fato de que isso me magoaria.

— Mas permiti que você me acompanhasse, o que não nos fez nenhum bem — ele a lembrou, ríspido. — Belinda fez um escândalo no hospital, e você ficou furiosa.

— Você me mandou embora.

— Fui procurá-la, depois. Faz idéia de como me senti, quando cheguei ao apartamento de ,maite e não a encontrei lá?

— Ficou frustrado, porque imaginou que eu estaria sua espera, de braços abertos, louca para ir para a cama com você! — Dulce respondeu, sarcástica.

— Não. Fiquei preocupado! Você saiu muito descontrolada, do hospital. A noite, tive a idéia de ligar para a casa de seus pais e, quando liguei, seu pai me disse friamente que não a via há meses.

Dulce encarou-o.

— Meu pai? — repetiu. — Falou com meu pai e ele disse que não me via há meses?