Fanfic: Escrava do amor | Tema: Vondy

Desculpem a demora, mas estava sem net!!

— É minha vez — Christopher disse com firmeza, tirando Dulce dos braços de Christian.

— Christopher... — Dulce protestou, em vão, sentindo as faces corarem. — Você...

— Desculpe, estou atrasado, querida.

Dulce e Christopher se olharam, e a tensão entre eles começou a crescer. Ela baixou o olhar, tendo consciência de que estavam chamando a atenção de todos. Christopher ergueu-lhe o queixo e beijou-a na boca. Dulce teve vontade de acertar-lhe um tapa, mas ficou desarmada, quando ele desatou a rir.

— Não vai me apresentar sua companhia, querida? —Christopher perguntou zombeteiramente.

— Este é Christian Chávez — Dulce declarou com aspereza. — Um amigo de Poncho e meu intérprete, enquanto eu estiver em Zurique. Chris...

Ela fitou-o, desconcertada, e notou que ele a observava com ar intrigado.

— Este é Christopher Uckermann— prosseguiu. — Irmão de Poncho — acrescentou, notando que, ao ouvir o nome de Christopher, Christian mostrara-se nervoso. — E claro, meu...

— Acho que o sr. Chávez sabe muito bem o que sou para você, querida — Christopher intrometeu-se, irônico.

Focalizou a atenção em Christian, enquanto Dulce lutava para manter o autocontrole, pois sentia-se morrer de vergonha.

— Prazer em conhecê-lo, sr. Chávez — disse Christopher. — Meu irmão já me falou do senhor.

Dulce notou que Christian empalidecia.

— Eu não sabia que estava em Zurique, sr. Uckermann —o alemão murmurou, em tom trêmulo.

— Não? — Christopher franziu a testa, desconfiado. — Estou surpreso por Poncho não ter comentado as mudanças nos planos que fez com você. Bem, acho que ele não diria nada. Afinal estou aqui por razões pessoais, o que me faz lembrar...

Sorriu, fazendo uma pausa.

— Obrigado por cuidar de Dulce esta noite — continuou. — Ela detesta ficar esperando por mim, quando estou tratando de negócios, não é, querida?

Dulce tentou afastar-se, mas Christopher puxou-a para si, apertando o braço delicado com mais força do que a necessária.

— Mas já cheguei — ele falou, fitando-a com ar furioso. — Pare de fazer biquinho.

Encarou-o, irada. Christopher fitou-a, desafiando-a a negar uma única palavra sua. Ela não tinha como, e ele sabia disso.

Baixou a cabeça, evitando que Christian visse sua expressão frustrada.

— Agradeça ao sr. Chávez por ter cuidado de você esta noite — Christopher falou. — É tarde, e estou cansado.

Odeio você. Christopher Uckermann, ela pensou.

Ergueu a cabeça, embaraçada, notando como Christian ainda estava pálido.

— Obrigada — agradeceu e, para provocar Christopher, em vez de apenas estender a mão  para  Chritian ela lhe deu um beijo na face. — Desculpe por ter terminado a noite tão cedo.

Mas, em vez de mostrar-se triunfante com a atitude dela, o alemão recuou, parecendo assustado.

— Nenhum problema — garantiu. — O sr. Uckermann tem razão, já está tarde. E ainda preciso fazer algumas ligações. — Foi um prazer conhecê-lo , sr. Uckermann! — Christian declarou, apertando a mão de Christopher. — Sem dúvida nos encontraremos amanhã, certo?

Christopher ergueu uma sobrancelha como se estivesse confuso.

— Na... na reunião com o sr. Brunner — Christian explicou.

Christopher não respondeu, e Christian empalideceu ainda mais, afastando-se rapidamente.

— Como ele mesmo disse, precisa fazer algumas ligações — Christopher zombou.

— A esta hora da noite? Para quem? Ele fugiu porque você foi muito “gentil”! Quando vai aceitar que não pertenço mais a você?

— Venha aqui.

— Não.

— Venha — ele insistiu, envolvendo-a nos braços, começando a dançar no ritmo lento da música. — Você é minha mulher. Minha, quer queira, ou não.

— Que arrogância!

— É engraçado, você lutar contra uma coisa que seu corpo tanto deseja.

Dulce sentiu o corpo enrijecer de raiva. Pousou as mãos nos ombros largos e empurrou Christopher, sem muita delicadeza.

— Vá para o inferno — sussurrou livrando-se dele. —Vou dormir.

— Muito bem — Christopher concordou, segurando-a pelo braço. — Vou com você.

— Na minha cama não há mais lugar para você. Sabe, eu estava me divertindo muito, com Christian!

— Percebi — ele disse, guiando-a para fora do restaurante.

Dulce encarou-o

— Estava nos espionando? — questionou.

— Desde o começo — Christopher admitiu. — Percebi também a maneira como você o olhava e o prazer que sentiu em dançar com ele! Vi que adoraria tê-lo em sua cama!

— Isso é mentira!

— É? Quer dizer que não imaginou nem por um momento como seria fazer amor com ele?

— Eu...

— Deixe-me dizer  uma coisa docinho — Christopher declarou, quando forçou-a a entrar no carro que devia ter alugado ao chegar em Zurique. — Nunca saberá como é ter outro homem na cama.

— Como pode ter certeza?

— Porque não terá outro amante, se dá valor ao seu emprego em minha empresa.

— O que... o que quer dizer?

— Que Christian Chávez deve sair de sua agenda. E esta é uma ordem direta de patrão, não de seu namorado ciumento.

— Ex-namorado — ela corrigiu.

— Ex-patrão também, se me desobedecer, Dulce. Estou falando sério. Ou não vê mais Christian Chávez, ou está despedida. Entendeu?

Dulce esperou que ele desse a volta no carro e se acomodasse atrás do volante.

— Só porque paga meu salário, sr. Uckermann, não significa que... — Dulce começou a protestar.

— Pare de discutir — ele comandou.