Fanfic: Um Final Feliz*AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Certo dia, Anahí perguntara à irmã se ela teria alguma participação nos lucros do próximo li­vro de Alfonso. Estranhando a indagação, Helenna afirmara:

— Ora, eu já recebo pelo meu trabalho como ilustradora, não?

— Acontece que você agora está dando várias idéias a Alfonso Winston. E ele lucrará com elas, percebe?

Sorrindo, Helenna apenas comentara:

—  Você se preocupa com cada coisa, maninha...

Algum tempo depois, Helenna descobrira-se grá­vida. Informara Anahí sobre o fato, com uma alegria quase infantil.

—  Aposto que Alfonso vai adorar saber disso...

Embora já não estejamos nos relacionando — acres­centara, baixando os olhos.

— Como assim? — Anahí espantara-se. — Vo­cês dois já não...

— Tudo foi muito passageiro. — E Helenna apres­sara-se a dizer: — Mas tenho certeza de que Alfonso ficará feliz com a notícia.

— Assim espero, maninha... — Anahí afirma­ra, apreensiva. — Assim espero.

E então a vida se transformara num terrível pesadelo.

Na noite seguinte, Helenna voltara para casa ar­rasada, trazendo duas notícias: uma triste e, a outra, terrível...

Estava desempregada. E Alfonso Winston lhe dis­sera, com todas as letras, que ele não poderia ser o pai da criança que ela trazia no ventre. Ofendida em seu amor-próprio, Helenna pedira demissão na mesma hora.

Anahí recebera a notícia com indignação. O primeiro impulso fora procurar Alfonso e dizer-lhe umas boas verdades. Mas Helenna a impedira, ou melhor: suplicara-lhe que nada fizesse. E ela cede­ra... temporariamente.

Afinal, Helenna estava grávida e devia ser pou­pada de qualquer abalo emocional. Decidida a pro­porcionar à irmã uma gestação tranqüila e sem so­bressaltos, Anahí começara a trabalhar até nos fins de semana, para aumentar o nível financeiro da família que, afinal, receberia em breve um novo membro.

— Você bem que me avisou — Helenna lamen­tava-se, vez por outra. — Os homens realmente podem ser cruéis, maninha. Mas tive de sofrer muito para descobrir essa verdade tão simples.

— Não pense nisso, ao menos por enquanto — Anahí recomendava. — Depois que você tiver o bebê, veremos o que fazer.

Além dos homens, o destino também podia ser cruel... Era isso que ambas descobririam, em breve.

A gravidez de Helenna revelava-se cada vez mais problemática, a cada dia.

Aos seis meses de gestação, ela corria um sério risco de perder a criança e, talvez, a própria vida.

Marjorie, mãe de Helenna e Anahí, viera da América do Sul com o marido, Gregory, pai de He­lenna. Ambos apoiavam Helenna, tanto emocional quanto financeiramente, enquanto Anahí esgotava-se de trabalhar. Mas os remédios de Helenna eram caros, bem como o tratamento que ela recebia, no hospital.

O tempo do bebê nascer chegara.

O obstetra que cuidava de Helenna não relutara em optar por uma cesariana, como aliás não poderia deixar de ser.

Entretanto, Helenna sofrerá uma queda de pressão durante a cirurgia e por pouco não per­dera a vida... Outras complicações se seguiram, embora, felizmente, o bebê tivesse nascido sau­dável e forte.

A saúde de Helenna, porém, estava para sempre comprometida. Os problemas de pressão e circulação agravaram-se terrivelmente. E poucos dias depois de Theo Glenn MacAllister completar um mês de vida, Helenna sofrerá um ataque cardíaco fulminan­te, que a levara deste mundo.